Capítulo 1 | Ana Gonçalves

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Eu era apenas uma das milhares meninas com os olhos vidrados na Copa do Mundo de 2022. Era pelo simples fato de que iríamos ver vários jogadores de determinados países. Acontece que não era todos os países, pelo menos para mim. A Espanha e a Inglaterra estava no pódio. O Brasil mora no meu coração e eu não poderia deixar de torcer. Porém, quando a gente vê pessoas da nossa idade conquistando coisas absurdas, o que temos que fazer é nos inspirar e torcer. Era apenas isso que passava pela minha cabeça esses meses.
Lá estava ele, correndo pelo campo verde. A televisão era como um portal que eu poderia me transportar.
Pablo Gavi.
Um garoto de 1. 73 metros, que com apenas 18 anos, se tornou o jogador mais jovem a jogar pela copa do Mundo. Quando o "conheci", foi justamente num edit do TikTok. Eu pensei: "ele nem é tudo isso".
Mas um dia por acaso, pesquisei seu nome. De repente, uma enxurrada de vídeos apareceram e eu não parei de ver. O ápice de tudo isso, é que eu torcia por um jogador adversário. E logo aí eu percebi: Isso só poderia estar errado. E foi aí que me tornei uma culer, mais precisamente: Uma torcedora de um time de futebol. Uma menina que apenas assitia a copa do Mundo de quatro em quatro anos, agora vivia presa no mundo atraente do futebol. E que logo, logo veria pessoalmente a terrível disputa da sua vida: O fim de um clube.

Beijo Reparado | Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora