"Eu teria pena dele. "

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OIOIOIOI MORCEGUINHOS/AS!
hoje nenhuma observação especial, colem o bumbum de vcs em algum lugar, peguem água e uma pipoquinha e
Boa leitura♡♡

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— Desde que o xerife Galpin entrou em coma, ninguém mais tá se preocupando com crimes menores, relaxa. — disse Xavier, tentando me tranquilizar.

— Deveria pelo menos ter roubado um carro menos chamativo, tio. — resmunguei em resposta, logo fechando a porta da pequena van que possuía um grande cachorro quente de plástico na parte superior. — Um veiculo de vendas não é exatamente o mais aconselhado para uma fuga.

— Só roubei esse porque estava cheio de ketchup dentro, não consegui resistir, morceguinha! — meu tio logo rebateu, já correndo para dentro do cata-vento, ignorando completamente a mim e Xavier que permanecêssemos parados em frente ao veiculo amarelo.

— Vai ser difícil explicar isso pra policia. — ele comentou e eu apenas concordei com um leve movimento de minha cabeça.

Por alguma razão longe de meu conhecimento, eu não estava conseguindo ficar perto de Thorpe depois do que meu tio havia dito.

Realmente existia alguma coisa intangível que nos amarrava um ao outro? Sua hipótese poderia ser certeira apenas pelo fato de que eu acabava sempre por perto, de uma forma indireta ou direta.

Eu estava sempre a procura de Xavier para alguma coisa, para ter informações ou apenas para usufruir de sua boa vontade em me ajudar no que fosse possível, mas toda vez que tentava me afastar dele, eu acabava voltando a estaca zero.

Quanto mais eu passava tempo com ele, mais minha cabeça se imergia em confusão.

Enid estava começando a notar meus comportamentos suspeitos, meus lábios frouxos que mais frequentemente se dobravam em pequenos sorrisos inesperados, ou suspiros que ela gostava de nomear “Suspiro apaixonado”.
Não conseguia concordar completamente com minha colega de quarto, estar apaixonada por alguém era como morrer e não de uma maneira boa, mas de forma extremamente ruim e desgostosa.

Todavia, mentir para mim mesmo sobre uma possível afeição era estupidez, até porque quanto mais cedo eu aceitasse, mais rápido conseguiria aniquilar esse parasita de minha cabeça, mesmo sendo extremamente difícil com Xavier sempre em meu encalce.

Todo caminho que eu iniciava a seguir terminava sempre com Xavier ao meu lado, fazendo jus a suas palavras do semestre passado: Ele tinha alegado com prontidão total fidelidade a mim e acreditava cegamente em todas minhas teorias, estava do meu lado mesmo depois de eu o ter mandado para cadeia injustamente.

Como alguém consegue ser tão obstinado com algo desse tipo? Irônico de minha parte critica-lo, já que eu sou a primeira obcecada por saber a verdade e provar minha razão, mas o caso de Xavier era totalmente diferente pois sua batalha certamente não possuía como objetivo primário provar alguma coisa para si mesmo ou para os outros ao redor, ele apenas queria ficar comigo, nunca pedia nada em troca e quase sempre continha seus sentimentos negativos perto de mim, não deixando transparecer suas fraquezas.

A única vez em que o vi por completo, sem mascaras de proteção, foi quando Bianca morreu e quando eu erroneamente o beijei.

Aquele beijo era meu maior tormento, principalmente porque a cena continuava a se repetir em minha memoria até mesmo em meus sonhos amedrontadores.

— Boa tarde, o que vão querer? — Uma jovem garota de cabelos curtos se aproximou de nós com um bloco de notas em mãos.

— Quatro doses de expresso. — ditei sem nem mesmo olhar para a garçonete. Eu estava bastante ocupada em tentar compreender por qual razão Xavier tinha escolhido se sentar ao meu lado na mesa tendo tanto espaço a sua disposição ao lado de tio Chico.

A Metamorfose [Wandinha e Xavier]Onde histórias criam vida. Descubra agora