13.

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Cheguei no refeitório e me sentei ao lado de Gojo que mexia em seu celular distraído sem notar minha presença. Abaixo a cabeça na mesa sentindo meu estômago roncar. Sinto alguém me cutucar, quando levanto o rosto tenho a bela figura de Nanami em pé ao meu lado segurando um copo de capuccino em minha direção. Dou um sorriso fechado e aceito.

O loiro ficou conversando com meu irmão enquanto eu me deliciava na bebida, ficamos assim até que uma certa pessoa se sentou conosco acompanhado de uma mulher que eu nunca havia visto. Sinto Gojo me encarar no mesmo instante e logo entendo a situação em que me encontrava.

Mordo internamente as bochechas um pouco nervosa. Ninguém havia me dito que ela iria se tornar professora nessa escola, aliás, a escola tá parecendo pequena com esse monte de professores de repente.

Bagunçou os fios esbranquiçados de Gojo e dou um beijo no rosto de Nanami antes de me retirar, sinto minhas costas queimarem mas sigo em frente a procura de um lugar que me cause conforto. O que eu havia feito ? Isso não foi uma tentativa de enciumá-lo.

- Se sente ameaçada. - Ele resolveu abrir o bico me assustando. Que droga. Preciso me acostumar com isso, será que ele escuta se eu falar em pensamentos? - Sim, te escuto.

- Ótimo, fica menos estranho desse jeito. - Abri a porta da biblioteca e fui até o final do corredor a procura de uns pufes - Porque eu me sentiria ameaçada? Eles estão namorando e pare de bisbilhotar minha vida

- Não é como se eu tivesse escolha - Escuto sua risada sarcástica - veja pelo lado bom, você ainda me tem.

- Eu não te quero nem pintado de ouro.

- Você me tem dentro de você. Mas voltamos ao que me interessa, diga a ele que não para de pensar no beijo que tiveram e a saudade que sentiu.

- Sukuna, chega de dar uma de conselheiro amoroso. Você é um demônio, vai fazer qualquer coisa cruel.

- Vai me emprestar seu corpo para isso?

- Não ! Porque está me pedindo permissão se está dentro de mim e pode fazer igual ao que fazia com o Itadori ? - Tentava controlar minhas expressões faciais. Era dificil falar com alguém de maneira neutra.

- Você não comeu um dedo meu, apenas fizemos um trato de eu te proteger independente de qualquer situação e aqui estou eu dando uma de guardião.

- Ah...

Ficamos em silêncio enquanto eu olhava para as enormes prateleiras com os mais diversos livros em minha frente. Queria saber o que está acontecendo comigo, só foi um beijo, não prometemos amor eterno um ao outro. Já amei alguém que só me usou.

- Jamais te usei.

- Que caralho, você continuará me ouvindo ? - solto um suspiro - porque não se pronunciou durante esses anos ?

- Cogitei a ideia... - Esperei que ele continuasse mas parece que o mesmo não iria continuar

- E ?

- Achei melhor deixar você acreditar no que bem entendia. Não é como se a palavra de um demônio valesse de algo.

- Aquele dia... antes de nos casarmos, o que aconteceu?

- Não estávamos agindo certo. Por mais que eu quisesse estar ao seu lado, não podia comprometê-la mais do que já estava. Seu irmão saberia cuidar melhor de você.

- Não é do seu fetiche fazer coisas boas.

- Eu a amava, faria de tudo pela sua felicidade

Before you go | Geto SuguruOnde histórias criam vida. Descubra agora