Quadragésimo oitavo capítulo!

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Assei uma pizza e deixei no forno até a hora do meu pai chegar, para jantarmos juntos. Tomei um banho e vi um pouco de TV, quando meu pai chegou peguei a pizza e um suco e sentamos no sofá.
- Você dormiu no Pedro hoje? - ele perguntou
- Dormi, a gente chegou muito tarde. Não teve como eu vir embora pai - eu disse
- E você dormiu onde? - ele me olhou
- No quarto do Pedro, eu virada pra cima e ele pra baixo. Satisfeito? - eu ri
- Olha olha em Luiza. Não vai me arranjar barriga! - ele disse
Isso me fez lembrar que já havia mais de um mês que eu tinha menstruado e até agora nada. Ela estava atrasada.
Continuei comendo em silêncio, mas por dentro eu estava uma pilha. Imagina eu grávida? aos 15 anos grávida. O que meu pai ia achar? O que aconteceria com meu corpo? O que aconteceria com minha vida? Porque eu e o Pedro nunca usávamos camisinha? Apesar dele sempre tomar cuidado pra não '' cair '' lá dentro, mesmo assim eu ainda corria o risco.
- Vou pro meu quarto, de repente me bateu um sono - eu fingi bocejar
- Boa noite, amanhã passa no supermercado e compra algumas coisas que estão faltando, não esquece do meu pó pra fazer café. - ele disse
- Ok pai, boa noite - eu beijei seu rosto
- Boa noite. - ele disse
Fui o mais rápido que consegui pro meu quarto e tranquei a porta. Peguei meu celular e liguei pro Pedro.
- Oi princesinha - ele atendeu
- Amor... - eu disse preocupada
- O que foi? Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou
- Aconteceu. - eu disse
- O que amor? Me fala! - ele disse
- Minha menstruação tá atrasada. - eu falei baixinho
- Sério? Como você sabe? - ele gaguejou
- Porque eu sei né Pedro! - eu disse
- Quantos dias? - ele perguntou
- Não sei, acho que uns 5! - eu disse
- Nossa... Não sei o que falar amor - ele disse
- E se eu tiver grávida Pedro? - eu comecei a chorar
- Mas eu sempre tomo tanto cuidado... Eu não entendo - ele disse
- Eu entendo! A gente tinha que usar camisinha Pedro, a gente tinha que ter usado desde o começo... - eu chorava
- Calma amor! Calma... - ele disse
- Calma? Minha vida pode estar arruinada pra sempre Pedro, eu não tenho idade, não tenho corpo, não tenho nada! - eu disse
- Para com isso, você nem tem certeza de nada! Você precisa fazer um teste de gravidez, sei lá - ele disse baixo
- Depois a gente conversa então - eu disse
- Vai numa farmácia e faz, depois você me liga e me conta. Eu não vou te abandonar amor, acredita nisso tá? - ele disse
- Tá. Beijo. - eu desliguei
Quase não preguei o olho. Fiquei praticamente a noite inteira pensando e chorando, e se eu realmente estivesse grávida? Eu mal sabia cuidar de mim, quem dirá de outra pessoa. Um bebê, uma criança. Eu nem gostava de crianças, mal suportava ouvir o choro delas... Imagina conviver com uma 24 horas por dia? Vieram mil coisas na minha cabeça, o porquê de eu não ter usado camisinha, o encontro com aquela minha amiga que já é mãe, o que aconteceria comigo e com o Pedro se eu realmente estivesse grávida.
Afastei meus pensamentos e consegui fechar os olhos por algumas horas, quando acordei tomei banho e liguei pra Ana.
- Ei amiga - ela disse sonolenta
- Acorda que é urgente! - eu disse
- O que aconteceu? - ela perguntou
- Você precisa ir na farmácia comigo - eu falei
- Eu? Pra que? Você tá passando mal amiga? - ela perguntou
- Não...- eu disse
- Pra que então? - ela perguntou
- Eu acho que tô grávida. - eu falei
- O QUE? GRÁVIDA? COMO ASSIM? SUA MENSTRUAÇÃO AINDA NÃO VEIO? - ela disse
- Tá super atrasada e eu to com medo amiga vamos comigo por favor? - eu pedi
- Tá, daqui meia hora eu to aí. - ela desligou
Tomei café e fiquei esperando a Ana no sofá, quando o interfone tocou eu nem atendi, já desci e encontrei com ela na rua.
- Vem, vamos logo! - ela me puxou e começamos a andar
- Você não usa camisinha Luiza? - Ana gritou comigo
- Não mas ele não...- eu tentei demonstrar
- Já entendi. Mesmo assim amiga, tem que usar! Esse método não é 100% confiável. - ela disse
- Eu sei... Eu só não imaginei que aconteceria comigo, sabe? - eu comecei a chorar
- Calma, a gente nem sabe de nada ainda. Você compra e usa o próprio banheiro da farmácia, ok? - ela disse
- Tá bom. - continuamos andando
Entrei na farmácia e procurei o teste, paguei no caixa e entrei no banheiro. Se aparecer a listra vermelha é positivo, se não aparecer é negativo. Acho que o farmacêutico repetiu essa frase pra mim umas dez vezes.
- Amiga, ja fez? - Ana gritava na porta do banheiro
- Ainda não, calma - eu disse
- Anda logo! - ela disse
Fiz xixi onde estava escrito pra fazer e esperei as listrinhas aparecerem. A azul apareceu, e a vermelha não.
- Graças a Deus! - eu gritei
- E ai? - ela gritou
- Negativo! - eu ri
- Jura? Ufa! - ela gritou
- Graças a Deus amiga - eu disse
Joguei o teste fora e saí do banheiro. A sensação de não estar grávida é a mesma daquela sensação de fazer xixi depois de ter segurado ele por muito tempo sabe? É a sensação de estar aliviada, pra ser mais precisa.
- Que bom amiga - Ana me abraçou
- Muito, preciso contar pro Pedro - eu disse
- E agora, por favor, não esquece a camisinha - ela disse baixinho
- Ok! - eu ri
- Vamos pra sua casa agora? - ela perguntou
- Vamos, mas antes preciso ir ao mercado pro meu pai, comprar umas coisinhas que estão faltando. A gente aproveita e toma um sorvete! - eu disse
- Então tá - Ana concordou
Saímos da farmácia e fomos caminhando e conversando pro mercado. Comprei algumas coisas e tomamos um sorvete, depois fui pra casa. Ana não resistiu e foi encontrar com o Matheus ali perto. Entrei e enquanto guardava as compras liguei pro Pedro.
- E ai amor - ele disse
- Negativo! - eu ri
- Sério? - ele perguntou
- Sim amor, não é ótimo? - eu perguntei
- Ah, até eu queria ter um filho...- ele disse
- Tá bom amor, mas agora não. Depois. Daqui uns 5,6 anos ok? - eu ri
- Ok - ele riu
- Tá fazendo o que? - eu perguntei
- Me arrumando - ele disse
- Pra que? - eu perguntei
- Porque vou passar aí pra te ver, tô de folga hoje. O treinador disse que tem uma surpresa pra mim e me deu o dia de folga - ele riu
- Ai que bom! Tô te esperando então amor. Beijos - eu disse
- Beijos princesa - ele desligou
Tomei um banho e enquanto Pedro não chegava, ajeitei a casa. Quando o interfone tocou eu já estava esperando ele no sofá, só abri e ele subiu.
- Oi meu amor - ele me carregou e me beijou
- Oi amor - eu ri
- Que saudade - ele me beijava
- Que milagre você vir aqui durante semana! - eu disse
- Te falei que tô de folga né? - ele perguntou
- Falou amor, é que eu me desacostumei em te ver durante semana, ainda mais nas férias - eu disse
- É verdade. Agora vamos falar sério. - ele me olhou
- O que? - eu perguntei
- A gente tem que usar camisinha agora, sempre. Pra isso não acontecer mais. - ele disse
- Eu sei amor - eu disse
- Então, eu tenho uma surpresa - ele colocou a mão no bolso
De repente ele começou a jogar várias camisinhas, de várias cores em cima do sofá, começamos a rir muito e eu peguei algumas. Acho que tinha umas trinta camisinhas em cima do meu sofá.
- Tem de morango, chocolate, uva, florescente, tem uma que brilha no escuro... - ele ria
- Nossa! - eu ri
- Você escolhe. - ele disse
- Hum...- eu peguei a que brilha no escuro
- Quer essa? - ele perguntou
- Quero ver como ela fica no escuro - eu disse
- Então, vamos usar - ele me carregou e me sentou no sofá
Devagar ele começou a me beijar e a acariciar meu corpo, enquanto fazia isso sussurrava ''elogios'' no meu pescoço que me fazia rir e arrepiar. Quando ele tirou toda minha roupa, me carregou pro meu quarto. Trancamos a porta e tirei a roupa dele, ele beijou meu corpo todo até eu sentir que estava pegando fogo por dentro e enquanto ele colocava a camisinha, fechei a cortina e ela brilhava mesmo! Começamos devagar e aos poucos ele acelerava o ritmo, puxando meu cabelo, me beijando e me apertando. Quando já estava anoitecendo, chegamos ao clímax juntos.

Era só meu irmão...Onde histórias criam vida. Descubra agora