Verdade!

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Narrador on...

     Jin olhou e escutou calmamente a provocação de Nari. Seu rosto esticou-se em um sorriso forçado.

— E você? Perdeu a capacidade de ter vergonha na cara? - Perguntou satisfeito consigo mesmo.

— Andar com aquelas lá só te deixou menos educado. - Nari precisa surpresa pela coragem com a qual ele a encarava e respondia

— Na  realidade eu aprendi muito com elas. Quando conheci Ana percebi que realmente não sabia o que era amor.

— Fala como se eu nunca tivesse existido ou te amado.

— Falo como um homem que sofreu uma traição irreparável de quem achava que o amava e depois descobriu que esse suposto amor não tinha nada de real.

— Não está sendo justo comigo Seokjin. Sejamos sinceros, minha carreira era muito mais promissora que a sua e ...

— E seu egoísmo gritou com todas as forças não é mesmo? - Jin completou a deixando  calada e atônita.

— Voltei por que achei que podíamos tentar... - Nari deu alguns passos e direção ao rapaz que recuou instintivamente.

— Você voltou por que precisa de dinheiro não é  mesmo? - A voz de Maia saiu forte e ressoou pelo estacionamento privativo.

— Escuta aqui essa conversa não lhe diz respeito então nos deixe em paz para que possamos resolver nossas pendências.

— A minha paciência com você se esgotou completamente. Quero você longe da minha família, longe do meu irmão e quero agora.

— Faça-me  rir. E você lá tem família?

    Maia podia se controlar diante de muitas coisas mais aquilo já era demais. O barulho alto da palma da mão de Maia de encontro ao rosto de Nari reverberou pelo local.

— Sua búfala selvagem. - Nari mal Disse isso e sentiu outro tapa e esses foram seguidos de mais três.

— Quem te deu o direito de voltar aqui pra tentar arruinar o momento mais feliz que o Jin está vivendo? Quem te disse que ele precisa de você? Sua egoísta de merda.

     Enquanto apanhava Nari se debatia e não demorou para que todo aquele escândalo chamasse a atenção de Ana, Lili e Taehyung  que estavam resolvendo pendências da despedida de solteiro.

— Misericórdia! - Ana exclamou ao olhar pela janela do escritório.

— Que foi? É  babado? Também quero ver. - Tae diz correndo para se juntar a mesma e sendo seguido por Lili.

— Wow! Vai Maia. - Diz ele com o punho cerrado e estendido no ar.

—  Ta indo aonde? - Lili pergunta.

— Fazem anos que espero pra ver alguém dar uma lição nela. Não perco isso por nada. - Responde ele já saindo.

     O estacionamento, Jimin se esforçava para tirar a esposa de cima de Nari.

— Já chega! Maia pelo amor de Deus para.

      Jin suspirou fundo e se aproximou colocando as mãos nos ombros de Maia que ainda se debatia.

— Irmã. Está tudo bem já pode parar.

— IRMÃ? COMO PODE CHAMAR ELA ASSIM. OLHA PRA MIM. ESTOU SANGRANDO. MEU NARIZ SUA IDIOTA. VOCE QUEBROU MEU NARIZ.

— Quebrei mesmo e  se eles não tivessem me parado eu ia te deixar pior.
 
     Nesse momento os demais chegaram e se espataram com a situação. Tae tentava controlar o riso.

— Eu vou te processar sua egua raivosa.

— Você não vai fazer porra nenhuma. Aliás, se você quiser manter sua fama de boa moça.

— Do que está falando? - Nari pergunta ainda no chão.

— Não se faça de besta. Estou falando do motivo que te fez correr de volta para Seul e por que estava perturbando MINHA FAMILIA.

— Louca... Você é  louca.

— Sou? Não Nari, eu não sou. Minha irmã era e vou te dizer que você deu muita sorte de não ter cruzado o caminho dela.

— Por que ela voltou? - Jin questionou.

— Edgar Sullivan. - Maia revela simplista. Nari por sua vez começou a perder a cor do rosto. — Como esse mundo é  pequeno não é  mesmo? Quando Jimin me contou sobre você uma luz se ascendeu dentro de mim. Me lembrei de uma velha amiga que por coincidência era casada com um executivo de uma grande marca do mundo da moda. Então depois decidi fazer algumas perguntas e qual não foi a minha surpresa quando Andréia, agora então ex senhora Sullivan me contou que o seu ex marido havia a deixado por uma modelo chamada Young Nari. - Nari agora tremia de ódio e Jin a olhava com ainda mais desprezo. — E que a dita cuja havia tentado  aplicar  um golpe e pasmem, perdeu tudo quando Andréia processou o marido.

— Ridículo. - Nari agora se levantava com dificuldades. — Não tem como provar nada. - Tae nessa hora começou a rir alto. — Ta rindo do que?

— É  que você está subestimando a inteligência da minha esposa.

— Andréia ganhou a causa por que por meses ela juntou provas contra vocês dois. Ela como uma escorpiana  me entregou todo o material, incluído vídeos de vocês dois transando em locais públicos. Por isso querida você vai sumir de nossas vidas. Ou faz isso ou eu acabo com essa porcaria que você chama de carreira.

      Sem  palavras. Era assim que a mulher estava. Jin e Taehyung  batiam Palmas.

— Achou que vindo atrás de mim teria o mesmo besta apaixonado que você tinha na palma da mão não é? O cara por quem você não dava nada, aquele em quem você não confiou. Patético. Junte o restinho de dignidade que você possui e sai logo daqui. - Jin disse quando Nari tentou segurar seu braço.

    Ana abraçou o namorado e acariciou seu rosto. Depois virou-se para Nari.

— Seu Karma está pago. - Disse pegando nas mãos de Jin o conduzindo para dentro sendo seguido dos demais, exceto Maia e Jimin que ficou ao lado da esposa.

— Está feliz? Destruiu tudo. - Nari diz limpando o rosto como podia.

— Não Nari. Você destruiu tudo quando escreveu aquela carta ridícula  e deixou uma joia rara que só precisava ser lapidada para trás. Você destruiu. Eu só estou aqui para protege-los de gente como você. Agora vaza antes que os  seguranças te tirem a força.

      Maia abraçou o marido e ambos entraram deixando Nari ali. Derrotada, ela simplesmente  seguiu a sugestão que lhes fizeram.

— Irmã  nunca achei que você tinha um gancho de direita tão forte. - Jin comentou assim que viu Maia entrar no escritório.

— Eu me segurei muito.

— Obrigada. - Disse ele a abraçando.

— Enquanto eu estiver aqui ninguém vai machucar vocês.

— Ótimo! Estou adorando que estão todos felizes, mas, será que agora podemos voltar a falar das stripers da minha festa? - Tae diz abrindo os braços.

— Nossa festa e ninguém vai tirar a roupa. Pelo menos não no meio do Dionysus. - Lili diz dando um soquinho na barriga do noivo.

— Aí meu bem você também tem um braço forte. Será que isso  é coisa de brasileira?

— Continua provocando e eu te mostro uma coisa bem interessante cunhado. - Ana responde fazendo Jin cair na gargalhada.

    Enquanto Lili e Maia convenciam Taehyung  e Jimin de que a festa precisava de mais homens servindo os convidados, Jin puxa a namorada de lado.

— Que foi? Por que está me olhando assim?

— Te amo. Só isso. Te amo tanto que não pretendo te largar mais.

— Eu te amo mais.

— Duvido.

     Ambos ficaram implicando um com o outro por um bom tempo até que chegaram a conclusão que o amor era igual.

Dionysus: A arte de amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora