04 | Rèiteachadh cunntais

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Sinto o cheiro de ar fresco após uma noite chuvosa e abro os olhos calmamente ao ouvir o som de pássaros, os meus dedos dedilham tocando a firme manta e observo em detalhes a camada de tecido que cobre o dossel da cama enorme em que me encontro

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Sinto o cheiro de ar fresco após uma noite chuvosa e abro os olhos calmamente ao ouvir o som de pássaros, os meus dedos dedilham tocando a firme manta e observo em detalhes a camada de tecido que cobre o dossel da cama enorme em que me encontro.

A luz solar invade o cómodo, o tornando mais quente e aconchegante.

Sento e observo que estou no meu... quarto? Tudo não passou de um pesadelo?

Um riso aliviado escapa da minha garganta e levanto o mais rápido possível para sair do quarto, mesmo que fosse apenas com a minha camisola de dormir, eu estou pouco me importando com a etiqueta neste momento.

Mas ao forçar a maçaneta noto que a porta está trancada, por mais que eu puxasse ela se recusa a abrir, elevei um pouco o corpo para olhar através do pequeno espaço aberto da porta, mas o corredor está absolutamente vazio.

— Onde será que está todo mundo? — me perguntei já inquieta.

De repente ouço o barulho de algo lascando e um cheiro agonizante de madeira queimando invadir todo o espaço, e ao meu virar noto então que todo cómodo está sendo invadido por uma fumaça negra muito espessa, todas as janelas desapareceram, inclusive todos os objectos presente no quarto.

Meus peitos ardiam e me virei desesperadamente para abrir a maldita porta.

Logo as chamas colossais atingiram o espaço tomando o teto e as paredes, gritei angustiada por ajuda.

Eu preciso que alguém me ajude a sair daqui.

Pedaços enormes de madeira caíram no chão ao meu lado e as pedras das paredes permanecem rígidas e sem escapatória possível para mim.

— Cora — sou chamada melodiosamente por alguém bem atrás de mim.

Essa voz...

Voltei a virar rapidamente e defronte a mim está ele, me observando com olhos que cintilam maldade e os seus cabelos acobreados parecem se iluminar com as chamas.

— Você deveria ter aceitado ser minha consorte, princesa — aproximou os lábios no meu ouvido.— Talvez assim terias poupado todo mundo, esse é o preço da tua liberdade.

Abro os olhos rapidamente, sinto o suor frio em minha testa e todo o meu corpo treme sem controle, o meu coração bate desassombradamente como se não fosse parar em nenhum momento.

A minha cabeça latejando me impede de lembrar com exatidão de tudo que aconteceu, apenas pequenos flashes de lembranças se fazem presente, mas ignoro tudo ao sentir minha boca extremamente seca e ergo uma das minhas mãos a fim de a tocar, e só então percebo a ausência dos pesos que antes me possibilitavam de sequer me mover direito.

Corro o meu olhar lento por todo espaço e percebo por fim que já não me encontro na tenda de antes, essa é mais pequena e não há nada além do local onde antes eu dormia e uma cadeira que sustenta uma bacia de ferro repleta de água.

Dangerous WithinOnde histórias criam vida. Descubra agora