Vinnie Hacker

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the sun and the music

Pov Vinnie

Era véspera de ano novo, o sol entrava sem aviso na janela do meu quarto iluminando e deixando tudo mais colorido, ouço minha mãe gritar da cozinha alguma coisa com o meu pai, mas não faço questão de entender o que é.

Saio do meu quarto a contra gosto já que o sol decidiu tomar tudo só pra ele, vou até o banheiro e todo um banho para ver se refresca e relaxa o meu corpo. Vejo meu irmãozinho todo alegre contando os minutos para a virada do ano, mesmo ainda sendo 12:30, todos estão felizes e animados.

Eu não estava no clima para festas, tudo que queria era passar a noite do dia 31 para o dia 1 trancado no meu quarto deitado na cama, isso é o que se faz quando se descobre que a garota que você "amou" e se entregou por completo simplesmente destrói o seu coração sem aviso prévio.

Você deve estar pensando, "não acredito que ele está assim só pq terminou com a namorada, isso não é o fim do mundo" se vc não sabe da história completa então cala a porra da boca. Isso vai bem mais além do que só um terminozinho de merda.

Vou até a cozinha procurando algo para comer, vejo minha mãe cortando legumes e a pia cheia de coisas para a ceia de hoje à noite.

— Oi filho, está melhor? — ela pergunta quando pego uma maçã e a lavo na pia.

— Sim, novo em folha. — menti, lhe dando um beijo e saindo de lá antes que começasse o interrogatório.

Vou até a sala, me sento no sofá, pego o controle da tv e do vídeo game, coloco numa música qualquer na caixinha de som e começo a jogar.

Isso está sendo a minha distração desde que tudo aconteceu, passo o dia inteiro jogando e só paro quando meus dedos começam a ter câimbra.

Depois de algumas horas sentado ali vejo minha mãe vir até mim.

— Vinnie você pode ir no mercado buscar algumas coisas para mim? — ela me entrega um papel com alguns itens pra comprar.

— Tá, mas tem que ser agora? — não tô afim de sair com esse sol quente. Definitivamente odeio o verão.

— Sim, e leva o seu irmão junto. — diz voltando pra cozinha.

Ótimo meu plano de ficar em casa sem ao menos ver qualquer tipo de ser vivo foi por água abaixo. Levanto do sofá, pego as chaves do carro e vou até o quarto do Evan.

Ele estava brincando de carrinho quando apareço na porta.

— Ôh pirralho, vamos lá no mercado.

— Não sou pirralho eu tenho nome sabia? — reclama. — E não vou no mercado com você.

— Tá bom, se você não quer tomar sorvete antes do jantar eu vou sozinho. — me viro para ir embora.

— Espera sorvete? — ele me para no caminho.

— Não não veneno de rato, do jeito que você é estranho nem vai fazer efeito. — digo sem paciência.

Ele me olha com uma cara triste, Evan não tem muitos amigos na escola ou em qualquer lugar, ele diz que todo mundo acha ele esquisito e que ninguém nunca quer ficar perto dele. Talvez eu tenha pegado um pouco pesado, afinal ele não tem culpa do meu mau humor.

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