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o corte no braço de seungmin ardia, o sangue estava descendo.
seungmin olhava para o corte enquanto se encarava no espelho, como havia parado nesse estado?
seu rosto cheio de cicatrizes (pequenas, mas não deixam de ser cicatrizes), e cortes que seriam novas cicatrizes mais tarde.
seu olho estava com o roxo do murro que havia levado na noite anterior, sem contar nos outros cortes que havia por todo o seu corpo.

eram marcas dolorosas, não dores físicas, mas sim psicológicas.
nunca tivera uma boa relação com seus pais, eles nunca aceitaram o fato de seungmin querer seguir a carreira de artista.
o menino cantava muito bem! era muito talentoso, isso não podiam negar, mas tentavam mudar a cabeça do Kim querendo que seguisse a família.
fizesse sua faculdade de direito.
seungmin nunca aceitou essa ideia, era tosca, porque ele iria ficar nos sonhos de seus pais ao invés dos seus?
a verdade é que os pais querem que a gente realize o sonho deles, que sejamos o que eles não foram, que sejamos robôs.
seungmin sempre tentou agradar-los tentando ser o filho perfeito. já que seu irmão mais velho fugiu de casa pelos mais tratos dos pais, mas, depois que o Kim que assumiu sua sexualidade tudo foi por água a baixo.
cometeram crimes com seungmin: batiam nele até pequenos cortes surgirem; deixavam a pele do menino marcada pelos socos; arranhões; o amarravam no porão da casa o deixando uma semana sem sair, vem ver nada nem ninguém, sem comer, sem beber.
seungmin viveu isso durante muito tempo, agora sabia o porquê de seu irmão ter fugido de casa.

lembrança ruins, lembranças ruins, tudo vai ficar bem, tá tudo bem seungmin.
Repetiu para si mesmo tentando afastar as lembranças recentes.

as lágrimas salgadas caiam pelo rosto de seungmin causando uma certa ardência nos machucados de seungmin, este que contorceu o rosto em dor.

- Seungmin? está tudo bem? - saiu de seus pensamentos assim que ouviu a voz do loiro entrando no quarto, rapidamente pegou a blusa do moletom e correu para o banheiro, vestindo-a. estava sem a blusa, tinha vergonha de suad marcas. -

- sim! estou bem! - disse enquanto tentava enxugar as lágrimas antes de sair do banheiro -

bangchan entrou no quarto de vagar, tentando ver se podia realmente entrar. assim que chegou perto da cama, ao fim dela viu seu roupão dobrado com a mancha de sangue em uma das mangas, seu coração novamente apertou ao pensar o quanto aquilo deve ser agonizante para Seungmin.
assim que iria pegar o roupão, seungmin saiu do banheiro.
o conjunto de moletom coube muito bem no moreno, e nossa! Seungmin estava cheiroso, escolheu um ótimo perfume para utilizar.

- quer um abraço? - perguntou ao ver o rosto um pouco vermelho do outro, mas seungmin se que pensou, foi direto abraçar o outro, precisava disso.- está tudo bem, eu estou aqui agora. - disse enquanto passava os dedos pelos cabelos castanhos de seungmin, este que assim que os cortes voltaram a arder, abraçou mais forte o Bang; que se assustou com o ato - tá doendo?

de mais, você não tem noção.
seungmin pensou.

- mais ou menos - mentiu.

- podemos fazer os curativos agora, o que acha? - afastou um pouco o seung, podendo ver que o mesmo tinha os machucados sangrando - o que você acha nada! vamos fazer esses curativos agora, vem! - pegou na mão do seung e saiu o puxando escada a baixo até a sala, este que não conseguiu protestar, pois já havia sido puxado -

~

- desculpe pelo roupão, prometo te dar um novo - disse quase em um sussurro enquanto encarava a face de Bangchan -

seungmin estava sentado no sofá enquanto o de cabelos encaracolados estava sentado a sua frente limpando os machucados e colocando os curativos.

já havia terminado de fazer os curativos no rosto do moreno, estava apenas vendo se faltava alguma coisa antes de passar para os outros machucados quando ouviu a fala de seungmin, seu coração chegou a errar uma batida.
parou rapidamente de conferir o rosto do Kim e passou a olhar-lo nos olhos, assim como Seungmin estava fazendo.

- Seungmin, não foi sua culpa, você não fez nada de errado! é só um pedaço de pano, tenho outros!

- mas era seu, me sinto mal por isso - abaixou a cabeça cabisbaixo -

- não importa se era meu, era só mais um pano qualquer. não se culpe por isso, precisamos focar em te deixar bem, certo? vamos terminar os curativos e vou fazer uma comida pra você. - sorriu quando o moreno levantou a cabeça quando mencionou que iria fazer comida para si -

windows Guy - seungchanOnde histórias criam vida. Descubra agora