**Capítulo 5: Encontros Inesperados

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**Mike on:**

Quando abri a porta da minha sala e me deparei com Nathan, uma onda de desconfiança me tomou.

— O que você está fazendo aqui? Vou chamar a segurança! — Eu avisei, a tensão na minha voz.

Nathan levantou as mãos em um gesto de paz.

— Mike, eu vim aqui em sinal de paz. Vamos conversar como adultos.

— Ok, mas o que você quer, Nathan? — Perguntei, cético.

— Eu quero o seu perdão. Sei que talvez eu não mereça, mas não posso passar o resto da vida me culpando pelo que fiz com você. Por favor, me perdoe por tudo.

Fiquei em silêncio por um momento, avaliando suas palavras.

— Olha, vou ser sincero com você: eu não confio em você. Mas eu posso te perdoar pelo que fez. O problema é que Vitória está aqui na empresa e, se ela te ver, vai te matar na primeira oportunidade. — Eu disse, tentando ser realista.

— Ok, eu já vou indo, mas antes, você sabe onde fica a sala de Harvey Specter? — Nathan perguntou.

— Sei, vamos lá, mas rápido! — Respondi, decidindo que era melhor evitar mais conflitos.

Saímos da sala e nos dirigimos à sala de Harvey. O coração estava acelerado, e eu sabia que tinha que agir rápido. Quando estávamos perto da sala, avistei Vitória lá dentro. Minha mente imediatamente entrou em pânico.

— A Vitória está na sala! — Exclamei, parando no meio do caminho. — Você vai ter que correr.

— Mas você vai comigo. Se ela me achar, você vai conseguir distraí-la. — Nathan insistiu.

— Não mesmo! — Eu disse, decidido.

Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Nathan me pegou no colo, estilo noiva, e começou a correr. O mundo parecia entrar em câmera lenta enquanto passávamos pela sala de Harvey. Vi a expressão de raiva no rosto de Harvey e o olhar espantado de Vitória. Era como se tudo estivesse acontecendo ao mesmo tempo, mas em um ritmo lento.

Quando chegamos à porta do elevador dos fundos, finalmente consegui me soltar.

— Entra! — Eu disse, ofegante.

— Para onde nós vamos? — Nathan perguntou, parecendo aliviado, mas ainda preocupado.

— Vamos ao meu apartamento. — Respondi, pressionando o botão do elevador.

Assim que as portas se fecharam, um silêncio desconfortável se instalou entre nós. A tensão era palpável, e eu sabia que precisava esclarecer as coisas.

— Por que você realmente veio? — Perguntei, me virando para ele.

— Eu só queria a chance de me redimir, Mike. Eu sei que errei muito e que não tenho desculpas, mas... eu sinto muito. — Nathan disse, seus olhos refletindo uma sinceridade que eu não esperava.

Eu suspirei, tentando processar tudo.

— Você ainda não entende o que fez. Não só comigo, mas com todos ao nosso redor. — Respondi, tentando ser firme.

— Eu sei, e por isso estou aqui. — Ele respondeu, olhando para baixo, como se estivesse se envergonhando.

As portas do elevador se abriram, e nós saímos. O clima era tenso, e eu me sentia dividido. Parte de mim queria acreditar que ele estava realmente arrependido, mas a outra parte ainda se lembrava da dor que ele causou.

— Vamos, entre. — Eu disse, abrindo a porta do meu apartamento.

Nathan hesitou, mas acabou entrando. O silêncio entre nós continuava a pesar no ar, e eu sabia que precisávamos ter essa conversa, mas não sabia por onde começar. Olhei para ele, esperando que ele quebrasse o gelo.

— Eu só quero que você saiba que estou tentando mudar. — Nathan disse, finalmente quebrando o silêncio.

— Isso é bom, mas mudar não é fácil. Você vai precisar de tempo. — Respondi, me sentando no sofá.

Nathan se sentou na ponta oposta, a tensão ainda presente. Ele parecia um pouco mais vulnerável agora, mas eu não podia esquecer o que aconteceu entre nós.

— O que você espera, realmente? — Perguntei, olhando diretamente em seus olhos. — Você quer o meu perdão, mas o que você vai fazer com ele?

Ele respirou fundo, como se estivesse se preparando para uma luta.

— Eu só quero uma chance de provar que sou diferente agora. — Nathan respondeu, sua voz mais firme.

A conversa não seria fácil, mas era um passo que eu precisava dar. E, por mais que eu quisesse ignorar tudo, o passado sempre encontraria um jeito de nos alcançar.

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