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Daisy narrando

Sempre acompanho de perto os passos de Jonas mesmo que ele não perceba, sempre tem alguém de olho nele para mim. Sei da aproximação dele com o filho bastardo e isso me irrita profundamente, Denis é a prova viva de que sou uma mulher incompleta já que não posso gerar filhos.

Ele acabou se tornando o único herdeiro do meu marido e mesmo sem saber ele me ajudou, e ainda me ajuda a manter seu pai no cabresto.

Lembrança on

-eu não te aguento mais pra mim chega Daisy, eu quero o divórcio.

Ele sempre dizia isso, e a cada briga era o mesmo discurso.

-Tudo bem...

Olhei para as minhas unhas demonstrando todo o meu desinteresse pelo assunto.

-Você quer o divórcio ok

Nesse momento eu o encarei.

-mas lembre-se que você vai sair desse casamento da mesma forma que entrou, SEM NADA!

Sempre fui louca de amor por Jonas mas nunca fui burra, nos casamos com separação total de bens, já que eu sempre soube que o interesse dele era maior pelo dinheiro da família do que por mim propriamente.

-Seu filho bastardinho vai ficar sem nada, sem nem um tostão.

Eu ri

-Vai Jonas. Saia por essa porta ...

Apontei para a porta do quarto.

-e volte para a nordestina só com a roupa do corpo, quero ver se ela vai te aceitar.

Sempre funcionava, ele sabia que na nossa falta seu filho herdaria tudo e pensando nisso, ela não tinha coragem de me abandonar.

Lembrança off

Mas sabia também que ele só esteve com a nordestina uma vez e a mesma o colocou pra fora a ponta pés, rsrsrsrs foi gostoso de ver a cara de pobre coitado dele quando chegou em casa todo triste.

Rsrsrs me senti vingada por todas as vezes que ele me rejeitou, enfim mas essa semana ele ultrapassou os limites. O ordinário não só entrou na casa dela como ficou por mais de 3 horas lá dentro. 3 LONGAS HORAS

Fui obrigada a despencar do Jardim Central para aquela pocilga que eles insistem em chamar de lar,e ao chegar lá não pensei duas vezes bati na porta e assim que ela se abriu, passei como um furacão por ela marcando mesmo meu território.

A nordestina pobretona precisa saber a quem aquele homem pertence.

- perdeu o caminho de casa benzinho?

Disse usando o meu tom bem irônico.

Sei que ele odeia e me sentei no sofá, eu estava tremendo de raiva.

-ahh pronto agora deu.

Ela se virou para o filho

- sou obrigada a receber a amante em mina casa também?

Ela levantou os braços e olhou para cima depois se virou pra o bastardo, que olhando de perto é bem apessoado, e me passou uma ideia louca na cabeça, e se ele fosse trabalhar comigo?

-pois eu não aceito mesmo.

Pensei que ela tivesse escutado meu pensamento depravado sobre seu filho, mas não.

Ela relinchava sobre a minha presença em sua casinha.

-Depois de 20 poucos anos? Eu não sou obrigada a isso não.

Garoto de programaOnde histórias criam vida. Descubra agora