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Depois de explicar meu passado com meus pais e as visões da espada para ele, Kili se levantou de sua posição ajoelhada e derrubou a mão para minha própria ajuda. Eu gentilmente peguei o gesto dele e me levantei. Ele pegou minhas mãos e olhou para mim com um olhar relaxado.
"Sinto muito pelo seu passado. Você não merece nada disso. Mas posso te dizer isso, Adina, você tem uma família aqui. Nós o protegeremos a todo custo. Seque esses seus lindos olhos. Você tem muito o que sorrir", disse ele apertando minhas mãos. Ele estava certo, eu até conhecia meus companheiros de viagem melhor do que conhecia meus pais. Isso é o que importa. Agora tudo o que posso fazer é lutar mais por eles e vingar a luta que meus pais não puderam dar.
Ficamos na ponte com o brilho amarelo do sol ao redor de nossas figuras. Falamos mais sobre nossas famílias, nossos momentos de orgulho e momentos dos quais não desejamos falar. Ele ouviu tudo o que eu tinha a dizer. Ele não interrompeu nem mostrou que não estava interessado.
O sol se pôs atrás de nós, deixando as estrelas brilhando acima. Percebi então que não importava o quão escura ou clara fosse nossa atmosfera, o sorriso de Kili era mais brilhante do que qualquer sol, lua ou estrela. Ele tornou tão fácil sorrir de volta.
Ele apresentou seu braço para mim. Eu vinculei o meu próprio através. Voltamos para a sala de jantar. Todos tinham saído, exceto os anões, que fizeram uma fogueira. Eles estavam rindo e cantando como tinham feito no passado. Bombur estava sentado em uma mesa velha, comendo tudo à vista como de costume.
"Oi, Kili, dê uma olhada nisso", riu Bofur. Ele pegou uma salsicha e a jogou na direção de Bombur. Ele pegou sem pensar duas vezes. Como consequência, a mesa desajeitado abaixo dele quebrou como um galho, deixando Bombur rolando de costas. O riso eclodiu na sala enquanto Bofur se divertia com seu plano mestre. Eu deixei sair uma risada... como eu não poderia? Do canto do meu olho, vi Gandalf, Thorin, Bilbo, Balin e Elrond se movendo em um pequeno aglomerado. Parecia haver uma conversa intensa acontecendo.
"Eu já volto", eu disse, vagando para longe de Kili. Ele assentiu na compreensão e voltou para o resto dos anões. Eu me aproximei de Bilbo por trás e coloquei minha mão no ombro dele. Ele pulou.
"Adina!" Ele gritou baixinho. "O que você está fazendo?"
"Estou me perguntando o mesmo de você. O que está acontecendo?"
"Nada da sua conta", disse Thorin com aborrecimento.
"Desculpe, senhor, sem desrespeito, mas sacrifiquei muito me juntando a você nesta jornada como ela é. Eu acredito que é da minha conta também", eu voltei.
"Binda! Você pode ficar. Que mal pode ser feito." Gandalf finalizado.
Os outros pareciam que iam protestar, mas Gandalf os derrubou com um olhar fixo. Eles não falaram mais.
"Agora, pelo amor de Deus, Thorin, mostre ao Lord Elrond o mapa! Ele é um dos poucos que consegue ler!"
Thorin fez uma pausa e olhou em volta. Finalmente, ele tirou um pedaço de papel frágil dobrado e começou a entregá-lo a Elrond.
"Thorin, não!" Balin protestou, mas sua mão foi afastada por Thorin. Ele entregou o papel sagrado a Elrond.
"Erebor? Que interesse você tem neste mapa?" Elrond perguntou, examinando o mapa. Thorin tentou falar, mas foi imediatamente cortado.
"Deselhos acadêmicos", Gandalf mentiu. "Você nunca sabe o que pode encontrar nesses textos sagrados. Você ainda lê dwarvish antigo, não lê?"
Elrond segurou o jornal até o luar e murmurou: "Cirthil".
" Runas da lua. Claro. Uma coisa fácil de perder", zombou Gandalf.
"Bem, neste caso, isso é verdade; as runas da lua só podem ser lidas pela luz de uma lua da mesma forma e estação do dia em que foi escrita", explicou Elrond. Eu assisti como Elrond ajustava o papel no feixe.
"Você consegue ler?" Eu perguntei. Ele nos levou para fora a uma mesa cristalina que foi iluminada pela lua. Ficamos em um penhasco cercado por cachoeiras com uma noite clara e estrelada envoltoando o céu.
"O 'Fate está com você Thorin Oakenshield, a mesma lua brilha sobre nós hoje à noite. Foi escrito há 200 anos em uma véspera de verão à luz da lua crescente," Um raio de luar atingiu a mesa de cima, revelando runas antigas. "Fique ao lado da pedra cinza quando o sapinho bater e o sol poente com a última luz do Dia de Durin brilhará sobre o buraco da fechadura."
"Dia de Durin?" Bilbo perguntou.
"É o início do ano novo dos anões. Quando a última lua do outono e o primeiro sol do inverno aparecem no céu juntos", explicou Gandalf.
"O verão está passando. O Dia de Durin chegará em breve", disse Thorin em um leve pânico.
"Ainco temos tempo." Balin tentou acalmar Thorin.
"Hora? Hora do quê?" Eu perguntei. Bilbo e eu olhamos um para o outro, imaginando o que havia sido mantido de nós nesta jornada.
"Para encontrar a entrada. Temos que estar de pé exatamente no lugar certo na hora certa. Então, e só então, que a porta seja aberta", Balin divagou.
"Ah, então esse é o seu propósito. Você quer entrar na montanha?" Elrond suspirou.
"O que isso?" Thorin resmungou enquanto arrancava o mapa da pedra e da garra de Elrond.
"Alguns não considerariam isso sábio." Todos nós olhamos para Elrond com expressões confusas. "Gandalf, você não é o único guardião que vigia a Terra Média."
Os anões ficaram irritados e entusiasmados sem dizer nada. Bilbo e eu seguimos, mas Gandalf ficou. Voltamos para a fogueira e eu me sentei ao lado de Kili.
"Para onde você foi?" Ele perguntou.
"Elrond leu o mapa para nós. Sabemos como abrir a montanha", sussurrei. "Não fale muito sobre isso." Ele assentiu na compreensão.
"Como você está se sentindo?" Ele perguntou, envolvendo um cobertor arranhado, mas excepcionalmente aconchegante, ao meu redor. Eu descansei minha cabeça no ombro dele.
"Melhor. Muito melhor." Olhei para ele e sorri. "Tudo graças a você, é claro."
Eu dei a ele um leve empurrão. Ele riu e me abraçou com mais força. Eu vi as brasas dançar e brilhar nas chamas. Minha mente começou a voltar para a reunião que eu tinha acabado de testemunhar. Pensei mais no que Elrond nos disse sobre a montanha. Quem eram os outros guardiões da Terra Média?
