Chapter nine: It's a Hard Life

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Meu deus, eu não tinha noção alguma do tempo que fiquei sem atualizar, embora tenha percebido a demora. Não sei o que me deu, eu só não conseguia terminar esse capítulo por nada, NADA. Muita coisa aconteceu, mas eu estou voltando! Espero que estejam bem. Perdão pela demora de quaaase dois meses.

O finalzinho de Under Pressure (a música) vocês podem colocar se não conseguirem escutar imaginando. Está na versão traduzida, então acho que vocês saberão quando for a hora. A outra música é um instrumental. Eu escutei algum específico, mas vocês devem escutar o que (se) quiserem.

Falamos lá embaixo. Boa leitura! <3

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18 DIAS PARA A PARADA. 

"Querido, te conto que constantemente crescer me apavora. Vivo num constante medo de ser eu e me ter para conquistar o mundo. Uma ansiedade grotesca dos meus olhos verdes de vidro, mas agora já não sei se quero escondê-los
Quero me lembrar de que crescer também é gostoso e eufórico. É infantil e delicadamente bobo, porque existe amor em tudo. 
Eu estava eufórico. E ele se sentia amado.
Crescer, acima de tudo, é lembrar-se de que o coração ainda dança, mesmo nos piores cenários. O coração festeja, se entrega, se anima. 
E você revira os olhos com carinho e ri do meu jeito imaturo de caminhar.
Que a gente cresça, querido, mas nem tanto. Que nossas crianças ainda queiram brincar e ficar acordadas até tarde. Que nossas crianças ainda vivam, apesar de tudo, e então seremos os crescidos mais felizes em todo o planeta. 
Porque o medo de crescer não é, sobretudo, a dor de deixar a infância? 
Então que simplesmente não a deixemos." 

 — O que você anda fazendo? — Louis perguntou. 

— Eu não sei dançar. 

— E precisa? 

— Você sabe dançar. 

— Quem disse? 

— Você está dançando. 

— Não significa que sei dançar. 

— Eu estou escrevendo sobre você. Sua dança. 

Então ele parou e caminhou até mim, sorrindo travesso. Se sentou sem grandes dificuldades, dobrando os joelhos e arrumando a proteção. 

— Por que? 

— Porque me encanta. 

— Não sei escrever. 

— Escrever não é nada mais que escrever. 

— Claro que é. 

— Não, não é. 

— E por que dançar é? 

— Não sei definir isso. Você realmente dança muito bem. 

— Eu danço bem, ou eu toco você com a minha dança? — Me calou. Me olhou nos olhos, sorrindo como criança. Fechei o caderno e o observei. — O mundo está cheio de gente que se sente ruim no que faz. Já parou para pensar que talvez elas só não sejam vistas pelas pessoas certas? O que é ser ruim e o que é ser bom? Aos olhos de quem?  

— Se sente visto por mim? 

— Yeah. Você não vai mesmo dançar comigo? 

Naquela madrugada, Louis me recebeu com olhos inchados e um pijama vermelho. 

— Vamos dar uma volta? 

Ele não disse nada. Três horas da manhã. Ele me puxou para dentro da casa. Tudo completamente escuro.

Under Pressure || l.s. Onde histórias criam vida. Descubra agora