Capitulo 9 - Dia da Caça

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Saci se levanta da cadeira olhando com espanto para o monitor no meio da sala, com a visão voltando para arena era mostrado a batalha sangrenta.

A segunda besta avançou das sombras da floresta esperando o momento certo que seria agora, a boca se abriu e em instantes se fechou libertando a original e arrancando a mão que o prendia.

Agora Geraldo possuía um problema duplo e igualmente perigoso, a mão sangrava na mesma velocidade da respiração pesada do brasileiro.

— Te darei mais uma chance filhote, então saia dessa pele humana logo — a besta original que se diferenciava em cor do aparente clone que era mais escuro, falava seriamente.

Olhando para a luta, Boto logo levou os olhos até o pulso e assim via as horas — 23:45 hum...

Geraldo cuspia sangue ao lado enquanto cortava com os dentes o fio metálico que prendia seu machado ao seu pulso, logo amarrando com força no pulso decepado suprimindo o sangramento — Eu me recuso.

A besta suspira de descontentamento e ambos avançam um contra o outro, as duas feras contra o homem que seguia em pé — Mais um de você só vai aumentar o número de corpos, lobo maldito!

Geraldo avançou arrastando o machado no chão de terra e em um giro a sua frente se levanta uma nuvem de poeira e terra que cega as feras temporariamente, mas o suficiente para o clone se recebido com o enorme pé Geraldo em sua cara o arremessando dezenas de metros floresta adentro.

A besta balançou rapidamente a cabeça retirando a poeira dos olhos, mas em sua frente estava o brasileiro abaixando o machado com uma força assustadora que ao se esquivar cria uma fissura no meio do chão.

— Esses brinquedos são muito irritantes — se impulsionando em uma árvore, o francês se atirou contra Geraldo que saltou para trás, mas nesse instante a Besta ao chegar no chão realiza um rolamento seguido de um novo impulso passando pelo inimigo estendendo suas garras e assim cortando profundamente a lateral de seu abdômen.

— Hehehe você acha? — A besta nota imediatamente que o pulso de Geraldo que estava arrancado novamente sangrava, e logo via uma granada amarrada a sua pata — Quand!!!!

Antes de terminar a fala o equipamento explodia fazendo voar fumaça e pedaços de terra e árvore para todos os arredores.

— Geraldo pega seu oponente de guarda aberta com um sorrateiro e arriscado uso de um equipamento militar!! — A plateia se agitava com a cena e ia a loucura, Saci e Corpo seco comemoravam um "ISSO AI!" no salão dos brasileiros.

Saltando da fumaça a figura animalesca pousava em cima de um enorme galho de uma alta árvore, as patas esquerdas, dianteira e traseira tinham sido completamente destroçadas.

Geraldo olhava para cima e fazia um gesto com a mão como se chamasse a fera para briga, uma veia saltava da testa da criatura anciã.

— Não se ache demais garoto! — O clone da besta finamente realmente retornava saltando das matas e avançando rapidamente contra o brasileiro que esquivou por pouco recebendo um leve corte na bochecha.

Finalmente Geraldo começava a sentir os malefícios da perda de sangue, sua visão começava a ficar zonza e seu corpo meio pálido — "Merda...Eu estou com problemas, mas eu poderi-NÃO!! Eu não quero virar aquilo de novo!"

O brasileiro via que a besta apenas comprava tempo para se regerar, mas teria que lidar com seu clone que avançava rapidamente. Fechou o punho junto do machado e arremessou o machado em direção ao clone que facilmente desviava, colocando o pulso decepado em frente a boca que se abria em sua frente.

— Hehehe, não preciso do fio para fazer esse machado voltar! Apenas para pegar ele! — logo atrás o machado fazia a curva no ar cortando alguns galhos em seu caminho e logo passando com velocidade pelos dois e indo em direção até a besta original.

Halloween Noite de Mil ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora