002- 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎 𝐃𝐄 𝐄𝐒𝐏𝐀𝐃𝐀𝐒

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"Olá, entre
Bem-vindo ao show de horrores
Sente-se, mas
Não olhe pelas janelas
Os monstros gostam de pular do escuro
Aperte o cinto porque isso é apenas o começo"

- Wonderland

(itálico em grandes cenas significa flashback)

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(itálico em grandes cenas significa flashback)

Heyoon parou por um segundo observando o prédio, sua destra coçou seu braço esquerdo por cima do moletom sentido suas cicatrizes envolta do braço coçarem como um pequeno lembrete da maldade humana, um lembrete que enquanto naquele mundo ela era uma jogadora nata no mundo real não passava de um verme, indigente de sua própria sociedade a escória que os empresários e herdeiros pisavam sem sentir remorso, sem ligar para seus gritos de dor. Esse mundo que estava também não era bom, mas pelo menos ali Heyoon era alguém, era importante, requisitada, intocável.

Com calma ela suspirou entrando no prédio onde ocorreria o jogo, a morena se sentia entediada rapidamente naquele pequeno paraíso que todos chamavam de praia, então saia para os jogos na esperança de achar novas cartas que o chapeleiro ainda não tinha em sua coleção.

Às vezes Lee Heyoon se pegava pensando se realmente queria sair daquele mundo infernal e retornar a sua vida medíocre, algo nela mudaria? Ela finalmente pararia de sobreviver para no fim então viver?

Ela não sabia as respostas, nem entendia o motivo de lutar tanto, mas algo dentro dela não a deixava desistir, não deixava ela parar de correr.

A coreana observou o prédio olhando bem suas estruturas e andares, pelo o que ela imaginava e entendia pelo tempo que estava jogando não seria um jogo de copas muito menos de ouros. Ao menos era o que sua experiência com aqueles jogos dizia.

Sem cerimônia ela apanhou o aparelho eletrônico em cima da mesa e fez o reconhecimento facial, enfim se tornando uma participante.

POR FAVOR AGUARDE O INÍCIO DO JOGO

AS INSCRIÇÕES TERMINARAM EM UM MINUTO

Heyoon encara a tela do celular entediada, com o corpo encostado contra a parede ela observa calmamente os jogadores presentes no hall do prédio, era sempre como da primeira vez. Tem os experientes nos jogos, aqueles que já entendem as dinâmicas e se isolam para jogar e irem embora daquele lugar, também tem os intermediários, eles são engraçados porque é possível ver a fagulha de esperança de sair daquele mundo sem machucar ou apunhalar alguém e claro tem os novatos, aqueles que carregam os olhos esbugalhados e lábios trêmulos.

De certa forma era interessante observar aquelas pessoas, seres individuais com pensamentos independentes. Heyoon aprendeu a ler as pessoas para conseguir sobreviver no mundo real, com o passar dos anos ela ficou boa naquilo.

Ela novamente passou o olhar nos jogadores vendo alguns companheiros da praia participando do jogo, se fosse um jogo de paus então ela facilmente teria um parceiro para jogar, mas de toda forma não parecia ser o caso.

𝐔𝐍𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇𝐀𝐁𝐋𝐄| Alice BordelandOnde histórias criam vida. Descubra agora