Capítulo 8 - Janelas da Alma

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O ambiente dentro da arena era quieto com apenas o som dos grilos e o piar das corujas no ambiente.
 
- Senhoras e senhores essa luta promete, uma das lendas mais icônicas do Brasil contra uma grande e misteriosa fera francesa.
 
Ao lado de fora ambas as torcidas estavam barulhentas de ânimo com seus representantes, agora a estrangeira parecia ainda mais incentivada depois da primeira derrota.
 
A besta apenas movia as orelhas com um sorriso no rosto ouvindo através das matas densas – Então garoto, está esperando um convite escrito? Venha me atacar!
 
Geraldo sorriu enquanto arrastava um dos pés com firmeza na terra enquanto levantava o machado com o braço oposto a perna que estava na dianteira – Já que insiste!
 
As veias no braço do brasileiro saltaram imediatamente e um olhar de surpresa foi emitido pela fera antes de Geraldo girar sua cintura e braço em um corte horizontal com extrema velocidade.
 
A velocidade e força foram o suficiente para criar uma lâmina de ar que devastava tudo a sua frente partindo enormes árvores como nada enquanto a besta se encontrava no ar com um salto que fora rápido o suficiente para evitar o perigo.
 
- Hora lobo, desviar fazia parte do contrato hahaha? – antes que pudesse responder o animal via uma enorme árvore a centímetros de sua face quando abaixou o olhar, era Geraldo usando a árvore que cortou durante sua provocação como um enorme porrete.
 
- Uau, Geraldo até que sabe oque está fazendo – dizia Saci impressionado com as táticas do seu amigo.
 
- Desculpe-me Saci mas em questão de conhecimento de combate, provavelmente ninguém aqui nesta sala chega perto dele – falava Boto acendendo um cigarro.
 
Desafiando as leis da física a besta consegue girar seu corpo em pleno ar esquivando do golpe com a enorme árvore, usando a arma como uma plataforma em instantes a fera se tornou um borrão cinzento na visão de todos e sangue voou do corpo de Geraldo.
 
- Merda – Dizia Geraldo vendo o sangue voar de seu ombro e por pouco de sua jugular, rapidamente girou sua cintura junto da árvore que ia destruindo as menores ao seu redor visando acertar a besta.
 
A força tremia o solo junto da floresta ao seu redor, mas não acertou nada quando olho e assim largou a arma improvisada e agarrou o cabo do machado fincado na árvore.
 
Todos na arena e na arquibancada ouviam com um tom sombrio e de ânimo a voz da besta que vinha de algum lugar da floresta enquanto permanecia escondido – 8 pontos.
 
Geraldo se concentrava em seus sentidos e instintos mas estes diziam que corria perigo – só isso? Eu me esforcei no ataque.
 
- Hahaha, não é isso idiota. 8 pontos. Crânio, Fígado, pulmão, Espinha, veia jugular, veia da clavícula, Rim e coração – O brasileiro ouvia passos o circulando vindo da enorme mata ao seu redor – por onde devo começar...
 
Identificando o cheiro de seu inimigo o mesmo abriu um sorriso e assim Geraldo arremessava sua arma que ia cortando a mata e tudo pela sua frente, fazendo o inimigo pular para cima e sair do esconderijo.
 
- Brinquedos não vão te ajudar! – saltando de árvore em árvore em uma velocidade incrível para o olho comum do público a fera avançou em instantes até o brasileiro que a encarou com um sorriso.
 
O som de uma linha de metal se esticando alertou todos que notaram o machado Geraldo retornando e através do ponto cego da besta de Gévaudan – Acha que eu não posso esquivar disso!?
 
Fora a fala do inimigo quando suas orelhas o alertaram do perigo, girando seu corpo gigantesco novamente em meio do ar o animal passou pelo machado que apenas arrancou alguns pelos.
 
- Eu contava com isso! – Geraldo deu um piso com força a frente girando sua cintura com força total e disparando um gancho de esquerda com força no rosto do enorme lobo que foi arremessado ao seu lado desabando árvores e girando em meio ao chão da floresta até que atingisse uma árvore.
 
A torcida brasileira ia ao delírio com o golpe de lobisomem que acertar A seu oponente no exato momento que não poderia fazer uma segunda esquiva.
 
- Uau! Esse soco foi um dos bons – Dizia papa figo que tentava pegar a bebida de boto mas sem sucesso.
 
- Olhe direito seu cego! – falava boto afastando sua bebida das mãos magras do Velho.

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