C A P Í T U L O 7

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Com os pés para o alto, escorados na parede lateral a minha cama, encaro meu teto branco

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Com os pés para o alto, escorados na parede lateral a minha cama, encaro meu teto branco.

Meu celular permanece ao meu lado, aberto na última mensagem que enviei há algumas horas para Jax, mas que não obtive nenhum retorno, assim como as outras dez últimas mensagens que mandei nos últimos dez dias.

Ele simplesmente não fala mais comigo e não posso culpá-lo por me odiar.

Eu menti.

— Hope. — A voz de Brendan está fria, irritadiça. Ele também não está falando muito comigo ultimamente.

Reviro-me na cama para conseguir olhá-lo.

Meu irmão está escorado no batente da porta, seus braços estão cruzados em frente ao peito e seu semblante está rígido.

Sequer um meio sorrio.

Eu me sinto péssima.

— Sim? — Murmuro, meio abatida, porém com um fio de esperança de que Brendan resolveu me perdoar por mentir para ele.

— O Jax e o Zane virão, assistiremos o jogo aqui. — Arregalo os olhos e, mesmo odiando-me por isso, não consigo evitar o sorriso.

Eu vou poder vê-lo.

— Você está proibida de descer, vai ficar aqui até irem embora. — Ele determina, fazendo morrer qualquer animação que tenha surgido dentro de mim.

— Você não pode me proibir de andar dentro da minha própria casa, Brendan!

— Se você não quer causar outra confusão, Hope, é melhor que me obedeça. — Crispa, apertando os lábios e apontando seu indicador em minha direção, como um maldito tirano.

— Qual é o seu problema? Acaso eu tenho alguma doença contagiosa ou te envergonho tanto ao ponto de não poder me aproximar dos seus amigos?

Brendan revira os olhos e vira às costas, saindo.

Não.

Não vou deixar essa conversa morrer aqui, não mesmo!

— Eu já os conheço, Brendan. Não adianta me esconder mais. – Corro atrás do meu irmão, que continua ignorando minha presença. — Ei! — Seguro em seu ombro e ele se vira com brutalidade. A raiva transborda em seus olhos e me afasto, assustada.

— Fica longe do Jax, Hope. — Ele praticamente rosna meu nome e sinto minha boca secar. — Ele não é para você.

— Não é você quem decide isso. — Murmuro, acuada. Abraço meu próprio corpo e encaro o chão, com receio de ouvir sua voz trovejar em puro ódio.

— E quem é? Você? — Franzo o cenho ao notar seu desprezo. Levanto o rosto e minha garganta se fecha ao vê-lo sorrir com deboche. — Acorda, Hope. Você não passou de um desafio para ele. O Jax não se apaixona, muito menos por uma garota que mal sabe o que é beijar. Ele iria te comer e depois iria partir para a próxima.

O pecado de JaxOnde histórias criam vida. Descubra agora