Me chama de piranha - Parte 3

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A superfície macia parecia algodão-doce. Reginaldo permanecia ali, deitado, observando o céu azul acima dele. Estava pleno, não sentia dor, nenhum incômodo, nada naquele momento o incomodava. Não havia problemas, não havia trabalho, nem stress, nem nada. Isso tudo lhe proporciona um perfeito estado de plenitude, porém havia mais sensações e Reginaldo não conseguia identificar. Era estranho por não conseguir identificar, mas era prazeroso. Havia algo quente e ao mesmo tempo úmido. Parecia um corpo, mole o bastante para envolvê- lo e ao mesmo tempo rígido para lhe proporcionar uma certa pressão. Não uma pressão sufocante, mas sim na medida certa para tornar tudo aquilo prazeroso. Tal forma também se movia, seguindo um ritmo lento, se esfregando nele. Por ser úmido, aquilo não lhe machucava. Pelo contrário, lhe proporcionava um prazer imenso. Reginaldo se esforçava para entender quem lhe faria uma coisa daquelas. Foi quando ele abriu os olhos.

Reginaldo acordou deitado em sua cama, com seu short abaixado e seu pau duro, escondido na boca de Flávia. Sua esposa estava de quatro, com a calcinha abaixada e uma mão entre as pernas. Recém-acordado, demorou um tempo para entender tudo à sua frente. Levou tempo para perceber a origem daquela sensação tão prazerosa: a boca de Flávia. Lentamente, passou a gemer, como nunca fizera antes. Não apenas o toque da boca em seu pênis era prazeroso, mas também a visão do corpo de sua mulher. De quatro, ela empinou a bunda deixando seu quadril em evidência. A bunda, a parte do corpo favorita para ser apertada, estava ali, para o alto, se exibindo e ao mesmo tempo longe de seu alcance.

Ainda confuso pela mistura de despertar e prazer, olhou o rosto de Flávia e viu expressões muito estranhas à sua esposa. Mesmo assim, olhar ela fazendo aquilo, daquele jeito, deixava o seu pau ainda mais duro. Os lábios subiam e desciam com carinho, aquecendo e umedecendo sua rola lentamente até ser impossível de segurar. Reginaldo esguichou na boca de Flávia. Ela arregalou os olhos, surpresa, mas aceitou tudo. Ao tirar o pau da boca, foi surpreendida com um último jato, disparado em seu rosto. Reginaldo nunca imaginaria aquela cena, de Flávia com um sorriso extremamente malicioso e o rosto coberto de porra. Sua mulher se levantou e caminhou nua até o banheiro. Reginaldo adormeceu.

Voltando ao quarto, Flávia viu o marido dormindo. Feliz da vida em ter conseguido executar os ensinamentos de Berenice, ela decidiu preparar um café da manhã mais especial para ele ao acordar. Se sentia feliz por dar prazer ao seu homem, sendo aquele o primeiro passo para voos mais altos. Quando o esposo despertou de novo, levou o café em sua cama.

— Dormiu bem, amor?

— Acho que sim, não sei.

— O que foi? Aconteceu algo.

— Não sei, tive um sonho estranho.

— Que tipo de sonho?

— Coisas esquisitas, não sei explicar. Acho que essa piranha gritando no andar de cima fez meu subconsciente pirar. Ela me incomoda muito com a vadiagem dela e isso está perturbando o meu sono.

Flávia estava desolada. Fez tudo para criar uma surpresa agradável e seu marido recebeu tudo como se fosse um pesadelo. Ouvir ele ofender Berenice doía cada vez mais. Não só por ser sua amiga, mas também por se sentir ofendida. — É vadiagem fazer sexo oral no meu marido? — pensou. Se sentia perdida, sem saber para onde ir. Queria apimentar o casamento sem saber como, pois sua melhor tentativa foi um fracasso.

Decidiu recorrer a Berenice mais uma vez. Indo a seu apartamento, foi recebida por Paulo. O rapaz magro com o cabelo baixo e um sorriso tímido a recebeu. Flávia não acreditava naquele homem ser dono dos gemidos ouvidos de seu banheiro. Ele gentilmente a convidou a entrar, lhe ofereceu algo para beber e se dispôs a chamar a esposa no quarto. Tudo com o mínimo de palavras, chegando a dar impressão dele estar com vergonha na própria casa.

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