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Alana Saad G

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Alana Saad G.

Naiane estava poucos minutos de chegar, Julia havia desligado e agora estavam eu e meus pensamentos naquele apartamento vazio, Stella caçou um canto para dormir na paz e eu cacei algo para beber, algo com álcool para ser específica.

Na geladeira da minha mãe só havia comida congelada da empresa da tia Marcela, coca cola zero, água, cerveja e frutas, acho que devia estar comendo na Michele, quando eu morava aqui antes ir para fora, Michele cozinhava para gente, almoço era da Light Food Away, e na janta era a comida deliciosa de Mich. Não sei como minha mãe vai se sustentar nutritivamente agora, sem ninguém para cozinhar, ela vai ter que contratar alguém para fazer as suas refeições.

Será que vou conseguir deixar isso de lado e manter uma relação saudável com minha mãe? Meu maior medo é não conseguir perdoar de fato, ela traiu uma pessoa muito boa, por uma incerteza, eu sabia que minha mãe e minha madrinha tinham trocado uns beijos antes da Ariele, mas não sabia que elas tiveram algo sólido. Foi mais uma traição de confiança comigo, por não houve uma conversa comigo, não tentou esclarecer nada, porque ela sabia que estava errada.

Alcanço um copo de beber whisky no armário de cima, e pego uma garrafa da bebida no armário de bebidas, o mais novo, por que eu sei que minha velha curte beber os mais antigos. Abro a tampa do mesmo e encho o copo, que tem um gelo em forma de bola dentro dele.

Nas caixas de som tocavam Too Well da Reneé Rapp, não me julguem, essa música é incrível, o som é baixo e fica meio ambiente, eu curto essa vibe que a música cria. Batidas na porta interrompem meu sossego, tá na hora de jogar a real na cara da Naiane e ajudar a Gabriela, pelo menos um pouco.

Vou até a porta e abro a mesma, a música agora é outra e toca mais baixo, Naiane tem um gorro na cabeça, roupas moletons, nunca tinha visto ela tão largada assim antes, e seu rosto não é um dos melhores, alguém avisa que ela tá péssima? Não sou a louca que fará isso, correndo risco de tomar uma surra bem dada pela Paranaense.

— Vai me deixar entrar ou vai ficar me julgando com o olhar? — A sua voz é baixa, seu sotaque é meio pesado, mais pesado do que lembrava.

— Julgar eu tô sempre julgando né, Nai. — Dou um passo para o lado, para que a mulher de cabelos pretos passe pela porta e eu feche a mesma. — Whisky? — Pergunto e ela me olha negando com a cabeça.

— Aceito uma água, loirinha. — Naiane fala se sentando no sofá, seus tênis estão ao lado do mesmo.

Largo meu copo sobre a mesinha de centro, vou até a cozinha, pego uma garrafinha de água, e levo para a levantadora, que está quase se afundando no sofá. Me sento ao lado dela e fico de frente para ela.

— Cara, o que está rolando com você? Eu te conheço faz tempo, você não é assim. — Falo logo de uma vez, pego meu copo então mãos e fico olhando para a mulher.

Finding Love | Julia BergmannOnde histórias criam vida. Descubra agora