XV

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Naquele mesmo dia fomos a caminho da justiça

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Naquele mesmo dia fomos a caminho da justiça. O céu caia sobre nós em formato de flocos de neve de maneira com que eu encarava pasma tanta beleza presente, seus ventos nos inclinavam levemente para trás buscando uma forma de seguir em frente. Bom, ninguém disse que o caminho não seria árduo, e para os nativos realmente não foi. Eu, Haty e os guerreiros do gelo seguimos em frente guiando esquadrões pelos territórios de Rak'tepay tomando cuidado com as bases inimigas instaladas em lugares desconhecidos. O ambiente não era seguro cruzando a linha de entrada para as montanhas, mas todos estavam de acordo em lutar por suas vidas.

Em pausas consecutivas e tempestades de neve tudo foi um pouco mais lento, porém como a caminhada se iniciou ao amanhecer chegamos ao destino pouco antes do por do sol, o que foi ótimo pois de noite no local as temperaturas ultrapassavam o negativo ao extremo. Enfim, depois de meses sem ter a mesma visão, pude então lembrar-me da vila e como estava o estado dela. Tudo estava um caos, cercas estiradas e tendas fixas destruídas assim como as cavernas dos Iknam, que estavam cobertas por pedras que impossibilitavam a passagem de qualquer criatura.
Não consigo expressar nada do que senti no momento, mas por dentro algo morreu em mim, o alguém que esperava resolver isso apenas os expulsando não estava mais ali, ela não existia mais. Fecho meus punhos de maneira com que minhas unhas perfurassem a pele das mãos, sentindo uma grande vontade de vomitar pela ansiedade que revirava minha cabeça. Não era só aquilo que me incomodava, mas o difícil era saber o que mais.

--Teky?..--Tahëk? O garotinho permanecia ao meu lado, agarrando uma de minhas pernas de forma carinhosa. Rolo meus olhos para analisa-lo melhor, podendo ver uma mancha em sua garganta, engulo a seco. Ao me virar para ver o resto das pessoas, elas não estavam mais ali Era somente eu e ele.-- Você vai ficar bem.

--Eu--Puxo o ar para meus pulmões, tentando proferir o resto da frase mas em vão. Uma única lágrima desce, sem suspiros, sem soluços e sem mudança de expressão.--Você morreu, pare de aparecer.-- levo meu antebraço até a bochecha, secando meu rosto e voltando a encara-lo.

--Se Eywa permite que isso aconteça, não seria inteligente me escutar?--continuo parada, afirmando e podendo ver o garoto sorrir.--A área está cheia de inimigos.--Afasto meus lábios querendo responder, mas por impulso me afasto de forma brusca. "O que quer dizer com-"

--Está se sentindo mal?-- Neteyam. Ele coloca meus cabelos para trás da orelha e leva seu olhar para cada canto de meu rosto, verificando qualquer anormalidade. Um peso parece desaparecer e eu rapidamente solto todo o ar que sem nem mesmo perceber, prendia.--Definitivamente está. Quer parar um pouco?-- "Já chegamos até aqui, não é justo." respondo quase que imediatamente e o garoto torce o nariz. --Tudo bem, mas me dê sua mão para eu ter certeza de que está no meu campo de visão, sim?

--Eu sei me cuidar.

--Eu também sei cuidar de você.-- Sorrio, revirando os olhos e segurando em sua mão. 

Avatar: OS GIGANTES DE GELOOnde histórias criam vida. Descubra agora