10 | Sneachda a' tuiteam

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Na realidade, que é a vida, se lhe tirardes os prazeres?

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Na realidade, que é a vida, se lhe tirardes os prazeres?

Merece, então, o nome de vida? Aplaudi-me, meus amigos. Ah! Eu sabia que éreis demasiadamente loucos, isto é, demasiadamente sábios, para não serdes da minha opinião...

Os próprios estóicos amam o prazer, não o saberiam odiar. Bem dissimulam, bem tentam difamar a volúpia aos olhos do vulgo, cobrindo-a das injúrias mais atrozes, mas isso não passa de simples esgares, pois tratam de afastar os outros, para eles próprios a poderem gozar com maior liberdade.

Mas, em nome de todos os deuses, dizei-me, então, qual é o instante da vida que não é triste, aborrecido, enfadonho, insípido, insuportável, se não for misturado com o prazer, isto é, com a loucura.

Podia contentar-me com o testemunho de Sófodes, esse grande poeta, jamais suficientemente louvado, e que de mim fez um tão belo elogio, quando disse: A vida mais agradável é a que se vive sem espécie alguma de prudência.

"O elogio da Loucura" de Erasmo de Roterdão

Quando o inverno chegava a Glen Coe, era como se o vale se envolvesse em um manto de tranquilidade. As montanhas imponentes, que já guardavam segredos de eras passadas, eram coroadas com uma fina camada de neve, reluzindo sob o pálido sol invernal. O ar tornava-se mais nítido, cortante como um suspiro de gelo, e cada sopro de vento trazia consigo um murmúrio ancestral, sussurrando histórias de clãs e batalhas esquecidas.

As árvores que bordavam o vale, antes vestidas de verde exuberante, se despiam lentamente, oferecendo ao vento as suas últimas folhas douradas. Os riachos, que corriam impetuosos durante a primavera e o verão, fluíam mais lentamente, as águas cristalinas congelando nas bordas, formando esculturas naturais de uma beleza fria e etérea.

Ao cair da noite, as estrelas brilhavam mais intensamente, como se quisessem compensar a ausência do sol. O céu noturno se transformava em um vasto manto negro cravejado de diamantes, e a lua, na sua plenitude, derramava a sua luz prateada sobre o vale adormecido.

Glen Coe no início do inverno era um lugar de paradoxos: uma combinação de dureza e beleza, de isolamento e acolhimento.

Já aqui, o inverno é uma fera indomável, brutal e implacável. As paisagens aqui são de uma desolação cortante, diferente do manto tranquilo de Glen Coe. As montanhas são menos convidativas, erguendo-se como sentinelas sombrias contra o céu cinzento e ameaçador. A neve é pesada, acumulando-se sem misericórdia, enterrando tudo sob um manto branco e impenetrável.

O vento sopra com uma ferocidade que penetra até os ossos, trazendo consigo o gelo do Mar do Norte. Cada rajada é um golpe que parece roubar a própria alma, e o ar, tão afiado e cruel, corta como lâminas de vidro. As árvores, poucas e retorcidas, lutam contra o peso da neve, s, as suas armas esqueléticas em constante batalha com os elementos.

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⏰ Última atualização: Sep 12 ⏰

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