+hossler|| Jaden Cole era meu amigo por correspondência de infância, o garoto britânico que era completamente diferente de mim. No decorrer dos anos, através de centenas de cartas, nos tornamos melhores amigos, compartilhando nossos segredos mais pr...
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- Ryen? - Cecily, a moça que trabalhava na recepção da pequena agência de correios que eu frequentava, gritou meu nome. Por sorte, o lugar estava vazio hoje.
Tranquei minha caixa postal, sentindo-me um pouco decepcionada por ainda não ter recebido uma carta de Jaden. Fazia mais de uma semana desde que eu havia enviado minha última carta para ele, e comecei a ficar preocupada, pensando que talvez eu tivesse sido honesta demais compartilhando minhas travessuras sexuais, ou seja, minha história de masturbação com um Furby, e o assustado.
Quando entrei na área principal, adjacente à área das caixas postais, Cecily ergueu um dedo.
- Tenho um pacote para você. Não coube na sua caixa postal. Deixeme ir buscar.
- Ah. Ok.
Eu estava esperando minha editora me enviar exemplares antecipados do meu último livro completo, mas, quando Cecily veio na minha direção carregando uma caixa vermelha enorme, meu coração começou a acelerar.
Será que Jaden me mandou alguma coisa? Ela colocou o pacote sobre o balcão.
- Normalmente, as suas caixas são bem pesadas; esta é bem leve, para o tamanho.
Tive que ficar nas pontas dos pés para ver o endereço do remetente. Um sorriso de orelha a orelha espalhou-se pelo meu rosto quando vi a letra familiar de Jaden. Cecily percebeu.
- Parece que é algo que você está feliz que tenha chegado.
- É. Mas eu não estava esperando uma caixa, só uma carta.
Ela abriu um sorriso caloroso.
- Bem, espero que seja algo bem legal.
Carreguei a caixa até meu carro, quase incapaz de me impedir de abri-la ali mesmo no meio do estacionamento. Normalmente, eu esperava até chegar em casa para ler as cartas de Jaden, mas estava animada demais para conseguir fazer isso com sua caixa. Então, eu a coloquei no banco do passageiro, dei a volta até o lado do motorista, entrei no carro e comecei a abrir a caixa enorme.
Havia um envelope vermelho com meu nome em cima do papel de embrulho vermelho. Eu o peguei e debati se deveria ler, mas a curiosidade venceu e acabei fazendo a coisa menos educada, que foi abrir o presente antes de ler o cartão. Após tirar o papel de embrulho e abrir a caixa, arregalei os olhos.
Ai, meu Deus! Caí na risada.
Devia ter mais de cem chaveiros de Furbys vibratórios dentro dela. Eu nem conseguia imaginar onde diabos ele os havia conseguido, já que pararam de colocá-los no McLanche Feliz há mais de uma década. Peguei um deles, busquei a parte de baixo e deslizei o botãozinho de "off" para "on", ligando-o. Como esperado, ele começou a vibrar na palma da minha mão.
Aquilo me fez dar gritinhos como se eu tivesse treze anos novamente. Agora é que eu não ia mesmo conseguir esperar até chegar em casa para ler a carta. Rasguei o envelope com a ansiedade a mil.
