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   Por minutos longos eu rolei de um lado para o outro na cama com os olhos fechados, mas eu realmente não estava com sono. Olhei para as fotos minhas penduradas na parede na frente da minha cama, minha mãe pelo jeito não mudou nada do lugar. Eu estava inquieta olhando para as coisas e me mexendo na cama. O quarto ainda é rosa claro, meu deus, é estranho estar dormindo aqui novamente, e mais estranho ainda porque eu nunca tinha trago ninguém para este quarto, eu tinha parado de dormir aqui aos quinze anos quando eu fui para Tokyo Jujutsu High, voltando apenas para feriados.

   Eu estava me sentindo um pouco desconfortável ali. Eu realmente não sei porque, mas o desconforto era palpável naquele lugar.

   — Não vai dormir? — Ouvi Nanami e eu virei o corpo para ele concordando com a cabeça. — Isso é um sim, um não?

   — Não consigo dormir. Ainda tá meio cedo, você não acha?

   — Mai, é meia noite e alguma coisa. Se duvidar já são uma da manhã.

   — Eu não sei, eu estou me sentindo meio desconfortável. Não consigo dormir.

   — Você não acha que sou eu?

   — Não, por que seria você?

   — Você dormiu nesse quarto durante quinze anos da sua vida. A única coisa diferente aqui sou eu.

   — Sabe o que cairia melhor do que dormir agora?

   — Você poderia simplesmente me deixar dormir. Mas o que é?

   — Vinho. Não bebemos toda aquela garrafa naquela hora. E ai a gente conversa e bebe o resto.

   — Mai... Você está me manipulando.

   — Vai levanta.

   Eu joguei minha coberta para o lado e então sai da cama.

   — Alguém me disse que uma noite de sono cairia bem.

   — Você vai dormir muito bem depois do vinho. E alguém aqui disse que não conseguia me dizer um não. Então levanta, por favor.

   Nanami levantou da cama. Eu sai do quarto e então ele veio atrás de mim. Peguei a garrafa de vinho. E puxei Nanami para o tapete da sala.

   — Aqui deve ter... uma taça, uma taça e meia?

   — Ótimo, não quero você bêbada. Agora, sai do chão. Tá frio.

   — O tapete é quentinho — eu disse esticando o braço para ele entregando a garrafa de vinho.

   — No gargalo?

   — Verdade né, vou buscar as taças-

   Ele segurou a minha mão e me puxou para o chão novamente.

   — Não, não precisa. Quanto mais breves formos nisso é quase certeza que seus pais não vão acordar.

   — Ah então estamos fugindo dos meus pais? — perguntei enquanto ele dava um gole pequeno no vinho. Ele riu quase se engasgando e eu apenas sorri para ele.

   — É, vamos tentar não acordar eles. Lembra o que aconteceu da outra vez?

   — É claro que eu me lembro, você junto com meu irmão e o Kiyotaka encheram a cara de uma adolescente de bebidas. Que errado.

   — Primeiro, você pediu. Segundo seu irmão falou que eu poderia te dar bebida. E depois seu pai fez com que eu prometesse que nunca mais traria os meninos para cá com bebidas porque ele não acreditava que seu irmão não iria te embebedar. Ah, prometemos que você não iria sair com a gente também. Se tivesse álcool envolvido.

𝐌𝐲 𝐦𝐚𝐧; Nanami KentoOnde histórias criam vida. Descubra agora