O DIA SEGUINTE AO MEU PIOR DIA

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O DIA SEGUINTE AO MEU PIOR DIA eu acordei sem saber direito onde estava, claramente em um quarto que não era meu e minha cabeça estava explodindo. Eu me sento e cada parte do meu corpo dói, e a lembrança do que aconteceu ontem à noite vem. Coloco a mão em cima da boca sem acreditar que aquilo realmente aconteceu, solto um soluço e deixo as lágrimas caírem, dobro meus joelhos e coloco meu rosto neles. Fico assim durante um tempo e crio coragem para me levantar. Com muito custo eu consigo, olho para cama, o lençol estava sujo de sangue, tiro ele e vou até o banheiro. Eu estava aliviado de não ter encontrado Lucca do meu lado quando acordei.

Lavo o lençol na pia e quando termino o deixo jogado no chão, não sei porquê, mas ver aquele lençol sujo do meu sangue me incomodou muito, por isso eu o lavei. Eu estava com a minha blusa e cueca. Tiro e vejo o estado deplorável que estava meu corpo, minhas pernas, barriga e principalmente o quadril estavam roxos e com marcas de dedos. Olhando no espelho meu pescoço não estava ruim só havia uma única marca. Acho que ele não queria deixar provas amostra do que aconteceu. Entro debaixo do chuveiro fico uns 10 minutos deixando a água cair no meu corpo e começo a me ensaboar. Quando acabo tomo um remédio para dor que havia no armário do banheiro. Volto para o quarto e fico sentado na cama até criar corregem para sair pela porta. Não queria encontrar com Lucca ao sair.

Eu sabia que essa casa era do Lucca, mas ele não estava nela aparentemente. Eu andava devagar para não fazer barulho, tinha pessoas espalhadas pela casa, dormindo no chão, nos quartos e nos sofás. A porta da entrada estava destrancada. Alex tinha me trago ontem, então eu estava sem maneira de voltar para casa a não ser ir andando. Eu já tinha passado aqui perto uma vez, então sabia qual direção seguir. Eu olhava pelos lados o tempo todo, com medo do Lucca ou do Zac aparecer. Andar se mostrou mais difícil do que eu esperava, eu andei uns 30 minutos e ainda estava longe de casa, mas estava com muita dor e cansado para continuar andando. Pego meu celular e ligo para Judd. Enquanto chamava eu tentava controlar a minha respiração para ele não perceber que havia algo errado, sentia que podia entrar em pânico a qualquer segundo.

-TK? – Ele diz com uma voz meio rouco, deve ter acabado de acordar, por isso a demora para atender o celular.

-Você pode vim me buscar? - Minha tentativa não deu muito certo, pois minha voz saiu tremida.

-Claro. Onde você está? - Eu percebia a preocupação em seu tom de voz, apesar de não ter perguntado o motivo, eu falo o endereço e desligo.

Me deito em banco que estava ali perto fico assim até avistar o carro de Judd. Eu tento andar o mais normal possível. Quando chego perto do Judd ele me abraça, eu enterro meu rosto na curva de seu pescoço e choro.

-O que aconteceu TK? Cadê o Alex? - Ele pergunta preocupado, e eu choro ainda mais a menção do nome do Alex. Ficamos um tempo abraçados, sei que Judd não gosta de Alex, e eu não queria que ele pensasse que Alex tinha feito algo de errado, então falo.

-Eu briguei com o Alex, foi isso.

-Tem certeza que é só isso? Você está péssimo, você sabe que pode me conta qualquer coisa, TK.

-Sim, foi só isso, Judd. Vamos embora, por favor. - Entramos no carro e Judd fica falando umas coisas para me animar o que não estava adiantando. Eu estava muito cansado e acabo dormindo no carro. Acordo um pouco assustado com o Judd me chamando, por um segundo eu vi o Lucca na minha frente.

-Tá tudo bem? - Ele me pergunta. E eu apenas confirmo ainda um pouco assustado.

O remédio que eu tomei aliviou quase nada, mas eu conseguia sentir que meu corpo está melhor agora, e espero que segunda eu não esteja sentido mais dor. Não queria ver ninguém da minha família, tinha medo de não controlar as lágrimas perto deles, eles parecem sempre saber quando algo está errado comigo. Tinha o plano de subir direto para o meu quarto, mas não deu certo. Assim que atravesso a porta encontro minha mãe e meu pai. Meu irmão vai para outro canto da casa me deixando a sós com nossos pais.

Estrela Solitária - TarlosOnde histórias criam vida. Descubra agora