𝟬𝟭. 𝖿𝗈𝗋𝖾𝗌𝗍 𝗉𝖾𝗈𝗉𝗅𝖾

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O quente e forte sol batia contra a pele azulada da jovem que boiava sobre o oceano. Ela tinha seus olhos fechados enquanto seus dedos se movimentavam de forma lenta na água, tentando senti-la cada vez mais. Ela estava imersa em seus próprios pensamentos. Passaram-se oito anos desde que começou uma nova vida em um novo lugar, e por mais que tentasse, ela quase não conseguia se lembrar de sua vida antiga, e nem sequer se imaginava ainda estando lá. Sua vida agora era o recife. Sua casa e seus caminhos eram o mar. O seu destino era o mar. A saudade de sua avó batia em seu peito as vezes, mas saber que estava exatamente onde deveria estar a acalmava.

Mas em questão de segundos sua paz e seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu um peso em sua barriga que a fez afundar totalmente na água.

— Merda, Tsireya! — Exclamou T'Kanau assim que subiu a superfície tendo uma breve crise de tosse pela água que acabou engolindo. A mais nova apenas ria, parando apenas quando recebeu um jato de água no rosto.

— Por que sempre prefere ficar sozinha Kana? — Perguntou a garota de pele esverdeada após se recuperar de sua crise de risos a olhando. E com sua voz serena T'Kanau respondeu.

— Apenas consigo pensar melhor estando sozinha.

Tsireya a olhou, uma careta confusa se formando em seu rosto. — Mas por quê sempre tem que estar tão afastada assim da vila? — O jeito como a mesma parecia uma criança perguntando acabou tirando um sorriso mínimo da outra.

— Se eu estou lá, posso escutar tudo ao meu redor, mas não posso escutar meus pensamentos. Entende? — A explicação fez Tsireya assentir em entendimento. Tsireya começou a explicar algo como nunca conseguiria ficar tanto tempo sozinha e parada.

T'Kanau ouvia as palavras da irmã, mas sua atenção foi totalmente desviada quando avistou mais ao longe - perto da praia da vila - criaturas voando pelo céu. Parando de falar, Tsireya olhou curiosa para onde sua irmã mais velha estava vidrada fazendo uma careta confusa ao ver os animais pousarem na pequena praia da vila. — Deveríamos ir lá dar uma olhada. — Sugeriu a mais nova voltando a olhar para a outra que apenas fez uma expressão como se dissesse que a ideia não era boa. — Vamos lá! — Exclamou, e antes que a maior pudesse negar e protestar Tsireya fez estalos com a língua chamando seu Ilu. — Corrida até a praia, tchau! — Em um último fôlego Tsireya mergulhou e nadou rápido até a praia onde todos já começavam a se acumular.

Revirando os olhos a Na'vi fez assim como a irmã alguns estalos com a língua e seu Ilu chegou. Fazendo a conexão e mergulhando, T'Kanau conseguiu alcançar sua irmã que fez uma careta ao ver que tinha sido ultrapassada tão rápido. Ao chegarem na parte rasa, elas desfizeram a conexão com seus Ilus e o deixaram ir mergulhando e logo voltando a superfície, com uma Tsireya tirando seus cachos dos olhos e T'Kanau colocando suas tranças atrás da orelha.

Ambas caminharam em direção ao aglomerado. Todos abrindo espaço para que as filhas dos chefes pudessem passar. Ao se aproximarem um pouco puderam ver uma família levantando as mãos em rendição tentando se aproximar. Aonung e Rotxo já estavam por ali e receberam um gesto como um cumprimento vindo de dois dos garotos estrangeiros, mas o cumprimento não foi retribuído. Logo os dois Metkayina começaram a analisar e comentar sobre a aparência diferente dos garotos - que por sinal era igual a de T'Kanau. Ela chegou perto bem a tempo de ouvir o comentário desagradável de Rotxo. — Olha, o que é isso? Era pra ser uma cauda? — Risadas puderam ser ouvidas. — É muito pequena! Como é que eles nadam? — Perguntou achando graça da família da floresta.

𝙔𝙊𝙐'𝙍𝙀 𝙈𝙔 𝘿𝙀𝙎𝙏𝙄𝙉𝙔, 𝘕𝘦𝘵𝘦𝘺𝘢𝘮Onde histórias criam vida. Descubra agora