Posso não ter sido muito claro em relação a minha conversão ao cristianismo no capítulo passado. Pois bem, eis que surge a pergunta: Quem é nós, para podermos julgar as ações de Deus sobre nossas vidas? Afinal, pensamos como humanos: Falhos, hipócritas e egoístas. Não devíamos nem confiar em nosso próprio pensamento. Ainda bem que temos alguém que possa nos guiar nessa vida cheia de descobertas e desapontamentos! Alguém perfeito, sem erros, e que por isso, pode nos dizer exatamente o caminho que devemos seguir. Por isso, eu não mais sigo meu próprio caminho. Como saberei que estou certo? Mesmo que tudo indique que sim, não posso confiar em mim mesmo. Um caminho livre para nós pode parecer doce no início, mas no fim, só há sofrimento e ilusões. Acredito que para os mais velhos isso já ficou bastante claro: "Dê liberdade aos homens, e eles farão o que quiserem; Depois, volte aqui, e me diga aonde esse caminho te levou". A única liberdade de que precisamos é a de podermos acreditar em alguém que nos leve a um caminho sincero. Nós não sabemos ser felizes, essa é a verdade. Precisamos de alguém nos dizendo o que devemos fazer, mas não só qualquer pessoa, afinal todos estamos propícios a erros. Deus faz isso por mim; Mostra o caminho que devo andar para encontrar, um dia, a vida eterna: Minha felicidade. Na verdade, escrevo esse capítulo apenas para contar uma história e dar um conselho que aprendi. Pois bem, pouco tempo após minha conversão, quando estava eu entre os meus 17 e 18 anos, conheci uma garota na escola - que tinha entrado para fazer o último trimestre - chamada Giovanna. Não entrarei em detalhes para ser mais objetivo, apenas direi que ela era a pessoa mais linda que vi nessa Terra. Certamente tentei não me aproximar dela no início, achando eu que ela nunca notaria em mim algo que lhe interessasse. Tentei até me comportar, tanto no vestir quanto em rotina, de maneira que agradasse o jeito dela. Quando já tinha ganhado um pouco mais de confiança, arrisquei ir falar com ela. Pensei eu que Giovanna não renderia a conversa, que responderia apenas com um simples "sim" ou "não", quando ela começou a falar mais coisas de sua vida. Ali eu percebi que ela tinha se interessado. Após algumas semanas de conversa, percebi que ela realmente estava gostando de mim. Algumas coisas que fazia nunca alguém que estivesse disfarçando pensaria em fazer. Além de tudo isso, ela também começou a me chamar de maneira carinhosa, diferente a que ela fazia com qualquer outro na escola. Pensando muito nisso, decidi a chamar para irmos à praça da cidade, que por sinal tinha sido reformada e que serviria para um bom primeiro encontro. Ela chegou lá na hora; Nós sentamos, comemos algumas frutas frescas que minha mãe tinha colhido no quintal da casa do senhor, e conversamos muito sobre várias coisas. Então, enquanto não falávamos nada na hora, aproximei minha mão à dela. Quando toquei em sua mão, ela segurou a minha, de modo que nossas mãos se entrelaçaram. Depois de um certo tempo, ela escorou sua cabeça em meu ombro. Nossos olhares se cruzaram; Ela riu, enquanto eu chegava mais perto para beijá-lá. Enfim, ela inclinou a cabeça e me beijou. Depois disso, ela olhou para mim, e disse que eu não devia contar nada para ninguém. Fiquei sem entender na hora, mas simplesmente concordei. No dia seguinte na escola, tentei conversar, mas ela me ignorou. No outro dia, a mesma coisa. Ela agia normalmente, como se nada daquilo tivesse acontecido. Parecia até que eu tinha voltado no tempo e caído em um universo diferente! Nada do que eu fazia dava certo. Escrevi um poema pra ela, expressando tudo o que sentia (apesar de tudo, eu ainda pensava muito nela). Enquanto estava distraída e todos da sala dela tinham saído, eu coloquei a carta em cima da mesa de um dos alunos e deixei endereçada a Giovanna. Soube por uma amiga dela que ela tinha lido, e estava à procura de quem havia escrito. Ela pensou que fosse o Toni, que já teve um caso com ela um bom tempo atrás. Essa mesma amiga me disse que eu devia desistir disso tudo, que ela já havia conquistado o coração de outro homem, chamado Pedro. Essa amiga me perguntou se já sabia desse caso entre os dois. Eu disse que sim, mesmo sem saber. Após tudo isso, eu ainda gostava dela. Ah, isso deve ser coisa de criança mesmo! Ainda bem que o tempo me ensinou a esquecer dela. Só de lembrar de tudo o que ela fez, fico triste. Como um tolo que caiu no buraco que já sabia ele que estava ali. O que eu quero dizer a você, que vive ou ainda não viveu essa fase da vida é: Não se desespere em conseguir uma garota. Pode parecer muito tentador no início; Ver todos seus amigos em casos, ou até mesmo aquela garota que repara em você. Saiba que nesse idade nada é para sempre, quer dizer, quase nada. Eu digo que a maior dificuldade nessa idade é saber discernir do que vale a pena ser seguido ou conquistado e o que não vale, principalmente sobre relacionamentos. Na nossa mente, com um coração cheio de paixão, prometemos amá-la pelo resto de nossas vidas. Passados um mês, já temos desgosto da mesma pessoa! Por isso, eu digo a vocês, não se deixem cair nesses buracos que a vida faz. É difícil e eu aprendi da maneira mais dolorosa possível. Não quero que vocês aprendam como eu aprendi. Ocupem suas mentes com coisas que realmente importam. Criem coisas que ajudem a melhorar a vida das pessoas! Sejam grandes engenheiros e construam casas para todos que puderem! Afinal, se for mesmo da vontade Dele que você se casa e tenha vários filhos, seria você o homem que impediria isso? Faça a sua parte e creia sempre Nele, que o mais Ele fará.
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O Manuscrito Venicci
Sci-fiEu, Lorenzzi di Viena, escrevo essa carta, certamente sem destino, para relatar e documentar tudo o que sei é descobri até agora. Algumas dessas coisas que serão contadas nesse livro não podem em hipótese alguma parar nas mãos da Igreja. A você, dou...