Para Sempre Sua

Capítulo 7

POV ARIZONA ROBBINS

Depois da pequena discussão que tive com a Eliza, eu fui me arrumar para academia, recebi uma notificação avisando que um moço chamado Sloan ia me ajudar no período da tarde, mas antes de ir para a academia eu precisava passar no meu consultório para verificar algumas coisas, pois estava pensando em fazer algumas alterações.

Ao olhar para o relógio, percebi que faltavam poucas horas para o horário marcado com o instrutor Sloan.

Mesmo me programando para sair no horário, acabei me atrasando. O trânsito de NY era sempre muito caótico.

Na recepção da academia, acabei encontrando com a minha paciente Calliope.

Percebi então que havia sido uma surpresa tanto para mim quanto para ela, pois até nos atrapalhamos ao cumprimentar uma a outra e nossos olhares se conectaram juntamente aos sorrisos, e que sorriso ela tinha.

Perguntei por Sloan e observei a expressão dela mudar. A morena me informou que Sloan não poderia me acompanhar, então ela assumiria para ele.

Santo Deus, será que era alguma brincadeira?

Começamos a treinar, com um tempo pedi uma pausa para beber água, não sei como eu consegui me desequilibrar, me vi indo direto para o chão porém a Calliope me segurou a tempo.

Ela e eu sabíamos que havia algo acontecendo, nossos corpos tão próximos apenas confirmavam o que já estávamos cientes.

Eu tentava de alguma maneira ignorar qualquer sentimento que pudesse surgir, mas temia ser impossível. O que eu faria se estivesse nutrindo algum sentimento pela morena?

Voltei para a realidade quando a mulher a minha frente anunciou o fim da aula. Calliope me passou o número para se, caso eu quisesse outra aula com ela, era só avisá-la.

Fiquei o restante do dia me perguntando se deveria mandar mensagem ou não. Assim que cheguei em casa, logo percebi a ausência da minha namorada, mais uma vez. Provavelmente estava no hospital.

Não sei o que se passa na cabeça de Eliza, ela sempre prefere os plantões a minha companhia.

Às vezes tenho a impressão de que Eliza já está saturada desse relacionamento. Penso que ela deseja terminá-lo, só não sabe como.

Sinto como se ela já não me amasse como antes e aos poucos nossa relação está morrendo, nem eu sei o que realmente sinto por ela.

Quero acreditar que Eliza não tem nenhum amante, mas fica difícil com ela agindo dessa maneira, fazendo-me acreditar que tem um outro alguém.

Sinceramente não sei o que fazer se as minhas suspeitas se confirmarem.

Ate sei, irei me separar de Eliza, irei deixar esse apartamento para ela, não quero nada dela.

Recomeçar do zero novamente.

Mas irei fazer algo, pode ter certeza, irei mostrar que não faz uma ROBBINS de besta.

Quando conheci Eliza na faculdade, ela cursava medicina e eu psicologia.

Estávamos em uma festa dentro do campus, organizada pelos veteranos dos nossos cursos. Precisei da ajuda do álcool para poder criar coragem e chegar nela.

Ainda lembro o nervosismo que senti quando me aproximei puxando assunto. Quando nos beijamos a primeira vez eu tive a impressão de não nos contentaríamos apenas com isso. Naquela mesma noite transamos e eu senti que faríamos isso muitas outras vezes.

Depois daquela noite fazíamos questão de nos encontrar sempre, saíamos com os amigos e eu ficava torcendo para que ela percebesse que eu só aceitava sair com eles por causa dela.

Quando criei coragem para chamá-la pra sair, finalmente me declarei e ela apenas sorriu dizendo que já sabia, só queria ver se eu conseguiria esconder por muito tempo.

Hoje, após alguns anos namorando Eliza já não sei mais o que sinto por ela e pensar que ela está me traindo só me faz ter a certeza de que precisamos terminar antes que nos magoemos mais ainda.