𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒
─ ᴍɪᴋᴇʏ (ᴍᴀɴᴊɪʀᴏ sᴀɴᴏ)
Uma mercenária que há anos vem tendo sua vida repleta por sangue, suas mãos eram sujas pelo líquido vermelho das pessoas que matava. Ela queria fugir disso, queria se livrar desse fardo que há anos carrega sobr...
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Pov's Yumi Sukehiro
Andando de um lado para o outro com a arma em mãos, fiz o possível para trancar a porta de metal e cobrir as janelas. Pela tela das câmeras de segurança, a casa estava ficando rodeada de mercenários.
Estou tão fudida.
— Como pôde se deixar ser seguido?! — indaguei para Mikey que olhava pelas frestas da janela. — Achei que era profissional em não deixar que esse tipo de coisa aconteça.
Prendi o revólver na cintura e puxei o Sano pela mão, ignorando seus resmungos. Fui guiando-o por toda a casa, meus passos eram calmos e cuidadosos, tomava cuidado para ver se havia algum sinal de invasão.
— O que você vai fazer? — ele murmurrou, assim que adentramos meu quarto.
— Esconder. — respondi simples.
Comecei a empurrar a cama, revelando a pequena entrada para o bunker que havia sob a casa. Destranquei a porta, retirando o cadeado e abrindo a trava que havia nele.
— Entra, Manjiro. — pedi após puxar a porta, indicando para ele entrar.
— Primeiro você. — tentou ser cavalheiro, segurando em meu braço para que eu descesse.
O encarei com tédio e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, o som de tiro estilhaçou um dos vidros de casa. Depositei um soco no estômago de Mikey que urrou em dor, se curvou colocando a mão em volta do local.
Outro tiro se fez presente, dessa vez dentro do quarto, o vidro da janela se quebrou e a bala acertou a parede.
— Não temos tempo para cavalheirismo, Manjiro. — esbranvejei pegando seu braço com força.
O forcei a entrar e enquanto ele descia a escada para o porão, abaixei a porta ouvindo seu grito, apressadamente fiquei por cima impedindo-o de abrir. Fechei a porta apenas no ferrolho, durante todo o ato ouvia meu nome sendo chamado por ele.
— Fica em silêncio, Manjiro. — pedi dizendo contra a fresta que me dava uma leve visão sua.
Seus olhos, eles imploravam que eu voltasse viva. O desespero brilhava em seus olhos ônix, seus punhos iam a todo momento contra a porta de metal. Tentei lhe passar uma breve convicção e esperança de que eu fosse voltar.
Arrastei a cama novamente, cobrindo a passagem do porão, logo peguei o revólver da cintura. Deixei a arma engatilhada e fui andando pela ponta dos pés.
Mais um outro ultrapassou a janela, dessa vez a bala acertou meu braço. Mordi o lábio inferior tentando amenizar o incômodo no local, fiquei com a costa colada na parede ao lado da janela, inclinando a cabeça para ver quantas pessoas haviam lá fora.
— Dez próximos ao quarto, mais dez próximos a entrada da casa. — murmurrei pegando uma faca de dentro da penteadeira.
Deixei o quarto andando pelo estreito corredor do imóvel. A casa era pequena, só tinha um andar, mais o sótão que era um cubículo cheio de caixa velha. Se ocorrer uma luta, vai ser mais corporal do que uma troca de tiros.
