Halloween Noite de Mil Contos

Capitulo 12 - Verdadeiro Alfa

— A Besta de Gévaudan é derrotada com um poderoso golpe logo após apostar tudo em um golpe contra Mapinguari que revela uma carta na manga!!! — O narrador anuncia em bom e alto som no alto falante que ficava no topo da arena.

Geraldo estava novamente naquele mar escuro em sua mente, sentindo a vida de alguém perto dele se esvair lentamente junto da sua — Merda... de novo aqui? Oque aconteceu? Eu morri?

Quando se perguntava afundando, um vulto branco rapidamente mergulhou também naquele mar escuro e agarrava Geraldo que quando menos percebia se via em um infinito espaço branco.

— E agora essa? Acho que morri de vez. — O brasileiro olhou para sua mão e notou que lentamente começava a ficar transparente.

— Ainda há esperança para você filhote — Geraldo se virou e se deparou com a Besta que já estava praticamente transparente por completo.

O brasileiro ergueu uma de suas sobrancelhas confuso — Lobo? Que merda de lugar é esse? E por que você está sumindo? — Confuso a Besta o iluminou à medida que ia sumindo.

— Eu não fui forte o suficiente mesmo depois de tantas gloriosas caçadas...bem agora eu não vou me lamentar como um covarde diante do seu fim — Os olhos vermelhos da besta encaravam Geraldo com determinação.

Geraldo se sentou apoiando o braço sobre o joelho — Entendi, estamos os dois para morrer — Coçava sua cabeça se conformando com a triste ideia.

A besta o encarava de cima com um olhar de raiva — Não ouse desistir agora filhote, não pretendo morrer sem que um de nós fique mais forte! Eu sempre busquei força para afastar meu lado fraco, e eu me recuso a morrer em vão para aquele desgraçado! — A determinação do francês emanou do seu corpo novamente como uma aura branca de raiva que pela primeira vez conseguira assustar Geraldo.

Com seus olhos vermelhos encarando o mesmo a besta se despedia com seu corpo desaparecendo — Você sabe o que tem que fazer...Geraldo.

Ao ouvir a besta o chamar pelo nome o mesmo se assustou e tentou chamar a mesma novamente quando notou que nunca viria uma resposta — Eu sei o que tenho que fazer... eu sei sim, seu lobo idiota... — Geraldo se lembrava do passado onde havia estudado tudo sobre seu antigo rival.

Quando notou novamente estava de volta a arena com seu corpo coberto de ferimentos graves ao lado do corpo da Besta agora sem vida com um sorriso maligno no rosto — "Eu sei o que tenho que fazer..."

Mapinguari se aproximava dos dois oponentes caídos enquanto era vaiado pela plateia brasileira, a gringa não sabia como deveria se sentir pois na teoria mapinguari agora estava lutando pela vitória dos mesmos.

— Ainda está vivo seu lobisomem de bosta? Hahaha — Mapinguari começou a correr como uma besta em direção a seu inimigo.

Juntamente das vaias o monstro ciclope havia parado seu avanço incrédulo com a cena a presenciar — o que!?

O Lobisomem brasileiro despedaçava o corpo do Francês com suas garras e presas que se afundavam em carne e sangue — Que gosto de merda... — Foi a única coisa dita por Geraldo antes de ter seu corpo engolido em uma nuvem de vapor que explodiu ao seu redor.

— Que merda é essa Boto? — Saci perguntava vendo o televisor, mas mesmo se o malandro estivesse ao seu lado este não teria uma resposta.

Boto observava tudo da entrada dos brasileiros quando sentiu uma explosão de algo estranho, uma aura espiritual e calma, mas com estrema força que chegava a ser assustadora de tão quieta.

Mapinguari estava irritado e curioso com o que ocorrera — Sai logo dessa fumaça seu lobo de quinta categoria HAHAHAHA pra eu te aproximar daquele lobinho fraco!! — Mapinguari estendeu seu braço com força e velocidade e logo disparou um gancho com sua mão gigantesca.