┊ 𝗮𝗰𝗮𝘀𝗼, vinnie hacker [ EM REVISÃO ]

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ANNY BERR narrando.

Numa escala de zero a dez, acompanhar aquele garoto estava em um negativo absurdo. Sério, quem consegue lidar com alguém tão insuportável assim? Eu, sinceramente, sinto até pena da namorada dele. Imagino o sofrimento dela.

Já estava em casa, me preparando para sair, enquanto Stella já tinha ido para a festa de formatura que começava às seis.

Escolhi a roupa mais confortável que encontrei: uma calça jeans clara com rasgos no joelho, um blusão preto bem aleatório e um tênis.

Quem disse que eu tenho que me arrumar toda maravilhosa só pra ver um bando de gente mal educada?

A oficina mecânica ficava a uma hora de distância da minha casa, e, por um instante, até pensei em ir de carro. Mas, claro, Stella tinha ido com ele para a formatura, então, não tinha outra opção a não ser encarar o ônibus.

Confesso que não estava me sentindo bem por causa do que aconteceu hoje mais cedo. Pode ser que eu esteja exagerando, sendo um pouco infantil, mas simplesmente não suporto quando alguém desmerece o meu esforço.

As palavras de Isabella nem me atingem mais, até porque sei que ela snão quer me ver bem. Mas quando é o Vinnie, alguém que mal me conhece, fico pensando se ele realmente estava sendo sincero ou se só quis me atingir. E o Noah... bom, talvez ele tenha alguma razão, agora que terminamos. É difícil não pensar que ele tem um ponto.

Mil e um pensamentos passavam pela minha cabeça enquanto eu olhava a chuva caindo pela janela do ônibus. Essa hora deveria ser o auge da minha noite, aproveitando minha primeira festa da faculdade, rindo e me divertindo com a Stella.

Nada está dando certo.

✘

Sete horas em ponto, estava esperando na porta da oficina Vinnie chegar, mas até agora nada dele. Talvez pelo fato de estar chovendo muito forte ele deve se atrasar, porque não pode vim voando dirigindo.

— Olá, com licença. — um rapaz de macacão azul escuro me chama, tocando suavemente no meu ombro. — Pode entrar, não precisa esperar na chuva. — Ele tinha um sorriso gentil, um pouco acolhedor, e estava segurando a porta para mim. — Me chamo Joh.

— Obrigada! — respiro aliviada e passo pela porta da oficina, me sacudindo para tentar tirar o excesso de água da chuva. — Sou Anny. — Respondo com um sorriso tímido, me sentindo um pouco desconfortável, mas aliviada por não ter que ficar lá fora.

A moto de Vinnie estava ali, encostada no canto da oficina, e os arranhões eram mais visíveis do que eu pensava. Eram profundos, o que com certeza significaria um conserto bem caro. Eu só queria que tudo isso fosse só um pesadelo.