┊ 𝗮𝗰𝗮𝘀𝗼, vinnie hacker [ EM REVISÃO ]

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VINNIE HACKER narrando.

O restante do dia foi um tédio. A faculdade mau começou e eu já quero trancar.

A surpresa foi uma ligação do meu pai pedindo pra eu ir em casa rapidamente, o que fez com que eu saísse da faculdade mais cedo do que o normal. Eu não suporto quando ele me liga e não diz o que houve. Fico pensando o que poderia ser, mas ele sempre tem esse jeito de deixar tudo no ar, como se fosse um grande mistério. Eu sabia que quando chegasse lá, ia acabar tendo que lidar com algo chato, algo que ele não sabia que eu já estava cansado de ouvir.

O que será que ele quer?

— Sr. Hacker. — o James, um dos seguranças da casa abre a porta da sala me dando passagem. — Seu pai está te esperando no escritório.

Subi as escadas da sala, o som dos meus passos ecoando pelos degraus. Minha cabeça estava cheia de pensamentos, tentando bolar as desculpas mais convincentes caso ele descobrisse que eu tinha comprado outra moto com o dinheiro dele. Ele nunca ficaria feliz com isso, sabia disso, mas ao mesmo tempo, a sensação de ter algo novo, algo que ele não aprovava, me dava uma espécie de adrenalina que eu não podia explicar.

Entro no escritório e o vejo de costas, olhando pela vista da cidade pelas enormes janelas de vidro. O silêncio entre nós se estendeu por alguns segundos até ele quebrá-lo, sua voz fria e autoritária preenchendo o ambiente.

— De onde é a garota? — ele pergunta, ainda com as costas voltadas para mim. — E aonde ela está

— Que garota? — perguntei, a testa franzida enquanto tentava vasculhar minha memória, revisando mentalmente os nomes das meninas com quem havia ficado naquela semana. Meu tom saiu incerto, quase hesitante: — A Sophia...?

Ele soltou um longo suspiro, o peso da sua frustração evidente no olhar penetrante que lançou sobre mim. Por um instante, fiquei sem saber se deveria sustentar aquele olhar ou desviar, mas antes que pudesse decidir, ele simplesmente se deixou cair na cadeira, como se estivesse reunindo forças para continuar aquela conversa

— Não. — Ele nega com firmeza, sua voz carregada de irritação. — A garota que você fez pagar setecentos e cinquenta dólares pela pintura da sua moto. — Seu tom se eleva, e vejo seus punhos se fecharem ao lado do corpo.

— Ah. — A lembrança finalmente me atinge, e estalo os dedos, como se fosse um detalhe insignificante. — Uma doida lá da faculdade. — Dou de ombros, despreocupado, como se o assunto não merecesse mais do que isso.

Por um momento, meu coração acelerou. Pensei que ele tivesse descoberto sobre a moto que eu comprei.

Mas, em vez disso, ele me lançou um olhar firme e decretou, sem espaço para discussão: