O Noivo De Ouros | Jikook

♠♥️ Epílogo ♣♦

— Acha que eles estão esperando por nós? — Jungkook pergunta para Jimin ao seu lado.

Eles tiveram uma ótima vida.

Os dois tiveram encontros nas praias mais cristalinas que alguém pode imaginar, namoraram por alguns anos, se casaram e foi Jimin quem carregou Jungkook para dentro de casa, tiveram algumas brigas, mas sempre reataram e viajaram pelo mundo. Quando o governo permitiu, até adotaram duas crianças lindas que cresceram com todo o amor que Jimin e Jungkook poderiam dar.

E, como a vida sempre acaba em algum momento, os dois deram os últimos suspiros ao lado de seus filhos na cabana que compraram anos antes. Agora, restava apenas cruzar a floresta para encontrarem o mundo dos mortos novamente.

E agora Jungkook se sentia preparado para conversar com Yoongi. Isso se ele quisesse também. Ele sentia tanta raiva que foi embora sem se despedir do Min.

— Tenho certeza que estão. — Jimin responde ao seu marido.

Jungkook entrelaçou as mãos junto com as do marido e quis suspirar antes de dar um passo para frente.

— Não quer vir? — Perguntou quando percebeu que Jimin não havia dado um passo.

— Vou sentir falta dos nossos filhos. — Admitiu.

— E eles sentirão a nossa, mas o nosso tempo acabou. — Jungkook levou a mão do marido até seus lábios para beija-la. — Sabíamos que ia acabar.

— É, acabou. — Jimin murmurou.

Os dois se olharam por alguns segundos, então Jimin sorriu e disse: — Quem chegar por último vai ser a mulher do padre!

E saiu correndo. Jungkook foi atrás, ele odiava perder.

Eles pararam na frente da casa que, na época, era apenas de Hoseok e Yoongi. Agora Taehyung também morava ali e levou contigo o pequeno esqueleto de cachorro que havia encontrado, o seu nome era Yeontan.

Jungkook bateu na porta três vezes. Se estivesse vivo, seu coração pulsaria forte já que a ansiedade corria em suas veias antes cheias de sangue.

— Vai ter que comprar uma roupa de padre, Jungkook. — Jimin murmurou no ouvido do marido.

— Foi injusto você ter ganhado, hyung.

Dentro da casa, Hoseok enxugou as mãos na calça que usava e a foi até a porta quando percebeu que nenhum dos namorados iria.

— Surpresa, hyung! — Jungkook abriu os braços esperando que recebesse um abraço.

Hoseok entendeu o recado e, depois de um tempo em choque, puxou o recém-morto para um abraço. Quando se separaram, o Jung abraçou Jimin.

— Quem está aí, Hoba? — Ouviram a voz de Yoongi.

Ele paralisou no penúltimo degrau da escada quando viu Jungkook. Os dois se encararam por alguns segundos até que o – antes – mais novo sorriu e abraçou Yoongi.

— Senti sua falta, hyung.

— Sério?

— Claro! Você é especial para mim. — Então se afastaram.

Jungkook precisava abraçar Taehyung, afinal eles ainda eram amigos. Tiveram pouco tempo para se despedir, mas ambos prometeram esperar até que Jungkook morresse novamente para que pudessem reencarnar juntos.

— Jun? — Taehyung sorriu quase tão grande quanto o de Hoseok, os dois poderiam competir para ver quem o sol tinha mais inveja.

— Tae!

— Você demorou demais para morrer. — Falou enquanto não desgrudavam. — Estou só o osso de tanto esperar!

— Eu não posso decidir quando vou morrer. — Rebateu.

— Meu amor, acho que Jungkook e o nosso gatinho precisam conversar. — Hoseok abraçou Taehyung por trás.

— Eu também acho. — Jimin concordou dando um pequeno empurrão no marido.

— Vamos andar de carro enquanto vocês conversam.

Nenhum dos três esperaram a resposta de Yoongi e Jungkook. Taehyung deu um beijo na boca do namorado e mais um abraço no amigo, então seguiu Hoseok e Jimin para fora de casa.

— Desculpa. — Yoongi abaixou a cabeça para olhar para o chão de madeira. — Não vai mudar nada, eu sei, mas-

— Está tudo bem, hyung. — Interrompeu. — Eu não sinto mais raiva. Você também foi uma vítima.

Mas também era um pouco culpado, por isso precisou passar seis meses de sua morte no purgatório. Revivendo o dia de sua morte e vendo o que aconteceria caso estivesse vivo ou se tivesse ajudado Jungkook.

— Ainda assim-

— Hyung, isso já faz muito tempo. — Jungkook abraçou Yoongi novamente quando as lágrimas começaram a cair. — Não dói mais.

Então sorriram um para o outro e, finalmente, tudo estava bem.

E os cinco festejaram a volta de Jimin e Jungkook ouvindo histórias do mundo dos vivos e bebendo, mas faltavam dois.

🪦

Vida e Morte já estavam cansados.

Durante anos eles haviam desempenhado os papéis de ser o suporte de outras pessoas, de conversar e ouvir. Eles precisavam de um descanso, de uma vida para conseguirem cumprir o que deixaram enquanto vivos.

Eles escolheram duas mulheres que achavam que seriam as melhores em ser Morte e Vida, então se tornaram apenas Kim Namjoon e Kim Seokjin novamente.

— Vocês têm certeza? — Jin perguntou a Jungkook, esse que sorria como um coelho que tinha acabado de ganhar uma cenoura.

— Claro! — Jimin respondeu tão animado quanto o marido. — Vocês nos ajudaram.

— Bom... — Namjoon disse pausadamente. — Aceitamos ser os padrinhos, mas vocês não já se casaram?

— Ah, três casamentos não é grande coisa. — Jungkook deu de ombros.

Jungkook e Jimin se casaram novamente. Jin e Namjoon foram os padrinhos e eles tiveram que prometer que, no próximo casamento, Taehyung, Hoseok e Yoongi seriam os padrinhos.

Alguns anos depois, os filhos de Jimin e Jungkook morreram e eles fizeram uma festa para comemorar o tal feito.

Então puderam reencarnar em paz. Os sete, finalmente, estavam juntos e vivos.

Fim