C A P Í T U L O 9

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— Você está fodido

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— Você está fodido. — Zane reafirma pela quinta vez. — É sério, ele vai te matar.

— Vou correr o risco. — Dou de ombros. Já decidido. — Ele vai ver que não estou brincando com ela, Zane.

— Não sei não. Ele não parece ser racional quando se trata da Hope. Eu entendo ela ter mentido, eu também mentiria se fosse ela.

Suspiro, assentindo. É claro que, depois de um tempo, entendi a situação. Fiquei com raiva no início, ela mentiu, mas porra... eu deveria me sentir mal por isso, mas não me sinto.

— Aconteceu algo no passado. — Zane comenta, chamando minha atenção.

— O que?

— Com a Hope. Aconteceu algo com ela no passado. O Brendan não diz o que é, mas é o motivo de ele ser surtado em protegê-la. — Tiro as costas do encosto do sofá e escoro meus cotovelos nos joelhos, aproximando-me mais de Zane, curioso.

— Ele te contou isso?

— Não. Foi ela, hoje mais cedo.

Zane, pelo visto, está liberado para ser amigo dela, Brendan não pareceu se importar tanto com sua presença perto da irmãzinha dele. O problema sou eu. Por que ele sabe que eu a quero.

— Ela imagina o que tenha acontecido? — Ele assente, e só por sua expressão, já sinto uma pontada de ódio brotar no peito. — Ela foi...? — Deixo a palavra no ar, mas Zane entendeu perfeitamente a pergunta.

— É o que ela acha. Brendan não conta e ela não quer saber de fato, tem medo.

Se Hope sofreu o que acho que sofreu, a superproteção de Brendan é justificável. Sequer consigo imaginar nas coisas que faria para proteger uma irmã na mesma situação. Porra, é claro que é justificável!

A imagem do padre safado toma minha cabeça e é inevitável não sentir vontade de matá-lo. Se caso ele venha a tentar algo... porra, eu o mandarei direto para o colo do diabo.

— Não faça isso, cara. — Zane chama minha atenção e viro-me para ele, confuso. — Eu sei o que vai fazer, e não faça isso, já basta o Brendan fazendo.

— Eu não ia fazer nada. — Minto e ele claramente não acredita.

— Eu te conheço, seu estúpido. Ela não precisa de mais um cara controlando ela. — Sinto minhas mãos suarem e meu coração bate inquieto.

— Aquele padre é estranho. — Murmuro. — Ele quer ela. Tem que ver como ele a olha.

— Padre? — Assinto. — O da igreja em que ela vai? — Assinto novamente.

— Quase bati no desgraçado na última vez em que ele colocou os olhos nela e eu vi. — Só em lembrar da malícia nos olhos dele, o desejo porco.

Hope é pura, porra. Ela não merece olhares como aquele, como se fosse um pedaço de carne sem valor.

O pecado de JaxOnde histórias criam vida. Descubra agora