11 "Ela é minha mulher agora"

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Isabela.

Nós dois estávamos de moto, ele pilotava rápido e eu o segurava com força.

Isabela: da pra ir devagar? Eu vou avoar da moto!

Ele não responde mas ele desacelera a moto.

Isabela: ainda tá chateado comigo?

Ele não me responde denovo, e eu já estou cansada disso, e não vou falar com ele.

Ele para a moto e eu desço.

Lobo: olha, sem gracinha pro meu lado ouviu? Não quero você soltinha como as mulheres que vão estar aí.

Isabela: já entendi.

Eu disse logo para ele parar de encher meu saco, eu queria muito sair daquela casa e agora eu não vou estragar tudo enfrentando ele.

Lobo: não é pra sair de perto de mim.

Depois do sermão de graça, a gente segue para portão a dentro.

Lá era muito bonito, tinha uma piscina cheia de mulheres de biquíni, eu poderia estar ali também, está tão calor... Mas ele não deixaria.
Tinham várias mesas e cadeiras, homens sentados conversando e bebendo cerveja, mas quando entramos, lobo e eu, viramos atração do momento, eu me senti em um filme.
Alguns pararam de conversar e comer para nos olhar.

Lobo: tá aí o porque eu não queria deixar tu vir com essa roupa.

Isabela: a roupa tá normal, eles devem estar olhando para você.

Mostrei as meninas da piscina com a cabeça, elas estavam olhando claramente para ele, mas revezavam o olhar para mim também.

Lobo cumprimenta alguns homens, ele pega minha mão praticamente me esconde atrás dele.

Lobo: fala aí deco! De boa mano?

Deco: de Boa meu chegado, e essa novinha linda aí, quem é?

Lobo: tá maluco deco? Tira o olho da mina, já tem dono.

Deco: pô, foi mal ae patrão.

Depois dessa vergonha alheia, e claro que todo mundo percebeu, todo mundo olhava pra gente. Chega um homem provavelmente o dono da casa, falando para gente se sentir a vontade, impossível com esses olhos grudados na gente.

Eu estava curtindo o pagode sentada na cadeira de plástico olhando para as pessoas se divertirem enquanto lobo abraçava minha cintura, ele estava com um cigarro de maconha entre os dedos da mão livre.

Escuto vozes conhecidas cantando alto. Marta e Brenda! Elas estão aqui!
Viro minha cabeça para traz procurando de onde vem as vozes.

Lobo: perdeu alguma coisa lá atrás mina?

Isabela: acho que minhas amigas estão aqui!

Tento tirar os braços dele da minha cintura mas ele me prende com força.

Lobo: vai sair daqui não.

Isabela: vai dar pra você me ver daqui, eu juro que não vou tentar nada lobo.
Eu preciso falar com elas.

Eu denovo tento não irritar a fera, o que parece impossível, mas eu veria minhas amigas de qualquer jeito, ele querendo ou não.

Lobo: não vou tirar os olhos de você. Presta atenção na sua caminhada.

Me levanto indo em direção as vozes, e elas estão lá juntas segurando um copo transparente com cerveja dentro.

Isabela: Brenda! Marta!

Elas me olham e se assustam, e a gente da início a um abração coletivo. Não sei nem por onde começar a explicar tudo o que aconteceu em minha vida.

Isabela: e melhor a gente se sentar, porque o que eu tenho de falar e demais.

Depois de contar do início até agora, até o momento de que eu perdi minha virgindade com um traficante.

As duas se encontram com a boca aberta. Estupefatas, elas não esperavam isso de mim, na verdade nem eu mesma. Elas estão em choque.

Marta: não acredito.

Brenda: isa, ele não te obrigou né?

Elas fazem cara de preocupação, elas pensaram nessa possibilidade porque obviamente trepar com seu sequestrador não é nada natural.

Isabela: não gente, ele até foi atencioso comigo...

Sem querer eu deixo escapar um sorriso de minha boca.

Elas se entreolham soltando gargalhadas.

Brenda: a síndrome de estocolmo da gata.

Marta abriu a boca para falar alguma coisa mas se fechou novamente, olhei para o lugar que ela olhava atrás de mim.

Era o lobo com seus braços cruzados, ele estava atrás de mim me olhando.

Lobo: vamo voltar pra lá, já tá a muito tempo aqui.

Isabela: só mais um pouquinho, eu quero matar a saudade delas.

Lobo: eu disse pra não ficar tão longe de mim, porque tá aqui caralho?

Isabela: eu não percebi que estava tão longe.

Ele faz um som de "hm"

Isabela: e não precisa me xingar,  não fiz nada.

Lobo: não tô te xingando não mina, só tô bolado por ter me desobedecido.

Marta: desculpa intrometer, mas posso saber o que tá acontecendo?

Lobo: não te interessa o que tá acontecendo não.

Marta: o vô da Isabela está morrendo de preocupação, ela precisa voltar para a cidade dela.

Lobo: ela não vai.

Marta: por que?

Lobo: porque ela é minha mulher agora.

Ele me puxa pelo braço me levantando da cadeira me levando aonde a gente tava mais cedo.

Ele ficou em silêncio por um tempo e eu só observava seu rosto e suas feições irritadas.

Lobo: foi uma péssima ideia vir aqui hoje.

Eu iria me pronunciar mas um cara um pouco mais velho que eu chega cumprimentando lobo.

" fala chefe, que cara e essa? Eu com uma novinha dessas estaria nas pontas dos pés"

Lobo: tá maluco DG? Essa daqui não é puta não, e minha mulher, atividade! Vaza daqui.

Lobo: tá vendo Isabela? Eu não tenho um minuto de paz! é o tempo inteiro chegando marmanjo te querendo, tô cansado vamo em bora.

Eu não respondo nada, só o acompanho, minha bateria social já acabou e não quero mais ficar aqui, pelo menos eu vi minhas amigas.

◇◇◇


Capítulo 11 não revisado

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