14. O HOMEM CUJO NOME APARECE EM TODO CASO

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— Acho que devemos pedir o apoio de uma autoridade local para relatar todos os casos relacionados a pacientes terminais que morreram em casa para nós, senhor.

— Bem, nós já sabemos que o farmacêutico Boze foi quem fez isso. — O vice-superintendente Bert olhou para Wasan com uma expressão entediada. — Você simplesmente não vai deixar passar, vai?

— Tem certeza? Fizemos uma autópsia em apenas um caso. — Wasan olhou para Bert com um olhar determinado em seu rosto.

— Normalmente, quando os pacientes morrem de causas naturais, não devemos lidar com eles. — Bert baixou o olhar para ler um documento em sua mão para encerrar a conversa.

Wasan se afastou da mesa do vice-superintendente. Ele sabia que Bert estava fazendo ouvidos moucos para ele. Portanto, Ele deve agir como água debaixo da ponte, tomando secretamente o assunto em suas próprias mãos. Começando por dizer a Tae que queria que os moradores ajudassem a denunciar à polícia sempre que houvesse um paciente terminal falecendo em casa.
Isso aumentaria a carga de trabalho da polícia e deixaria muitos policiais insatisfeitos; no entanto, Wasan não teve escolha.

Depois que Wasan terminou de prender um acusado, ele passou pela RPHPH, onde Tae trabalhava, antes de estar de plantão.

— Não sei o quanto posso ajudar, mas vou enviar seu pedido às famílias que cuidavam de seus doentes terminais e ao chefe da aldeia. —  Então, um pensamento ocorreu a Tae. — O último caso foi da tia Urai. Ela acabou de morrer de câncer de ovário. Seu corpo está no templo. Talvez você deva tentar falar com os familiares dela, caso eles tenham notado algo incomum, inspetor.

— Sim, obrigado.

 Wasan sabia que ele foi além de seu dever, investigando o caso que nem era dele e eles quase o fecharam com sucesso. Wasan ainda estava cético porque o farmacêutico Boze acabara de se mudar para cá há menos de um ano. Então, ele não sabia explicar por que o número de pacientes em estágio terminal que faleciam em casa havia aumentado nos últimos três anos. Quanto mais ele via como o superintendente adjunto.
A indiferença de Bert a esse assunto, mais ele ficava frustrado.

Wasan dirigia sua motocicleta em direção ao templo onde ocorreu o funeral. O funeral da Sra. Urai foi realizado no pavilhão ao lado da capela. Eram 15h da tarde. Poucas pessoas apareceram no funeral agora, mas muitos esperavam logo à noite, para assistir à segunda noite do rito. Wasan foi direto para uma jovem que estava arrumando as cadeiras em frente ao pavilhão do templo.

— Com licença, este é o funeral da Sra. Urai?

A jovem olhou para ele. — Sim.

— Eu quero falar com seu filho ou filha ou quem morava com a Sra. Urai. Pode me ajudar? 

A mulher levou Wasan até o filho de Urai e sua nora. Após a reunião, Wasan percebeu que Eid, seu amigo de infância, era a nora desta família. Pela conversa, Wasan descobriu que o casal não notou algo incomum naquela noite. Os dois saíram para o mercado até o anoitecer. Quando voltaram, descobriram que Urai havia partido para sempre, o que era bastante esperado, pois ambos conheciam a condição e os estágios da doença de Urai. Além disso, o médico já havia dito a eles que, com esses sintomas, Urai não viveria mais do que três meses.

Depois de correr o dia todo, Wasan voltou de mãos vazias. Ainda assim, ele acreditava que, se continuasse a encontrar as pistas por conta própria, ele descobriram algo para desvendar todo esse mistério.

Wasan queria que este caso fosse encerrado logo. Ele também se sentiu magoado por ter que manter distância de Gunn. Ele queria estar com Gunn da mesma forma que Gunn queria estar com ele. No entanto, antes isso, Wasan deve estar confiante de que Gunn n não era o assassino sob a máscara de um anjo curador.

***

Dois homens estavam parados na calçada em frente à ala médica, um de frente para o outro. Um deles tinha uma expressão de pânico enquanto o outro olhava para o assustador através da aba de um boné preto em sua cabeça com olhos ferozes e selvagens como um lobo. O homem de uniforme de enfermeiro agarrou-se à bolsa, virando-se rapidamente.

— Ei. — A voz de um homem usando um chapéu preto o chamou, parando o enfermeiro em seu caminho.

— O que você quer? — Sua voz tremeu.

— Podemos encontrar um lugar privado para conversar? — O homem disse e sorriu.

— Há algo que eu quero te perguntar. — Ele fechou os olhos com força.

— Te... te vejo no mesmo lugar.

— Certo.

Assim que ele deu a resposta, o enfermeiro relutantemente voltou atrás e descobriu que o homem havia desaparecido como um fantasma, o que era típico para o homem chamado Kong, também conhecido como Pol.Sub-Lt. Archa. Ele não queria conhecer essa pessoa, mas tinha um motivo para se tornar um peão para esse detetive, que poderia se esgueirar por toda parte como uma sombra sem que as pessoas vissem.

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Onde histórias criam vida. Descubra agora