A culpa não é do álcool!

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Visão do Benjamim:

    Tocava minha guitarra agressivamente mas sem desafinar, encarava o casal a minha frente. Não pude evitar em ter quase inveja. Caleb levou ela pela multidão, e tive que continuar o meu trabalho, mesmo meu coração querendo correr atrás dela e tirar dos braços, daquele que a fazia mal, ela não parecia sorrir de verdade, parecia infeliz com aquele cara, ela merece mais do que isso.
    Percebi que ela havia emagrecido desde que começou o namoro, percebia o ciúmes de Caleb, mas ela me dizia que o relacionamento estava bem, e que ele nunca machucaria ela. *A partir de hoje a deixarei com o seu amor, não vou mais me meter. Respeitarei sua decisão *

Visão da Antonella:

  Caleb me levou até um dos quartos no andar de cima da casa, fechou a porta, me prensou na parede e me beijou, sua boca estava com gosto de álcool, ele estava  bebado completamente bebado.

-Podemos está aqui Ca?

-Podemos, agora fica quietinha.

   Ele voltou a me beijar, desceu para o meu pescoço, e eu tentei me desvencilhar.

-Mandei ficar quieta.

Me empurrou com força na parede e prendeu meus braços e as pernas. Atacou meu pescoço com beijos agressivos e mordidas.

-Ai! Você ta me machucando.

Ele começou a beijar mais forte. Eu me debati para que ele parasse. Ele mordeu o meu pescoço, queimou minha pele, doeu, lágrimas de dor nos meus olhos, comecei a lutar para sair dali.

-Não faz isso Caleb de novo não.

Ele agora sugava e beija o meu pescoço.

-Porfavor... você me prometeu.

Ele desceu até o meu peito e mordeu, ainda mais forte que no meu pescoço. Eu gritei com todos os meus pulmões, mas o som estava alto ninguém escutaria.

-SAI ME SOLTA!!!!

-CALEB POR FAVOR!

  Eu estava chorando, não conseguia me soltar, estava em puro desespero. Ele tapou minha boca e me jogou na cama, tirando minha blusa.

-SOCORRO!!!

-ALGUÉM ME AJUDA!

-Ninguém vai te escutar sua idiota, você vai ser minha e ninguém vai impedir.

Dei um chute no saco dele, ele caiu de dor, fui até a porta tentando abrir. Estava trancada e sem a chave.  *NÃO NÃO NÃO NÃO * comecei a forçar a porta e a gritar desesperadamente. Um puxão forte no meu cabelo, me jogando de vez na cômoda, bati a costela com tudo. Fiquei sem ar e fraca, caí no chão me arrastando até o abajur próximo a cama.
     Caleb subiu na minha barriga e me deu um tapa, que ardeu todo o meu rosto, outro tapa, um murro no meu olho, minha visão embaçou. Meu corpo todo doia eu tinha gosto de sangue na minha boca. Eu não tenho mais forças. *Errei, eu sou uma burra, rosas e espinhos eu tinha rosas, vermelhas manchadas pelo meu sangue, espinhos que apertavam a minha garganta e me sufocavam, e a aparência tapeada pelo perdão e promessas.* O som da festa estava longe, senti ele arrancando a minha calça de mim, mordendo minha barriga, me batendo, deixando marcas por todo o meu corpo.
     Chorava, não tinha mais voz, força. Mas algo me dizia *Ele ta te procurando, grite só mais uma vez!* eu gritei, com todas as minhas forças restantes, gritei, implorando para que o que estava prestes a acontecer não acontecesse, que alguém intercedesse.

-ALGUÉM ME AJUDAAA!!!

      A porta foi arremessada alguém estava ali, alguém veio por mim, chorei desesperadamente, soluçava.

O amor inexplicávelOnde histórias criam vida. Descubra agora