10 - Cheiro de Mar

624 88 20
                                    


PETE


-Eu me demito!


Eu disso isso olhando para os meus pés, se eu o encarasse não teria coragem... eu recebi a pior mensagem do mundo, meu irmão estava vindo com meus pais para Bangkok, e por alguma razão eles descobriram que estou aqui, pelos pais de Porsche, que desconfiaram do filho na última ligação, e eles estão vindo para me levar embora. Eu amo o Macau, não penso em ficar longe dele, mas agora meu foco era esconder Venice deles, e nem que eu tivesse que ir para o fim do mundo eu irei.


-Hum... isso me pegou de surpresa, eu sei que passei dos limites com você, mas...

-Eu não me arrependo de nada, mas agora tenho que priorizar outras coisas, agradeço tudo que sua família fez por mim, eu mesmo irei falar com mis Khunn e agradecer, mas eu não posso mais ficar.

-Eu não quero que você vá Pete.

-Desculpe mestre, mas é preciso.

-Você vai deixar o Macau? Sei que passei dos limites, mas ele não tem culpa das minhas ações...

-Eu amo o jovem mestre, eu cuido dele todos os dias com muito carinho, está doendo, mas eu tenho que ir.

-Está chorando senhor Jakapan, e ao mesmo tempo me diz que vai embora?

-Me largue...

-Não, agora que eu te achei, eu não vou deixar você ir embora, seja lá qual for o problema me conta, me diz, eu ajudo você.

-O senhor já tem muitos problemas, e eu sou só um empregado, eu não...

-Você não é a mãe do Macau? Ele nem corre mais para mim, é para você que ele abre os braços e pede conforto.

-O senhor não entende, me desculpe.

-Pete você não me conhece, mas eu vou mostrar um lado que eu mostro só para quem me desafia e testa minha paciência, e faz jus a todos os falatórios sobre mim, me fala qual é o problema, ou eu te tranco aqui nessa sala e você nunca mais vai ver uma alma viva.


Eu estava apavorado com o jeito que ele estava falando comigo, segurando meu braço e me forçando a encará-lo, as coisas estão acontecendo tão rápido que eu não sei explicar, ontem quando fizemos sexo, eu fiquei a noite todo falando para mim, foi só sexo, apenas isso..., mas não, eu fiz com carinho, com tesão, eu me entreguei para ele, sem pensar duas vezes.

O tom da sua voz, me faz querer ajoelhar e puxar seu membro para fora, porra eu me apaixonei por ele no instante que o vi pela primeira vez, e algo me dizia que eu o conhecia há muito tempo, que por um momento eu pensei que ele fosse a mesma pessoa da faculdade, suas estocadas, sua busca por minha boca, mas quem eu quero enganar, só estou tentando encontrar algo para quem sabe minha mente culpada não pesar tanto, eu transei com meu chefe, e me apaixonei.

Agora ele está aqui dizendo coisas que eu não entendo, eu só quero ir logo embora, e ao mesmo tempo quero me perder em seu abraço, querendo que ele me proteja como protege Macau.

Eu levei meus lábios de encontro ao seu, e ele se acalmou um pouco, e o aperto no meu braço se desfez, e agora ele voltou a ser acolhedor.

Peguei sua mãos e fiz o que meu instinto Ômega pedia, e meu coração apaixonado também, levei Vegas até meu quarto, pensei que talvez ele soubesse sobre Venice, mas assim que abri a porta e ele o viu, sua feição mudou, era uma confusão só.


-Eu achei que o mestre sabia, mas eu tenho um filho de dois meses.

-Hum.. esse deve ser o Venice que Macau fala tanto. Como sou burro, tudo faz sentido...

Cheiro de Mar - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora