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Namorar Martinelli era bom demais, as mensagens atenciosas e as maratonas de filmes agarradinhos te faziam viver constantemente com o coração quentinho, ele era o homem perfeito.
Você era uma pessoa bem perversa, safada e realmente adorava uma boa provocação. Martinelli era perfeito para você.
Ou quase isso, se não fosse por um defeito...
Gabriel Martinelli era tímido demais, ou pelo menos era isso que ele queria que você acreditasse.
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Namorar Gabriel era uma delícia, os carinhos e as mensagens atenciosas todas as manhãs te faziam sentir a mulher mais especial do mundo. Tudo era tão precioso, ele adorava sair com você e sempre que podiam maratonavam filmes da Marvel agarradinhos. Gabriel era o namorado dos sonhos mas infelizmente ele tinha apenas um defeito, ser um tantinho tímido demais.
Ele não era um rapaz introvertido, longe disso, tinha vários amigos e era super receptivo com todos que chegavam em seu time, mas quando se tratava de interagir com garotas ele não conseguia lidar muito bem. Lembra-se até hoje de como foi difícil pra ele te convidar para sair e mesmo depois de começar a namorar ele ainda tinha dificuldade em lidar com algumas coisas, dentre as principais delas, o sexo. Não é como se vocês nunca tivessem feito, transar com ele era gostosinho demais e ele te levava para o paraíso entre quatro paredes, mas o que te incomodava era justamente a falta do ato.
Era sexta e vendo ele pela fresta do estúdio amador que ele tinha montado no apartamento de vocês a vontade de tê-lo só aumentou. Foi sorrateira, entrou devagar pela porta indo a passos lentos como uma gatuna se deitar no pequeno sofá de couro que ficava ali no cantinho da sala colorida e decorada pelo seu namorado.
── Amor...─ você chamou com a voz manhosa que sabia que ele se derretia ── Você já terminou o que tem que fazer aí? ── perguntou curiosa.
── Ainda não gatinha, faltam só mais alguns minutos... ─ você espiou apenas se inclinando para o lado, vendo oque ele estava fazendo, e suspirou quando viu que era um jogo.
── Mas amor... eu quero ficar com você agora ── decidiu insistir um pouco, sabia que apenas de tudo, Gabriel sempre cedia os seus gostos.
── Poxa, o que eu não faço por você em? ─ Ele suspirou e apenas relaxou virando a cadeira giratória na sua direção.
Antes que ele levantasse você correu para sentar no colo do seu namorado, pois bem, era uma fantasia antiga sua transar sobre alguns equipamentos de trabalho dele. Por muitos meses você observou cada detalhe de como ele produzia ali, a voz rouca no microfone, os dedos longos manipulando aquele mouse enquanto exibia aquela face concentrada junto ao maxilar travado te deixavam piradinha por ele.