𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒
─ ᴍɪᴋᴇʏ (ᴍᴀɴᴊɪʀᴏ sᴀɴᴏ)
Uma mercenária que há anos vem tendo sua vida repleta por sangue, suas mãos eram sujas pelo líquido vermelho das pessoas que matava. Ela queria fugir disso, queria se livrar desse fardo que há anos carrega sobr...
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Pov's Terceira Pessoa
Sorrindo gentil, Kaede entregou uma xícara de chá para Draken e Shinichiro que aceitaram de bom grado, era 14hrs, eles precisavam tomar algo que lhes aquecesse. Apesar de estar dando sol, o clima em Tokyo era frio
A mais velha andou pelo cômodo como se estivesse lembrando de algo bom, o sorriso em seu rosto já dizia isso. Ela era observada pelos dois homens que estavam em silêncio.
— Vou contar, apenas o que sei. Normalmente Yumi não é de falar muita coisa sobre seu trabalho e vida pessoal. — disse, pegando uma bandeja com pequenas guloseimas. As colocou na mesa de centro e voltou para o seu lugar.
O olhar de Kaede era melancólico, apesar de estar sorrindo. Ela não queria contar a história de Yumi sozinha, ela queria que seu companheiro estivesse ali para contar o seu lado da história, até porquê, o casal dividiu diferentes momentos com a mercenária. Pode-se dizer que Yumi Sukehiro tinha um pouquinho de cada um.
— Minha neta veio para o Japão em 2009, somente com dezessete anos. O motivo? Eu não sei. Mas tem a ver com Ricardo. Ele a mandou para um país desconhecido sem nenhum dinheiro no bolso, ou seja, ela passou meses na rua, até achar a casa onde eu morava com meu marido, e mesmo sem demonstrar expressão, Yumi estava com medo de tudo que acontecia. Cuidamos dela por algum tempo, porém, durante uma de suas missões, ela foi presa e levada ao reformatório. — disse cabisbaixa, diminuindo seu tom vocal.
— Eu conheci Yumi no seu primeiro mês no Japão, senhora Sasaki, o estado dela era caótico. Quando resolvi levá-la para minha casa, ela havia acabado de matar um mendigo. O homem era um bêbado que sempre lhe agredia durante a noite. Cuidei dela por uma semana, até ela decidir fugir. — Shinichiro se pronunciou trêmulo, temendo assustar a mulher em sua frente.
Não queria fazer Kaede passar mal, então, sempre tomava cuidado com o que iria dizer para ela. Pensava mil vezes antes de abrir a boca.
— Sim. Eu sei, querido. Yumi me contou sobre isso, por isso eu lhe conheci. Foi você o garoto que a tirou das ruas e sempre se dispôs à depositar dinheiro para mim e meu esposo. — explanou carinhosa, acalmando, assim, o Sano. — Depois que Yumi fugiu de sua casa, ela passou alguns meses morando em uma casa abandonada, não sei como, mas foi lá que ela conheceu Kisaki e Hanma. A-aqueles dois d-desgraçados. — seus ombros ficaram trêmulos e sua voz ficou embargada.
Ela queria chorar. Citar o nome dos dois homens que arruinaram sua vida era doloroso demais, como se seu coração estivesse sendo dilacerado. A saudade e a dor reinavam nele.
— Por causa deles ela foi presa. Ficou um mês naquele reformatório maldito, se não fosse por mim ela nunca iria sair daquele lugar podre. — fungou enquanto apertava com força a manta que estava sobre seu colo. — Quando saiu do reformatório, ela não quis mais morar comigo e Haru. Disse que havia arrumado um novo lugar pra morar e que estava trabalhando.
