2 - Cheiro de Mar

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PETE

Quando eu vi estávamos conversando e bebendo mais alguns drinks, ele não tentou nada, ao contrário de mim que sentia um calor absurdo no corpo toda vez que ele segurava minha cintura enquanto dançamos. 

Falamos de tudo, qual o prato de comida favorito, se gostava do ovo com a gema mole ou dura, "prefiro salgado, não como doces" ele disse, "uma colherada de brigadeiro caseiro é o paraíso" somos opostos. 

Quais as ambições e quais os medos, "eu queria pode morar aqui para sempre, trabalhar fazendo o que amo, para que ir para faculdade?", ele ficou pensativo, mas não me julgou "novas possibilidades para seu negócio, o mundo muda muito rápido" e mais uma vez ele foi educado e gentil em suas palavras.

Eu poderia conversar com ele por horas, mas nada mais chamava minha atenção do que ver seu pombo de adão subindo e descendo, é tão sexy e discreto, que eu me perdi completamente em seus trejeitos, e esqueci de pedir seu nome, e eu tão pouco falei o meu.

Mesmo depois de relutar muito, ele tirou os sapatos e ergueu a calça até os joelhos, eu sei que fui eu que o fiz tirar, quem sabe esteja invadido de mais o seu espaço pessoal, mas quando me ajoelhei na sua frente, para dobrar sua calça preta, eu ergui minha cabeça e eu vi o paraíso, senti uma sensação em meu corpo que eu nunca tinha sentido, vê-lo dessa maneira o deixava mais bonito ainda, mais atraente, eu tive uma ereção na hora, foi dificicil disfarçar.

Geralmente eu não me interesso por Alfas, mas ele era diferente de todos, não tão alto, voz não tão grave, suas mãos são quase do tamanho das minhas, ele também não era dentro dos padrões, mas aquele olhar me olhando de cima para baixo, era provocador, eu poderia chupa-lo ali mesmo. Bati no meu rosto, o que estou pensando? Porra ele meche comigo.

Eu entrei na agua por primeiro, molhando os pés, era revigorante, eu precisava me acalmar, mas ele ficou lá parado, não sei se era medo, não sei o que ele sentia, mas ele ficou aflito assim que entrei, e quando saí seus olhos pretos igual a noite estavam mais aliviados.

Deixei meu celular em uma cadeira na areia, e tirei minha blusa, esse é um dos motivos por que eu não bebo sozinho, eu perco todos os limites, entrei no meu lugar favorito, mergulhei e deixei a água gelada confortar meu corpo febril e bêbado. 

Joguei meu cabelo para trás, e encarei o turista, agora consigo ver ele um pouco mais, seus olhos pequenos e curtos não tiravam os olhos de mim, tinha as maçãs do rosto bem definidas, uma cicatriz em cima do olho esquerdo, e o cabelo estava separado ao meio, um cabelo comprido que dava vontade de tocar, tudo nele fazia meu corpo me mexer, e querer tocá-lo  de alguma forma. "Vêm?" estiquei minha mão, mas ele não pegou, então eu mesmo fui até ele o arrastei para o mar.


-Confia em mim...

-Não devemos entrar no mar bêbados.

-Eu sou o melhor nadador daqui esse é o meu trabalho, só até a cintura, cofia em mim...

-Eu não...

-As pessoas têm medo do mar, porque de alguma forma elas sabem que não podem o controlar, então não faça isso, apena o sinta, não podemos controlar o que é livre Alfa..

-Fale por si, eu...

-Me deixe te mostrar...


Eu não vou lembrar de nada disso amanhã, mas ele era alguém legal, e o sol poderia aparecer a daqui a pouco, não quero perder esse momento. Eu fui para mais perto do seu corpo, e coloquei minhas mãos em sua cintura, trazendo o alfa passo a passo para dentro do mar, suas mãos estavam firmes em meu ombro, ele não sabia se olhava para a água abaixo de nós, ou para os meus olhos.

Cheiro de Mar - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora