Os mortos se erguiam do solo do enorme cemitério se amontoando em um pequeno exército de 2000 homens que ficavam entre Saci e Cavaleiro.
O campo não era grande o suficiente para trazer todo exército de uma vez, então o francês teria que se contentar com oque tinha, além de que a espada do carrasco custa muita energia do usuário para ser usada e no estado atual de Tiago, ele não conseguiria trazer todo o exército nem se o campo tivesse tamanho para ser ocupado.
— Impressionante, então esse é o exército de deus... — Dizia Cuca se aconchegando ainda mais na poltrona.
— Ha! isso não chega nem perto do tamanho total sua velha gaga — Uma voz adentrava o camarim e esta pertencia ao papa figo, o velho caminhava pegando a garrafa de vinho que estava na metade e virava direto bebendo tudo que restava — As bebidas de hoje em dia são fracas demais.
— Então não beba! — Boto dizia puto da vida com o visitante inesperado, se virando novamente para a arena o mesmo divagava — Realmente...pelo que me lembro, em seu auge o exército templário possuía 20000 soldados.
Na arena Saci se via em uma situação de merda segundo seus pensamentos, via em sua frente o maior "Exército" que já viu e ainda se assustava com o pensamento que aquilo era apenas 10% da quantidade total.
— "Mas que merda hein, só me resta uma ponta cardeal e ainda tenho que passar por isso tudo." — Um sorriso surgiu no rosto do moreno enquanto sua mente fugia para o passado.
*
*
Koda ajeitava alguns galhos e madeiras para acender a lareira na casa de seus senhores mais tarde, enquanto fazia seu trabalho o jovem ouviu ao longe duas criadas conversarem tentando esconder sua conversa.
— Ouviu os boatos? Pobre menina, o filho do chefe está interessado nela... — Dizia a cozinheira da casa.
— Sim comadre, infelizmente é sempre assim com as jovens bonitas e escravas... não temos o que fazer, não entendo porque não nos permitem o direito de ser um ser humano, apenas por nossa cor. No final todos sangramos em vermelho.
Um som de esmagamento cortou a conversa das mulheres e assim notavam Koda extremamente irritado com um punho socado na parede de madeira a frente do jovem.
— Koda! Nos desculpe nós não tínhamos notado você, por favor não vá fazer nenhuma besteira! Não há nada que possamos fazer. E nem fugir nós conseguimos...
O jovem índio apenas saiu quieto sem olhar para as moças preocupadas, lembrava que sempre que o filho do Senhor tinha oportunidades o mesmo tornava a vida de todos escravos um inferno, sempre se aproveitando das escravas e sabia muito bem oque ele se interessar em alguém significava.
Mais tarde em uma noite que era muito iluminada pela lua, Potira era arrastada pela casa do senhor por dois homens enquanto a mesma gritava e tentava se desprender dos agressores tentando escapar de um destino cruel.
Sendo amarrada a uma pequena coluna no quarto de Roberto, o filho do senhor do engenho, O pai do mesmo dizia rindo. — Bem filho, se divirta muito com sua amiga esta noite haha! — O homem se despedia dos dois com um sorriso cruel no rosto.
Com a porta de madeira grossa trancada Roberto estaria sozinho com Potira que olhava aterrorizada e irritada para o mesmo.
— Nem pense em fazer qualquer coisa seu desgraçado! — Dizia tentando se soltar das amarras que estavam apertadas demais.
— Ora minha queridinha, você não tem nenhum direito aqui. Você so esta aqui para eu me divertir. — Falava o garoto colocando a mão no queixo da mesma enquanto a olhava nos olhos.
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Halloween Noite de Mil Contos
FanfictionUma história inspirada na temática do manga shuumatsu no valkyrie, mas aqui não é uma luta pela sobrevivência (mais ou menos :v) e sim uma luta contra uma cultura menosprezada, aonde os mitos e lendas brasileiros desafiam todas os outros a enfrentar...