38 "e eu?"

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Solange colocava os pratos na mesa, ela queria a ajuda de Isabela, mas ela estava tendo sua atenção disputada entre seu neto e seu filho.

Ela sorriu.

- papai, eu vou voltar hoje pra casa?
- não. _ ele diz.
- ah? Por que papai?_ Daniel fica triste com os olhos marejados.
- pare com isso! Lógico que vai voltar, viemos buscar você meu lindinho.
- ebaaaa! _ ele pula em felicidade.

Lobo beija a bochecha de Isabela repetitivamente, ele estava feliz.

Solange olha novamente para Isabela e parecia mentira que ela produzia leite, elas combinaram na cozinha que a garota irá conversar com Bianca -a mãe da criança- sobre ela a ajudar com seu filho.

- Isa, eu achei tão legal de sua parte ajudar a Bianca... _ ela sorriu sincera, ela gostaria que a anos atrás aparecesse uma pessoa assim para ajudá-la.

Isabela sorri de volta, ela ainda não contou sobre isso para seu namorado, mas imaginou que ele não teria uma opinião sobre isso. ah ele não deve se importar...

- ajudar com oque? _ diz confuso.
- ah então, sobre isso... _ Isabela começa.
- Gente vem pra cá vocês! Vamo' comer.

Lobo meio receoso ele se senta e se serve, ele está curioso, ela não conhece quase ninguém de lá, e Bianca seria impossível Isabela conhecê-la.

- de onde que você conhece a Bianca?
- não conheço, vou conhecer ela hoje.
- e tu vai ajudar ela em que?

Isabela olha para a sogra em um pedido de ajuda, ela não sabia oque dizer, esse era um assunto ainda desconfortável para ela.

- o bebezinho da Bianca já nasceu e...
- iii já tô avisando que a isa não vai ser babá de bebê ninguém não viu.
- é papai! A isa já tem eu.
- isso aí filhão.

Solange respira e ri e volta a comer.

- não é pra isso.
- é pra que então? _ diz confuso, não conseguiu imaginar outra coisa além disso.

Isabela bebe um gole da coca e olha pro prato de estrogonofe e repara que tá bem bonito.

- é que a isa tem uma coisa que a Bianca não tem.
- oque? Fala logo tô ficando puto já.
- o leite. Conversei com a isa e ela topou dar essa ajuda. Né isa? _ piscou para ela, e Isabela sorriu de volta.

- oque? Tá da brincadeira comigo!!? E eu?_ ele fica alterado, essa não era a reação esperada.

Isabela não olha pra ele, quando ouviu ele dizer o seu segredo ela bate a palma da mão no rosto e balança o rosto negativamente.

- e eu Isabela?

Lobo não percebeu oque tinha falado na hora, só depois de perceber a cara dela, mas agora já foi, ja era...

Ele estava bravo, não queria dividir o peito com ninguém. E ela estava constrangida, muito constrangida.

Não fazia parte de seus planos Solange descobrir isso. Seu rosto queimava feito brasa este exato momento.

- espera... você... você e... ela... meu filho?

Lobo ignora a mãe e tenta denovo falar com a namorada.

- Isabela como que eu fico nessa his-
- já chega Felipe! _ Isabela diz.

Ele se cala, depois de muito tempo ela o chama assim, isso o fez ficar confuso, se ela está com raiva dele, mas era ele que tinha que estar.

- respeita a casa da sua mãe e o seu filho, em casa a gente conversa melhor.
- mas amor... _ ele bufa e Solange ri.
- Isabela, você é a melhor nora que eu poderia ter. _Diz imprecionada. _ mas oh! Depois quero saber desse assunto aí.
- não enche o saco mãe! Isso é entre eu e ela.
- não sei o que fiz de errado... _ diz a mãe com aparência entristecida.

* * *

Lobo estava com a cara péssima, ele não acredita que agora ele teria que "dividir" sua namorada.

Eles já estavam na casa da Bianca, e eles estavam sozinhos no quarto, Bianca estava lavando algumas roupinhas de Matheus que não podiam ficar muito tempo sujas.

- vai ser todo dia isso aí?

Ele observava o bebê minúsculo e frágil mamar, Isabela faz um carinho no cabelo ralo enquanto o Matheus mamava rapidamente.

Ela gemeu quando o bebê "chupou" muito forte.

- aí oh ele tá te secando toda amor!
- realmente, por ele ser bem pequeno eu achei que seria mais fraco. Olha isso!

O bebê sugava rápido, dava para ouvir que ele estava dando chupadinhas bem fortes e ela sorriu. Ele é um bebê muito saudável.

E lobo imaginou Se ele não tivesse insistido na ideia de vir ver sua mãe, ele ainda a teria só para ele, aquilo era para ser um privilégio dele.

Ele caminha até a porta.

- ei! Aonde vai?
- tô saindo pra respirar um pouco.


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