30.

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Dentro do banheiro me enfiei na primeira cabine vazia e me encostei na porta enquanto tentava puxar todo o ar de volta aos meus pulmões. Pareço uma foragida e a cada dia estou me convencendo que sou.  Além disso, parece que sou um imã para problemas e principalmente um imã enorme quando se trata daqueles dois.

Olhei para a janela no topo da cabine e por mais louca que a ideia fosse, cogitei por alguns segundos se meu corpo passaria só para não ter que voltar ao salão. Mas tudo estava contra mim. Péssima hora para o Sukuna desaparecer, respirei fundo e sai da cabine.

- Só tenho uma chance e será essa. - Olhei para o meu cabelo arrumado e o soltei para que pudesse esconder meu rosto. 

Sai do banheiro a procura pelo olhar onde pudesse estar o grupo e por sorte percebi que estavam um pouco longe da saída. Uma distância perfeita se eu não cometer nenhum deslize. O salão escureceu um pouco e apenas as luzes neon começaram a circular pelo ambiente, abri um sorriso contando vitória imediatamente. Uma música animada começou a tocar fazendo com quem estivesse na pista começassem a dançar descontroladamente, como se tivessem usado alucinógenos (Talvez, tenham usado). Caminho até a porta de saída sendo puxada por alguns caras para dançar e logo me esquivando dos mesmo, até que finalmente consegui.

Estar no lado de fora me fez sentir segurança por enquanto, olhei para todos os lados a procura de algum taxi ou uber, mas estava deserto. Xinguei Sukuna mentalmente que apenas riu e pediu para que eu não me preocupasse. Um pouco mais distante tragando um cigarro escorando na árvore eu o vi, ele estava tão lindo quanto da última vez que nos vimos. Fiquei alguns segundos o encarando até o mesmo parecer sentir que estava sendo observado e eu apressar meus passos para ir embora. Não posso fazer isso, não mais.

Como se sente após todo esse tempo vendo-o pela primeira vez ?

O que você esta sabendo ?

Pensei que não quisesse saber do seu passado. - Zombou.

Diga logo - Por um mísero segundo prendi a minha respiração e eu só conseguia pensar se era aquilo que eu queria ou não. Bom, eu estive esse tempo ocupada tentando esquece-lo e parece ter sido em vão. Parece que por mais que tente, certas pessoas são importantes demais para serem esquecidas.

A vida de todos continua a mesma depois que você foi embora. Seu irmão tentou procura-la, mas logo se deu por vencido. Suguru não cogitou a ideia de tentar e voltou para a vida vadia. Alias, durante esse tempo ele encontrou duas garotas em uma aldeia. Matou todos os não feiticeiros e as adotou.

Tsc - Abri um sorriso não conseguindo acreditar em suas palavras - Geto virou papai do ano ? - Eu pedi para que falasse a verdade.

Estou dizendo, ele matou centenas e quase foi expulso da escola jujutsu por seu comportamento inapropriado. Foi suspenso por alguns dias. Apesar de concordar com a atitude dele, acho que regras devem ser cumpridas e não passar por cima.

Falou o ser mais egoísta, diabólico e narcisista.

Menos com você, minha doce dama.

Vamos logo embora antes que eu vomite com você tentando ser romantico.

- Antes funcionava.

Balanço a cabeça negativamente. Antes muita coisa funcionava comigo, como por exemplo as palavras do meu irmão pesavam minha mente. As ações e toques do Geto me controlavam. Sukuna me deixava balanceada. Mas tudo mudou desde o momento que me isolei com a maldição por esse tempo. Olho pro céu prestando atenção na enorme lua que parecia mais chamativa que o normal. Ignoro caminhando de volta para o apartamento enquanto meu corpo começava a reagir estranho, meu estômago queimava enquanto a cabeça me deixava tonta.

- Que inferno.

Esta tudo bem ?

Esta vendo que não ? - Me apoiei em um muro enquanto tentava me manter bem. - Tem algo errado comigo.

Passos em minha direção confirmavam que a situação estava ficando pior e mais fora de controle. Risadas histéricas ecoavam minha mente, mas não era Sukuna, era da pessoa que estava atrás de mim. Me viro prestando atenção nas costuras em seu rosto e no enorme sorriso sádico, ele tinha cabelo azul-acinzentados e longos.

Espirito amaldiçoado. - Sukuna saiu do meu corpo se posicionando ao meu lado e analisando com atenção a pessoa em nossa frente.

Que estranho, o maior feiticeiro que passou pela Terra esta sendo submetido como um animal de estimação.

Não seja insolente. Pressenti que estivesse atrás de mim, quem é você ?

Ah - O sorriso se desfez e logo uma postura foi tomada por ele - Onde estão meus modos, não é mesmo ? Me chamo Mahito, a própria manifestação do ódio humano. E por consequente aquele que irá ressuscitá-lo.

Han ? Me ressuscitar ? - Sukuna tinha um sorriso debochado no rosto - Diga-me, verme. Quais são seus ideais que te trouxeram até aqui? - O rosado estava agindo como um Deus, da forma que ele sempre gostou. Patético.

Meus ideais ? - Mahito por alguns segundos me encarou e logo voltou seu olhar para nós - Neste mundo, apenas aqueles que são considerados espíritos amaldiçoados deverão governar enquanto os humanos devem ser extintos. Esses são meus ideais.

Interessante - Sukuna me puxou pela cintura - Mas como pode ver, não estou afim de ver a minha mulher sendo morta.

M-Mulher ? - O rapaz parecia cada vez mais desnorteado e sem acreditar nas palavras. - Ela não pode estar envolvida com alguém como você, impossível. Eu pesquisei seu histórico, você nunca teve afeição por nenhum humano, todas as suas esposas foram mortas no passado. Tudo que envolve você eu sei...

Antes que ele pudesse continuar, apenas notei que sua boca havia sido cortada por Sukuna que o olhava irritado. Mahito levou a mão na tentativa inútil de estancar o sangramento. As duas maldições se encararam, pareciam discutir telepaticamente até Ryomen virar de costas e me levar embora. A dor havia parado e eu conseguia andar normalmente.

- O que aconteceu ? - Olhei por cima dos ombros vendo que a maldição não estava mais lá e muito menos a poça de sangue.

Aquele verme brinca com as emoções humanas, trata como brinquedos. Nível especial. Por isso que você estava se contorcendo de dor.

Para onde ele foi ?

Para algum esgoto que saiu - Seus olhos ainda estavam irreconhecíveis, apertou um pouco mais firme minha cintura e apenas caminhei ao seu lado em silêncio. - Esta ficando perigoso até mesmo para o seu nível de feitiçaria. 

- Esta dizendo que não consigo me defender ? - Arqueei a sobrancelha 

- Sim, aquele cara você não conseguiria derrotar... Não sozinha.

É isso galera :)

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É isso galera :)

Ainda to com pouca frequência nas postagens e ainda não consegui estabelecer uns dias para atualizar a historia. 

Lembrando que não tem naaaada a ver com a obra original, posso pegar alguns detalhes e modificar e até mesmo criar coisas aleatórias. ENTÃO, por favorzinho, não critiquem por não estar sendo fiel ou algo do tipo T.T (aceito criticas de escrita ou o que seja). 

É isso <3 

beijinhos

Before you go | Geto SuguruOnde histórias criam vida. Descubra agora