Cheiro de Mar - VegasPete

16 - Cheiro de Mar

PETE

Eu não sei por que estou nervoso, hoje é o dia da formatura de Venice no ensino médio, meu menino tão pequeno agora era maior que eu. Mas hoje o dia seria diferente, eu irei ver Vegas depois de muitos eu sempre vejo notícias de como ele tirou o nome da família na lama, um empresário implacável, discreto sobre sua vida pessoal, mas notório diante de todos.

Nó início foi tudo muito difícil, Vegas optou por nunca me ver, então ele mandava algum segurança buscar e levar Macau e Venice, ou minha mé Arm fazia esse papel, eu nunca consegui desculpar o que ela fez, mas ela tenta se redimir, cuidando bem de Venice e aceitando Macau em nossas vidas.

Como tudo isso deu tão errado? Eu sei quando, sei o exato momento em que eu optei por fazer tudo o que todo mundo me dizia para não fazer, e foi aí que eu destruí a vida de todos. Eu não falo com meu irmão, ele tem um relacionamento com alguém  que eu não consigo nem erguer a cabeça e encarar nos olhos, ele me olha com dor e culpa, e eu devolvo do mesmo modo.

Todos estão reunidos aqui, sinto falta de Porsche e Chay, eu perdi um amor, e perdi um amigo um irmão, Kinn nunca seria importante para mim, ele veio me procurar alguns anos atrás, mas o que iriamos falar? Eu nunca direi que Venice é seu filho, e se depender de Vegas, os dois nunca se cruzarão. Kinn foi morar no exterior, advogar em outro país, soube que está voltando para o fim do ano, mas eu nem me permiti saber muito, o que estava feito está feito.

-Você está bem? - Pá Pol perguntou...

-Sim, pá eu estou bem. Só ansioso por Venice, ele vai ser o orador... – Eu menti eu não estou nada bem.

-Venice cresceu bem, ainda não acredito que ele irá para Korea.

-Nem eu, mas é o que ele quer, e será bom para ele conhecer novas pessoas, sair da bolha em que o colocamos, essa bolsa para faculdade é importante para ele.

-Vegas nunca deixaria Venice ficar na mão.

-Ele conquistou o primeiro lugar por seu próprio mérito, ele não precisa de ninguém por trás.

As luzes ficaram mais amenas, os aplausos começaram, e um por um foi entrando, Venice não é um alfa sorridente, mas ele estava orgulhoso de si mesmo, e ele é um Theerapanyakul só sua presença já traz o destaque necessário para si mesmo. Agradecimentos, discursos, e homenagens, eu estava em uma ponta do grande auditório enquanto seu pai estava na outra, mas seria inevitável nosso encontro.

-Por favor mé, seja gentil. – E quando eu não fui? Era Vegas que se nega a falar comigo, e eu o entendo, e aceito toda a sua indiferença, mas era difícil aceitar a pessoa que estava ao seu lado.

Tiramos algumas fotos, e pá ainda segurava meu braço, ficar perto do alfa que me marcou depois de tantos anos está sendo difícil. Para um alfa dominante, ele pode marcar outras pessoas, e perder o vínculo comigo, mas para um Ômega como eu? Estou fadado a eternidade a ser apenas de uma pessoa, é impossível amar alguém ou desejar simplesmente com essa marca em meu pescoço. Sim, eu poderia levar uma vida tranquila, até transar por aí, mas cada CIO será doloroso, nada irá me satisfazer, a não ser o alfa que me marcou, a não ser Vegas que me odeia e com razão.

Eu respirei fundo, e chegou a tão temida foto, Vegas vinha em nossa direção, cheio de seguranças a sua volta, acompanhado do seu novo parceiro, eles combinam até.

Olhei minhas roupas simples, apertando meu perno preto era bonito, mas sem marca, enquanto Tawan vestia algo luxuoso, e Vegas está à altura. As únicas notícias que eu tinha dele, eram poucas coisas....