Ꭺꭲꭲꭱꭺꮯꭲꮖꮩꭼ • GalJoui ShortFic

| Igualzinho Uma Princesa |

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Estacionou o carro o mais perto do bloco de música que conseguiu e caminhou até o saguão, esperando por Gal, então viu vários alunos indo embora e a figura que estava esperando não apareceu, ficou confuso.
Ele podia ter ido embora mais cedo já que não havia aceitado o convite totalmente, não é mesmo? Ele não havia dito um sim com bastante ênfase, mas não imaginava que o deixaria ali plantado sozinho, de novo.
- Ei! - Resolveu fazer o que sua mente sugeriu como melhor das opções - Você é o Henry?
- Olha só... - Ele cruzou os braços com um sorriso malicioso - Oi crush do Gal!
- Você viu ele? - Guardou a chave do carro no bolso e jogou os cabelos pra trás com certa ansiedade.
- Banheiro! - Deu de ombros e se levantou sem muito interesse - Ele recebeu alguma coisa no celular, deve estar exagerando e fugindo como sempre, meu ônibus tá no horário, tchau! - E foi embora sem mais nem menos, como se o que falasse fosse algo completamente desinteressante, como poderia um amigo dizer isso para os outros.
A vontade de bater em alguém voltou e cerrou os punhos, imaginando mentalmente que o chacoalhava e gritava com ele enquanto correu pelas salas de música a procura do banheiro, entrando e procurando por Gal, mas entrou no máximo silêncio que conseguiu, o que acabou ajudando a descobrir o que ele estava fazendo.
Estava chorando, tão baixinho que qualquer outra pessoa não perceberia, mas estavam em silêncio, o andar estava vazio, não conseguiria esconder tão fácil, não de Joui.
- Gal! - O chamou, então tudo ficou em silêncio total, ele tentou o máximo que pôde não fazer nenhum barulho, mas então ele soluçou, negou com a cabeça e se aproximou do box, dando duas batidinhas fracas - Ei tá tudo bem ok, eu tô aqui!
- Acho que não vai dar de eu ir hoje com você, mas obrigada mesmo assim! - Ele tentou falar da forma mais calma que conseguiu mas não conseguiu se manter até o final, onde soluçou de novo.
- Gal, vem, vou te levar num lugar melhor que esse banheiro imundo! - Resolveu ir no box do lado.
- Então estou no lugar certo, com os ratos! - Ele brincou, mas não achou nenhuma graça no que havia dito, fechou a tampa do vaso sanitário e subiu em cima dele com cuidado, olhando Gal abraçado com as pernas e a mochila jogada no chão, os olhos estavam vermelhos e o cabelo estava todo bagunçado, suspirou triste com a visão e acabou chamando a atenção dele.
- Se não abrir eu posso pular o box e te tirar daqui igualzinho uma princesa! - Brincou roubando a ideia de Arthur, que vez ou outra chamava Dante de princesa pra irrita-lo, mas Gal riu, ainda que estivesse chorando e bastante chateado com algo, ele riu e negou com a cabeça.
- Por quê está fazendo isso? - Saiu do box e caminhou até a porta dele.
- Sou seu amigo, não quero te ver chateado então vou fazer você esquecer disso, mesmo que por um tempinho só! - Esperou calmamente por ele, ouviu a mochila dele se chacoalhar, mas nada de abrir a porta.
- Como vai fazer isso? Vai transar comigo? - Ele riu daquela maneira triste de novo, mas não precisava ser um gênio pra perceber que ele sempre fazia piadas quando estava aflito, Dante havia dito algo parecido no dia anterior, então já que ele utilizava disso pra não se machucar mais, resolveu entrar na onda e fazer o mesmo.
- Para sua infelicidade, não vou, mas que tal algo menos safado, hein? - Deu mais duas batidinhas na porta - Posso te levar pra tomar sorvete!
- Deixa a transa pra outra hora! - A porta foi aberta e ele apareceu em pé, com o rosto bem mais vermelho que antes, limpando o nariz com o braço e fraquejando assim que viu Joui.
- Gal... - Sentiu seu coração se apertar e o puxou para um abraço, ele se assustou por um momento, congelado, sem saber o que fazer, então o soltou devagar e pegou todas as coisas dele e segurou sua mão, o arrastando para longe de todo aquele ambiente, e o levando até seu carro, tudo estava tão calmo e vazio que agradeceu por ninguém mais estar ali.
- O quê você está fazendo? - Ele perguntou enquanto guardava o que achava que era um violão e a mochila dele no banco de trás, e então apontou para que ele entrasse também, ele o fez, mas se surpreendendo quando se sentou ao lado dele e fechou a porta, ligando o ar condicionado e voltando a observa-lo.
- Ainda vamos tomar sorvete? - Ele olhou para espelho do carro sem muita atenção, então se aproximou dele e segurou seus ombros, o puxando lentamente para outro abraço, que ele também não soube o que fazer nos primeiros segundos.
- Vamos, mas primeiro, deixa eu cuidar um pouco de você ok! - Observou o rosto dele pelo espelho e arrumou o cabelo bagunçado com cuidado - Tudo bem se não gostar de... - Sentiu o corpo dele se chacoalhar em seus braços, e segundos depois ele não aguentar mais se segurar e chorar sem se importar, o abraçou mais forte e que retribuiu, se encaixando dentro de seu abraço, fugindo para um abrigo seguro - Abraços...