Décimo nono capitulo!

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Na mesma hora peguei minhas coisas e fomos embora, chegamos lá e eu logo entrei na porta, desesperada, quando acendi a luz eu vi várias pessoas e balões ao mesmo tempo e um só grito: SURPRESA!
Eu tentava me lembrar de todas as pessoas mas quando avistei o Pedro do lado do meu pai e da minha madrasta, foi só onde eu pude ir. Eu estava meio assustada por não ter lembrado do meu próprio aniversário, era tanta coisa nova acontecendo na minha cabeça que nem tinha me lembrado que hoje eu estava fazendo 15 anos, como dizia meu pai, passando de menina para mulher (e mulher eu já era em todos os sentidos). Dei um abraço no meu pai, na minha madrasta e depois Pedro me abraçou rápido e eu só consegui ouvir ele dizer: fala alguma coisa.
Eu fui pro meio da sala, eu fiquei emocionada com tanta gente sorrindo e que estavam ali só por mim, meu olho se encheu de lágrimas.
- Obrigada a todos, de coração - as palavras falharam, eu sorri enxugando umas lágrimas.
Pouco a pouco vieram todos me abraçar, tinham vindo minhas amigas que eu já não via a algum tempo, uns professores da minha outra escola que eu adorava e uns parentes do meu pai, tirando meus amigos da escola, Ana e Matheus. A festa estava linda, tinham balões das minhas cores preferidas, bolo, salgado, refrigerantes e algumas bebidas alcoólicas. Do outro lado da sala havia um baú, cheio de embrulhos que provavelmente eram presentes, mas não dei muita atenção a eles. Quando todos já tinham me abraçado, fui pra cozinha respirar. Peguei um copo d'água e senti uma mão passar pela minha cintura.
- Feliz Aniversário - Pedro sorriu, que saudade eu estava daquele sorriso
- Obrigada - olhei se não tinha ninguém olhando e dei um selinho nele
- Ah, olha. Compre isso pra você. - ele tirou do bolso um colar com um pingente de estrela, cheio de pedrinhas brilhantes.
- Nossa, é lindo - fiquei emocionada
- Sei que você ama estrelas - ele sorriu e colocou o colar em mim.
- Hoje a noite quero te levar á um lugar ok? - ele me olhou
- Ok - eu ainda sorria.
Saímos da cozinha um de cada vez e fui curtir minha festa surpresa, cantamos o parabéns e dei o primeiro pedaço pro meu pai, foi lindo e me emocionei mais. Fiquei conversando com as meninas, apresentei Ana e Matheus pra elas, comi bolo e tomei um refrigerante, pouco a pouco as pessoas começaram a ir embora. Quando só restaram Ana, Matheus, meu pai e minha madrasta, e o Pedro é claro, Pedro me chamou num canto.
- Amor, vamos? - ele sorriu animado
- Vamos, mas meu pai sabe ? - eu olhei pra ele
- Falei que vamos sair com Ana e Matheus - ele piscou
- Você é o melhor amor - nós rimos
Despedi do meu pai e saí de casa com Ana e Matheus, eles foram embora apé e eu percebi uma moto em frente casa. Pensei que fosse de alguém que não aguentou ir pilotando por ter bebido umas. Pedro saiu.
- Peraí - ele foi em direção a garagem
- Onde você vai? - fiquei curiosa
- Espera amor! - ele ria
Voltou com dois capacetes, me deu um branco com umas flores rosas.
- Coloca - ele sorriu
- Vamos de moto? - eu perguntei
- Vamos - ele piscou
- Mas você sabe pilotar essa coisa? - fiquei assustada
- Claro, você acha que eu ia correr o risco de você se ferir ? - ele me olhou
- Não, mas não sabia que você tinha uma. - olhei a moto
- É que enquanto eu não fizer 18, meu pai não pode saber que eu tenho. - ele me olhou e sorriu
- Hum... Então vamos - eu sorri e coloquei o capacete
Subi na moto e Pedro acelerou, era gostosa a sensação de andar de moto e também era gostoso perceber meu cabelo voando. Fizemos um caminho que eu nunca tinha feito na cidade, parecia que estávamos indo para um lugar que ninguém nunca tinha ido, a estrada era deserta e já estava quase a noite, as primeiras estrelas já apareciam no céu. Me segurei nele quando ele subiu um morro de grama, onde deixou a moto metros depois desse morro, ele desligou a moto e descemos.
- Onde estamos? - eu perguntei curiosa
- Calma, estamos chegando. - ele parecia animado
Pedro me pegou pelo braço e andamos um pouco, no começo eu ainda não tinha entendido porque ele tinha me levado ali, era só grama e nada mais, nem a estrada eu via. Mas continuamos andando até que chegamos a uma vista maravilhosa. Eu conseguia ver a cidade inteira, era como um mirante. Via todas as luzes lá de cima, fiquei vidrada com a vista que estava bem na minha frente e por um segundo me esqueci de Pedro, quando olhei, ele estava sentado num forro branco, cheio de guloseimas, frutas e uma cesta de café da manhã, duas taças e um champagne. Me aproximei dele maravilhada, e sentei.
- Nossa, isso é perfeito - olhei para ele
- Esse é o nosso pic nic. - ele sorriu
- Você é perfeito. - eu me aproximei dele
Sem perceber eu me abaixei e o beijei, e que saudade eu estava daquele beijo. Sua mão contornava minha pele por dentro da blusa até ele descobrir que eu estava sem sutiã. Nos deitamos em cima do forro, arrastando algumas frutas que estavam nos atrapalhando e começamos com muito cuidado a tirar nossas roupas, fizemos amor ali, com aquela vista maravilhosa, ao ar livre, não tinha como ficar mais perfeito do que aquilo.
Me deitei do lado dele quando acabamos, dois loucos e nus, num mirante totalmente desconhecido.
- Olha ali, aquela - ele apontou pra uma estrela
- É linda, a que mais brilha hoje - eu a olhei
- Olha aquela outra, do lado dela - ele apontou outra estrela
- Também tá brilhando bastante, mas só da pra ver ela porque a outra tá iluminando muito. - eu falei, ainda olhando
- É... tipo eu e você - ele me olhou e sorriu
- Como assim? - eu perguntei
- Preciso de você pra me iluminar agora, sem você sou apenas uma estrelinha sem vida - nós rimos
- Tô com fome - o olhei
- É mesmo, não tocamos na comida ainda - ele se sentou
- Que delicia - me sentei
Começamos a devorar tudo que estava naquela cesta até ficarmos empanturrados de tanta comida. Nos beijamos por um bom tempo.
- Quantas horas são? - eu me afastei
- São 22:50 - ele olhou no celular
- Acho que temos que ir - fiz biquinho
- Tem razão, amanhã temos aula - ele disse
Mesmo sabendo que deveríamos ir embora, ficamos por mais um tempo vendo aquela vista maravilhosa, ele tirou uma câmera do bolso e tiramos uma foto, nós dois nos beijando com aquela vista maravilhosa atrás. Logo depois fomos embora, cheguei em casa e estava tudo em silêncio, provavelmente meu pai já estava dormindo.
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