11º Capítulo

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*Diana on

Desligo o chuveiro ao ouvir um som estranho vindo do andar debaixo, visto o roupão rapidamente e saio do banheiro. Vou até o meu quarto, pego a arma embaixo do travesseiro e desço as escadas. Escuto o som das louças batendo, como se tivessem sendo reviradas, engatilho a arma e entro na cozinha vendo um homem de costas mexendo nos potes de porcelana que estavam no armário.

- Um movimento brusco e eu atiro na sua cabeça. – falo e o homem levanta as mãos em rendição, ele se vira devagar e me encara com um sorriso no rosto. – Pai?

- Minha filha querida. – ele faz menção de se aproximar e eu continuo com a arma apontada em sua direção. – Isso é jeito de recepcionar o seu pai?

- O que você está fazendo aqui?

- Eu voltei para ver como vocês estavam, papai estava com saudades.

- Mais um passo e eu juro que estouro os seus miolos.

- O que é isso? – Polly pergunta entrando na cozinha com Arthur e Ada.

- Pai? – Arthur encara o homem a nossa frente como se estivesse vendo uma miragem.

- Vai embora. – abaixo a arma. – Some dessa casa.

- Essa casa também é minha.

- Ela mandou você ir embora. – Ada fala entredentes, Polly cruza os braços e encara o irmão.

- Eu estou indo. – ele fala colocando o chapéu e arrumando o casaco.

- Você não precisa ir, pai. – Arthur fala se aproximando de nosso pai.

- Precisa sim, Arthur. – falo entrando na frente do meu irmão e ficando entre os dois. – E a próxima vez que pisar nessa casa, não vai sair vivo.

Meu pai nos olha uma última vez, antes de sair. Solto a respiração que nem percebi que estava segurando e me viro para Arthur que olhava com ódio em minha direção.

- Quem você pensa que é? – ele pergunta irritado.

- Essa casa também é minha, Arthur. – falo passando por ele. – E eu não admito esse homem aqui dentro, alguém discorda de mim? – pergunto e Polly e Ada permanecem em silêncio. – A vontade da maioria sempre ganha, irmão.

Subo as escadas e sigo para o quarto, entro e vejo Finn deitado em sua cama lendo um livro.

- Por que ele voltou? – meu irmão pergunta ainda encarando o livro em suas mãos.

- Quando você chegou que eu não te vi? – pergunto pegando a escova de cabelo e me sentando na minha cama. – Eu não sei porque ele voltou, Finn.

- Thomas já sabe? – ele se senta na cama e fecha o livro.

- Acredito que não, se Thomas soubesse ele não estaria intacto. – respondo e Finn dá risada. – Posso me trocar rapidinho? E aí nós podemos ir tomar um sorvete, sei lá.

- Precisamos de um quarto para cada. – ele resmunga e se levanta indo em direção a porta. – E eu quero o meu de chocolate. – ele fala saindo do quarto. Penteio o meu cabelo e me troco rapidamente, pego minha bolsa e saio do quarto vendo o mesmo encostado na parede me esperando. – Vamos, donzela? – ele pergunta em um tom irônico e estendendo o braço para mim.

- Vamos, mordomo. - ele me olha com cara de bravo, mas logo cai na risada.

- Onde vão? – Ada pergunta assim que descemos e passamos por ela e Polly.

- Vamos tomar sorvete. – Finn fala animado. – Querem ir com a gente?

- Não, estou atolada com o serviço da casa de apostas. Desde que Diana pediu demissão sobrou tudo para mim. – minha irmã resmunga e eu mando um beijo em sua direção.

Dancing in the Darkness - Peaky Blinders Onde histórias criam vida. Descubra agora