6.

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Sexta feira

Já se passava das 16h quando realmente acordei. Tomei um banho caprichado apesar do meu humor estar péssimo, minha imagem no espelho era de alguém cansada da vida e com uma ressaca desgraçada.

Caminhei até a sala vendo meu irmão deitado assistindo algum dos seus filmes de terror, puxei todo o ar para tentar encara-lo depois de ontem. Sentei ao seu lado permanecendo em silêncio.

- Eu sei que não deveria me meter tanto na sua vida - Ele começou - Mas você é minha irmã mais nova S/n, me preocupo... Tenho medo que destruam seu coração como já foi destruído uma vez. - Gojo tinha seu olhar firme no filme sem desviar para mim, talvez com receio do meu temperamento.

- Não posso ficar sempre embaixo das suas asas - Respondi sentindo meu coração desacelerar. Então ele não estava chateado como eu imaginava. - Eu errei no passado, já entendi isso, mas não pode achar que eu irei sempre repetir os mesmos erros.

- Como vou confiar em você se age tão fria ? S/n, eu sei que dentro de si esta guardando muita coisa e esta se acumulando, mas não será assim que seus problemas serão resolvidos. Estou sempre disposto a conversar, mas você nunca quer. Você quem criou essa rivalidade comigo, eu jamais...

- Jamais se rebaixaria ao meu nível - Senti minha voz embargar.

- NÃO ! - Ele respirou fundo - Isso é você quem está dizendo, pare de colocar palavras na minha boca. Me desculpa novamente por me meter na sua vida. Me desculpa se as pessoas são cruéis com você. Me desculpa se a sua vida não é perfeita por causa de mim, que o seu casamento não deu certo por causa de mim.

- Foi você, né ? Você queria selar ele... - Encarei o chão - No final de tudo, não foi ele quem me abandonou pelo jeito.

- Ele era uma maldição, s/n, aproveitava que tinha você para poder cometer assassinatos sem parecer tão suspeito. Mas eu acompanhava cada passo do Sukuna e bem... Perto dele você era quase como um cordeiro. 

- Então no dia do casamento - Já fazia um ano mas ainda doía, eu passei tempo demais evitando essa conversa mesmo que meu coração já me respondesse quem estava envolvido.

- Sim, eu selei ele com ajuda do Geto. Não ache que foi fácil saber que estava destruindo sua felicidade, mas você precisava cair na realidade. Sukuna não era alguém que amava e muito menos sentia empatia. - Assenti enquanto mordia meus lábios, o estomago revirava de ansiedade.

- E quanto ao Nanami, foi você que mandou ele não ir ? Se afastar de mim ? 

Não precisou de esforço, quando o encarei ele desviou o olhar rapidamente. A decepção estava estampada na minha cara, me sentia como alguém indefesa e sem poder ter controle da minha vida. Ele pela segunda vez estava envolvido nos meus relacionamentos. 

Deixei uma lagrima escorrer sem perceber, Gojo até tentou limpa-la mas dei um tapa em sua mão. 

- Vai se foder, Gojo. Eu te odeio.

- S/n, por favor, me desculpa. Foi no momento da raiva, eu sei que Nanami é uma pessoa boa e jamais te magoaria, mas você ainda esta fragilizada. 

Me levantei pegando minhas chaves e celular. Quando estava para abrir a porta, sinto um corpo vir contudo pra cima de mim e me desequilibrar. Eu teria caído no chão se não fosse os braços de Suguru me segurando.

- Que apressada - Ele riu 

Sem pensar duas vezes peguei na mão do mesmo e o puxei para me acompanhar. Não sei porque queria a companhia dele, mas talvez eu preferisse ele com suas malditas piadas do que pessoas falsas que controlassem minha vida.

Before you go | Geto SuguruOnde histórias criam vida. Descubra agora