10º Capítulo

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*Diana

Ouço o tilintar dos saltos de Polly ecoando pelo corredor do hospital e me levanto, minha tia se aproxima com um sorriso no rosto e me dá um abraço rápido antes de entrarmos no quarto.

- Como ela está? – ela pergunta se aproximando da garota inconsciente.

- O médico disse que ela está com pneumonia, entraram com a medicação e estão esperando uma melhora. – Ada fala dobrando o jornal que estava lendo e se levantando da poltrona. – Mas agora eu posso saber o porquê eu passei o dia em um hospital ao lado de uma desconhecida?

- Diana estava certa sobre o restaurante dos Aubry. – Polly fala seguindo até a garota e colocando a mão em sua testa. – Ela chegou em Birmigham faz dois dias e foi levada direto para o maldito restaurante, Thomas a tirou de lá hoje de manhã. Estávamos conversando quando ela apagou e vocês apareceram.

- Aubry está morto? – pergunto e tia Polly nega.

- Ele fugiu querida, mas logo ele aparece.

- Não devíamos ligar ou procurar por alguém da família dela? – Ada pergunta cruzando os braços e se escorando na parede.

- Ela não tem ninguém por aqui, a partir de agora nós somos a família dela.

- E por que faríamos isso, Polly? – pergunto confusa. – Nós nem a conhecemos.

- Porque poderia ser você ou Ada no lugar dela e passando pelo que ela passou. – minha tia fala sem paciência. – E porque são ordens do Thomas e considerando o que vocês fizeram hoje mais cedo, acho melhor seguirem as ordens e não falarem nada. A paciência do irmão de vocês tem limite.

- Falando no diabo, lá vem ele. – Ada fala assim que a porta é aberta e por ela passa Thomas.

- O que ela tem? – ele pergunta parando ao lado da cama onde Rose estava.

- Pneumonia. – Ada fala voltando a se sentar na poltrona. – Caso ela melhore, vão dar alta para ela amanhã.

- Certo, assim que ela tiver alta me avisem. – ele fala tirando o relógio do bolso, ele olha o mesmo por alguns segundos e logo o coloca no bolso novamente.

- O que pretende fazer, Thomas? – Polly pergunta cruzando os braços e encarando o meu irmão.

- Nada Polly, como você pediu. – ele força um sorriso e sai do quarto.

- Sinto que vocês estão escondendo alguma coisa. – suspiro frustrada e Polly me olha com cara de poucos amigos. – Certo, não está mais aqui quem falou.

*Um mês depois.

Caminho até o escritório de Thomas e entro sem bater na porta vendo uma mulher ajoelhada em frente ao mesmo.

- Porra Diana. – meu irmão xinga ao me ver, me viro rapidamente e encaro a parede. Após alguns segundos a mulher passa por mim saindo do escritório e batendo a porta. – Pode virar e me explicar que porra você está fazendo aqui?

- Eu vim trabalhar. – falo me sentando na poltrona do outro lado do escritório, eu que não me arriscaria sentar naquele sofá. – Coisa que você não faz pelo visto. – sinto o olhar furioso dele sobre mim e dou de ombros. – Eu estou brincando, Tommy.

- São oito horas da noite, o expediente já acabou. – ele fala sem paciência enquanto acendia um cigarro. – Então vou perguntar só mais uma vez, que caralhos você está fazendo aqui?

- Eu vim passar um tempo com meu irmão favorito, eu quase nem vi você durante essas duas semanas.

- Diana... – ele respira fundo e eu suspiro frustrada.

Dancing in the Darkness - Peaky Blinders Onde histórias criam vida. Descubra agora