11; CAPÍTULO ONZE

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COM O NASCER DA ALVORADA, guerreiros se dedicam aos últimos preparativos após levantarem ansiosos para guerrear contra um inimigo desconhecido, embora aqueles vindos de Wulfstan estejam ciente sobre o que está do outro lado dos grandes muros, construídos ao redor da ilha para garantir proteção e evitar a entrada de visitantes indesejados, o que ocorreu meses atrás, tempo suficiente para haver novos meios de defesa utilizado pelos exércitos de Paris, que parece não estar esperando por um grandioso exército de bárbaros. Preparando cada um dos navios, verificando cada escada construída no intuito de facilitar a invasão por cima dos muros, os guerreiros seguem afiando suas armas, reforçando escudos e a enorme tenda feita para servir como proteção aos grupos que acompanharão Lagertha em direção ao portão principal.

Como líder dos exércitos de Wulfstan, Ulfhild pintou seus olhos de preto, formando enormes asas ao redor com suas laterais se mesclando ao cabelo, que foi rapidamente arrumado na intenção de destacar mais as tranças conquistadas no decorrer dos anos como guerreira feroz. Colocando um símbolo pequeno no centro da testa, no espaço entre as sobrancelhas, a princesa deixou embarcou com as roupas pretas habituais, algumas proteções fabricadas na intenção de proteger os ombros, tórax, barriga e coxas, além das cintas usadas como meios de portar suas três adagas, uma atrás das costas, outra na cintura e a secreta no calcanhar, sendo esta vista como último recurso. Preferindo deixar seu tecido vermelho sob os cuidados de Erin, sua acompanhante e amiga mais próxima, Ulfhild apanhou sua espada, machado e arco com quinze flechas fabricadas cautelosamente com ferro.

Posicionada em um dos primeiros navios, ela conta com a companhia de Agner, que sorriu contido para mostrar estar orgulhoso das decisões da irmã caçula, apesar de não estar ciente sobre onde irão dar, lutar ao lado dela mais uma vez trará muitas experiências e vitórias, e embora hajam perdas no decorrer da luta, ambos sairiam juntos como sempre fizeram. Olhando na direção de Vigga, que carrega o mesmo ar de confiança que Agner, não haveria dúvidas de que estes irão seguir cada passo de Ulfhild, independente de qualquer coisa.

— Que os deuses estejam do nosso lado, minha irmã. — diz Agner.

— Eles sempre estão, irmão. Acredite. — diz Ulfhild, mostrando segurança e confiança através das palavras.

Doando alguns guerreiros para reforçar os grupos focados na entrada principal, a maioria destes segue nos navios rumo aos muros, que parecem estar mais próximos a cada remada. Tendo de aguardar o momento certo para iniciar uma invasão por cima, os navios param em silêncio para permitir que os exércitos de Paris foquem nos grupos posicionados no enorme portão, que é protegido por arqueiros habilidosos portando bestas, todos dispostos a derrubar os invasores que tentam derrubar a entrada com a ajuda de uma enorme tora, carregada por um número considerável de homens e mulheres, todos liderados por Lagertha, A Dama do Escudo.

Aproveitando o tempo e a distração de parte dos exércitos, os navios aproximam as escadas dos muros, usando os espaços em cima como apoio para chegar ao topo, mas ao invés de subir sem muita preocupação, estes são surpreendidos por arqueiros e soldados bem preparados. Atacando e se defendendo, ninguém parou de subir em momento algum, e como líder dos guerreiros trazidos de suas terras, Ulfhild precisou pensar nas melhores formas de atrapalhar os arqueiros, e pensando consigo mesma, ela decide aproveitar um número de homens ainda posicionados nos navios.

— Ei, vocês. — chamou a atenção destes, logo disse: — Peguem as lanças e tente arremessar no centro do peito ou no rosto dos arqueiros, assim teremos chances de chegar ao topo do muro. — ordenando, Ulfhild pôde observá-los acatar suas palavras de autoridade, prontamente, a mesma pula do navio para as águas rasas do rio que cerca a cidade, em seguida apanhou seu arco e atirou três flechas na direção das mãos de três arqueiros, todos logo largam suas bestas. — Continuem subindo. — ordenou.

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