36 "mamo até hoje"

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Dandara olha atentamente quando derrepente lobo sai na frente e Isabela atrás.

Ela foi rápida, ela mirou e atirou seu copo de plástico com força na face de Isabela.

- isso é pra você aprender a não roubar o que não é seu, sua piranha do caralho.

Dandara estava esperando ela a agredir, puxar seu cabelo ou alguma coisa do tipo, mas ela apenas ficou paralisada.

Ela sentiu algo puxar seu cabelo com força. Lobo ficou frente a frente com ela, ele estava louco de raiva.

- perdeu a noção Dandara? Qual é a tua?
- meu amor... Eu só quero você de volta.

Ele estava pronto para acabar com a raça dela.

- ae lobo, deixa que dessa eu cuido. _ um homem mais baixo diz segurando o braço dela com força.

- dá um trato nela, tá precisando.

Lobo ficou tão furioso com dandara no momento, que só queria esfolar a cara dela, e não foi verificar sua namorada.

Ela estava sentada em uma cadeira tentando limpar sua roupa com uma toalha, e LC enxugando seus cabelos com uma blusa, ele a tirou para que possa limpar.

LC cheirou a parte da frente do cabelo dela e disse que cheirava a cerveja e sorriu.

- deixa que eu limpo ela, valeu.

LC sai e lobo ocupa seu lugar.

- tá bem isa?
- sim.
- quer ir?
- quero. _ a voz saiu trêmula.

Ela olha para traz e vê Dandara se debatendo, ela chorava e gritava tão alto que mesmo com o ambiente barulhento por músicas altas, ainda podia ouvir os chingamentos direcionados a Isabela.

- sua vagabunda! Você vai pagar! _ se debate. _ Aah me solta caralho! Eu vou acabar com ela!

Ela se encolhe e vira para frente, e lobo diz para não ligar para ela, não se importar. Mas ela não segue seu concelho, ela pensou nisso em todo o trajeto para casa.

Agora tinha mais um problema em sua lista, e todos eles o maior causador era ele, lobo. Ele só a atraia problemas, a cada dia que passa.

Respirou fundo. A primeira coisa que ela fez quando chegou em casa foi tomar um banho quente. Agora está deitada na cama esperando o seu problemático.

- me desculpa por hoje.
- não foi sua culpa. _ mentiu.
- mas eu prometi pra tu, que ninguém iria te incomodar.
- estou bem, já passou.
- não. não tá nada bem, eu preciso dar um jeito nela.
- por favor, chega de falar disso vamos dormir?
- prometo que isso não vai mais acontecer.

Ele se sente culpado, se entristece sempre que lembra de ter visto o rosto de Isabela encharcado juntamente com cabelo e roupas, "ela estava tão bonita..."
Ele apenas se deita, ele abraça ela na intenção de ficar mais perto de seus seios.

Depois de beija-la, ele sobe a blusa dela e abocanha um seio.

No começo foi desconfortável para ela, mas não impediu, ela precisava disso e ele de alguma forma presisa também.

><><><

10:00 AM Eles já estavam a caminho da casa da mãe de lobo.

Isabela estava nervosa para conhecer Solange. E se ela preferir Dandara ao invés dela? Afinal Dandara era a mãe de seu neto, talvez fossem amigas ou algo do tipo.

- oque foi agora isa?
- tô um pouco nervosa.
- por que? _disse super confuso.
- não sei se você sabe, mas eu nunca conheci nenhuma sogra antes. _ diz em um tom irônico zombeteiro.
- fica sussa. Ela é de boa.

Ele estaciona a moto, Isabela sente seu coração acelerar, ela pensava que seria mais um pouco distante aí teria tempo para se preparar emocionalmente.

- mas já chegamos?
- Já, a casa é essa ai. _ aponta o queixo e ela respira fundo.
- ei, tá tudo bem, minha mãe não é um mostro. _ ele a abraça e beija na testa.
- eu sei só tô um pouco nervosa.
- vamo entrar logo, aí você vai ver que minha mãe não vai te devorar, ela é de boa.

Ele bate no portão e não demora para uma mulher sorridente abri-lo.

Ela beija o rosto do filho várias vezes dizendo que estava com saudade.

- mãe, não tem nem uma semana que a gente não se vê...
- mesmo assim, tô com saudade.

Ela desgruda do filho e finalmente olha para Isabela. Ela dá um sorriso largo, Isabela podia jurar que viu seus olhos parecidos ao de lobo, brilharem assim que a viu.

Isabela retribui o sorriso.

- você deve ser a isa.
- sim, e você, Solange, certo?
- sim, Solange, mas pode me chamar de sogrinha. _ ela dá uma gargalhada forte que também parecia a de lobo só que de uma maneira feminina.

Isabela e lobo sorriam juntos, e a sua ansiedade passou, ela pensou que seria difícil.

- vamo gente! Vamo entrar. Isabela minha nora, gosta de pudim de leite?
- amo! _ diz empolgada.
- que beleza, senta aí no sofá que eu vou pegar pra vocês.

Eles se sentam. Isabela não é do tipo que fica reparando na casa das pessoas, mas ela não pôde evitar olhar milhares de quadros espalhados pela sala.

Um lhe chamou atenção, com certeza era lobo. Podia chutar que ele estava com uns quatro anos de idade, muito grande para ainda estar mamando na mamadeira.

- aquele é você?
- onde? Qual?
- aquele com a mamadeira.
- sou eu. _ ele sorri e se levanta trazendo consigo o quadro.

Solange chega e entrega os pudins.

- ai... quem vê essa foto aí nem parece que deu trabalho pra tirar ele da mamadeira.
- mamo até hoje.
- oque? _ Solange diz.
- não é nada. _ ele diz sorrindo e a mãe fez uma cara de desconfiada.

Solange gosta de contar suas histórias passadas, então ela logo se prepara para dizer a infância de lobo e seus perrengues.

- Já sofri tanto com esse menino isa, "ce" nem sabe...
- ah nem começa mãe!
- quando ele nasceu, eu não conseguia reproduzir leite, não importa quantos remédios eu tomasse, não saia.
AÍ foi que ele se apegou na mamadeira, e ficou nisso até bem grandinho. Não largava nem com reza! Até simpatia eu
fiz!

- nossa... _ diz Isabela boquiaberta.

- sério, não foi fácil, quando eu tava tirando aos poucos ele chorava, esperniava, gritava... Eu não aguentava mais. AÍ teve um dia que eu cortei de vez. Até porque não era normal uma criança de 8 anos ser tão apegado na mamadeira assim.
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